Sobre tatos metafóricos na obra de B. F. Skinner

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Quintão, Poliane Oliveira

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Resumo

Resumo: A teoria do comportamento verbal de B F Skinner, apresentada em 1957, no livro Verbal Behavior, foi a proposta desse autor para que esse tipo de comportamento passasse a ser compreendido sob um ponto de vista funcional Ou seja, Skinner buscou dissociar o entendimento da linguagem pela via do inato/biológico ou pela aquisição das estruturas gramaticais e fonéticas, que eram as explicações predominantes para o comportamento verbal Skinner abordou em seu livro muitos temas importantes relacionados ao comportamento verbal, como por exemplo, o papel do falante, do ouvinte, a questão crucial do significado, e ainda, falou sobre tatos metafóricos O objetivo deste estudo foi apresentar a perspectiva de Skinner acerca das metáforas; e a relação das metáforas com as emoções e com a linguagem científica Por meio de uma análise teórico-conceitual que teve como base capítulos do livro Verbal Behavior acrescido de outros textos de Skinner, textos esse que foram selecionados por leituras realizadas pela autora, onde os temas do presente estudo eram pertinentes para a discussão Em um primeiro momento, realizou-se uma busca sobre como o autor conceitua tatos metafóricos e como é a explicação skinneriana acerca da metáfora sob o ponto de vista funcional Em seguida, foram apresentados os resultados do estudo, divididos em dois tópicos: a relação metáforas e emoções, bem como, o uso de metáforas na linguagem científica Uma seção de resultados que abordasse metáforas e emoções mostrou-se praticamente indispensável, posto que Skinner, em Verbal Behavior, traz a relação entre esses dois temas Nos resultados sobre o segundo tema foi tratada a afirmação de Skinner de que metáforas não devem ser usadas na ciência, entretanto, um paradoxo se faz presente quando o próprio autor utilizou metáforas que sustentam sua teoria Sendo, por isso, acusado do uso de metáforas em sua teoria por alguns autores, principalmente linguistas que legitimam o emprego de metáforas na ciência O uso das metáforas para explicação de estados emocionais (em que parte desses podem ser privados) é validado pelo autor, porque essa seria uma das maneiras em que o próprio falante poderia falar sobre seus eventos privados e a comunidade verbal teria conhecimento desses eventos e poderia reforçar adequadamente o falante Por outro lado, Skinner é contra o uso de metáforas na linguagem científica, porque ele sugere que um dos compromissos do fazer científico é a coesão e a objetividade Sendo assim, as metáforas em Skinner se destacam em dois aspectos: o primeiro, como sendo algo necessário e útil para a narração de estados emocionais; o segundo, como uma prática depreciativa para o campo da ciência As idéias de Skinner sobre esses aspectos alinham-se à base empírica desses fatos Ou seja, comumente os indivíduos narram seus estados emocionais por meio de metáforas, e existe de modo geral, certo rigor no comportamento verbal científico que busca se distanciar do emprego de metáforas em suas formulações e descrições

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Palavras-chave

Comportamento verbal, Metáfora, Emoções, Linguagem científica, Behavioral analysis, Verbal behavior, Metaphor

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