Comportamento térmico de argamassas expandidas pela incorporação de alumínio reciclado

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Ferreira, Tatiana Vettori

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Resumo

Resumo: A eficiência energética e o conforto térmico do ambiente construído envolvem, de maneira implícita, o consumo de energia Quanto mais eficiente for a edificação, menor será o consu-mo de energia para operá-la e menor o impacto causado O objetivo desse estudo foi verificar o efeito expansor da incorporação de partículas de alumínio reciclado em argamassas de ci-mento Portland e o comportamento dessas frente à radiação solar Para tal, foi usada uma matriz de cimento e agregado miúdo, traço em massa 1:3, com incorporação de 1% de partículas de alumínio em relação à massa total de materiais Foram desenvolvidas argamassas com areia natural de rio, areia de basalto e areia de escória de aciaria elétrica, com e sem partículas de alumínio reciclado Utilizaram-se corpos de prova cilíndricos (5 x 1 mm) para os ensaios de resistência mecânica à compressão, massa específica, índice de vazios e absorção; corpos de prova cilíndricos (25 x 5 mm) para determinar a transferência de calor pelo Método da Placa Quente Protegida, análise dos componentes químicos pela Microscopia Ele-trônica de Varredura e para a análise da porosidade por micro tomografia; corpos de prova retangulares (15 x 3 x 2,5 cm) para analisar a carbonatação Para quantificar a transferência de calor por condução foram usados protótipos em concreto com tampa (5 x 5 x 5 cm) revestidos com as argamassas estudadas, sujeitos à radiação solar Os resultados revelaram que o emprego desses resíduos é viável para produção de argamassa de revestimento, sendo que o papel das partículas de alumínio foi fundamental na expansão pela liberação de hidro-gênio devido à alcalinidade das argamassas A resistência mecânica média à compressão aos 28 dias das argamassas sem alumínio foi de 3 MPa, enquanto que, das argamassas com a adição de partículas de alumínio foi da ordem de 1/3 desse valor, ou seja, 1 MPa Considerando que uma argamassa convencional de revestimento apresenta uma resistência à compressão da ordem de 5,6 MPa aos 28 dias, conclui-se que os valores obtidos foram mais do que satisfatórios para esse fim No que se refere à transferência de calor nas paredes revestidas com as argamassas estudadas, verificou-se que todas apresentaram potencial de absorção e transferência da energia solar, muito embora isso tenha sido mais evidente na argamassa com resíduo de basalto, uma vez que nesse caso não houve um consumo tão intenso do alumínio como nas outras argamassas, o que possibilitou a esse compósito, maior capacidade de condução de calor As argamassas com areia de aciaria e areia de rio, com incorporação de alumí-nio, apresentaram maior capacidade de conservação da temperatura da água contida nos protótipos O estudo tornou possível identificar e atestar o potencial das argamassas expansivas produzidas na pesquisa para revestimento na construção civil em função de seu desempenho térmico frente à radiação solar, como condutor ou isolante, bem como, viabilizar o uso do alumínio reciclado, da areia de basalto e da areia de escória de aciaria elétrica na produção de argamassas de revestimento

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Palavras-chave

Argamassa, Alumínio, Equilíbrio térmico (Engenharia), Mortar, Aluminium, Heat balance (Engineering)

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