Avaliação In Vivo de Fe na pele humana e de camundongos swins através da técnica de fluorescência de raios X

Data

2005-12-21

Autores

Estevam, Marcelo

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Resumo

Recentes melhoramentos tecnológicos permitem que um método de XRF in vivo forneça sensibilidade para diagnósticos ou monitorando em aplicações biomédicas. Em casos de desordens sanguíneas hereditárias como a ß -Thalassaemia ou uma desordem genética como a Haemochromatosis, há uma alta concentração de elementos como Fe, Zn e Cu na pele e órgãos internos, devido ao tratamento dessas anormalidades ou devido à própria deficiência orgânica causada pela doença. Os níveis de Fe relacionados com os pacientes portadores da ß -Thalassaemia são determinados, no momento, medindo-se uma proteína da corrente sanguínea, chamada ferritina. O monitoramento da proteína é ineficaz em várias situações, como quando o paciente sofre qualquer alteração no seu quadro clínico. Atualmente, as principais formas de medir os níveis desses metais é através da biópsia do fígado, que é invasiva e potencialmente perigosa, apresentando uma taxa de mortalidade de 0,1 %, e por suscetibilidade magnética que emprega um supercondutor quântico, esta é altamente cara e há apenas três principais centros médicos no mundo que dispõe desse equipamento. Este trabalho investiga o uso de um detector SiPin-diodo e uma fonte de 238Pu (13 e 17 keV; 13 %; 95,2 mCi; 86 anos) para a medida de níveis de Fe na pele compatível com os níveis associados à doença ß -Thalassaemia. Foram analisados espectros de XRF usando um grupo de programas do AXIL - WinQXAS elaborados e disseminados pela IAEA. O coeficiente de determinação do modelo de calibração (curva de sensibilidade) foi de 0,97. Medidas em simulados de pele que contém concentrações de Fe de 15 a 150 partes por milhões (ppm), indicam que se pode medir Fe em níveis da ordem de 13 ppm, usando-se períodos de medida de 50 segundos e dose na superfície da pele de menos de 10 mSv. A literatura informa níveis de Fe na pele de 15,0 a 60,0 ppm em pessoas normais e de 70 a 150 ppm em pacientes portadores da ß -Thalassaemia. Não há registro na literatura sobre níveis de Fe na pele de portadores de Trypanosoma cruzi. Assim, a metodologia empregada permite a medida in vivo, na pele, da concentração de Fe nos níveis desejados.

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Palavras-chave

XRF, In vivo, Pele, Fe, Fluorescência de raio X, Talassemia - Técnicas e aplicações nucleares, Animais - Experimentação, Ferro no organismo

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