Armazenamento de sementes de genótipos de soja : aspectos bioquímicos e fisiológicos

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Resumo

Resumo: Diferenças na tolerância ao armazenamento de sementes entre cultivares de soja têm sido frequentemente constatadas Com isso, buscou-se identificar compostos presentes nas sementes que possam estar relacionados a essas diferenças Para tanto, utilizou-se sete cultivares de soja com características contrastantes quanto a metabólitos da rota dos fenilpropanóides (teor de lignina, cor e presença de antocianina no tegumento e teor de isoflavona na semente) As sementes foram armazenadas durante seis meses em câmara fria (11 ºC e 54% de umidade relativa do ar) e em ambiente não controlado (média de 25 ºC e 71% de umidade relativa do ar) Com base nas avaliações realizadas periodicamente, a cada dois meses, o trabalho foi dividido em artigos No artigo A objetivou-se avaliar as alterações na qualidade fisiológica de sementes de cultivares de soja ao longo do armazenamento em dois ambientes e sua relação com metabólitos da rota dos fenilpropanóides As avaliações realizadas foram: germinação, primeira contagem de germinação, emergência de plântulas, índice de velocidade de emergência, comprimento total de plântula e tetrazólio A qualidade fisiológica das sementes é reduzida ao longo do armazenamento, com maiores taxas de decréscimo no ambiente não controlado As cultivares apresentam comportamento diferenciado quanto a conservação do potencial fisiológico ao longo do armazenamento Os metabólitos da rota dos fenilpropanóides estudados, especialmente a lignina, interferem no potencial de armazenamento das sementes Cultivares com maiores teores de lignina apresentam maior potencial de armazenamento, principalmente em ambiente não controlado No artigo B objetivou-se avaliar a relação entre os parâmetros de absorção de água e a tolerância ao armazenamento de sementes de cultivares de soja com características contrastantes de tegumento As avaliações foram: teor de água, taxa de absorção de água em 11 períodos de hidratação, índice de velocidade de hidratação, germinação, viabilidade e vigor das sementes O teor de lignina no tegumento correlaciona-se negativamente com os parâmetros de absorção de água pelas sementes Cultivares de soja apresentam diferentes níveis de tolerância ao armazenamento Sementes que absorvem maiores quantidades de água possuem menor tolerância à deterioração frente às flutuações na temperatura e UR do ar que ocorrem no armazenamento em ambiente não controlado, afetando negativamente o potencial fisiológico dessas sementes No artigo C objetivou-se avaliar as alterações na viabilidade e no vigor de sementes de cultivares de soja durante o armazenamento em dois ambientes, relacionando-as à atividade antioxidativa, a produção de espécie reativa de oxigênio e a metabólitos da rota dos fenilpropanóides Nesse artigo, avaliou-se, a viabilidade, o vigor, a atividade da superóxido dismutase e catalase e o conteúdo de peróxido de hidrogênio O armazenamento em câmara fria mantém a viabilidade inicial das sementes das cultivares A, C e D Já, o armazenamento em ambiente não controlado reduz a viabilidade das sementes, com taxas de decréscimos variando de ,61 a 2,13% por mês entre as cultivares O vigor das sementes é reduzido durante o armazenamento, principalmente em ambiente não controlado Não há associação entre a qualidade fisiológica das sementes com a atividade da superóxido dismutase e da catalase, avaliadas no tegumento e no embrião O aumento no conteúdo de peróxido de hidrogênio no tegumento reduz a qualidade fisiológica das sementes armazenadas no ambiente não controlado A diferença na tolerância a deterioração ao longo do armazenamento de sementes não está relacionada ao teor total de isoflavonas, entretanto associa-se ao teor de lignina no tegumento, principalmente em ambiente com flutuações na temperatura e UR do ar

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Palavras-chave

Soja, Sementes, Armazenamento, Isoflavonas, soaybean, Seeds, Storage

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