Movimento estudantil secundarista como resistência às políticas educacionais neoconservadoras : as ocupações de escolas públicas nos estados de São Paulo, Goiás e Paraná (2015-2016)
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Leme, Renata Bento
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Resumo: Esta Dissertação foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPEdu), na Universidade Estadual de Londrina, na linha de pesquisa: Perspectivas Filosóficas, Históricas, Políticas e Culturais de Educação, núcleo de Políticas Educacionais, por meio de pesquisa bibliográfica e de análise documental Teve como objetivo geral verificar o posicionamento do Movimento Estudantil Secundarista (MES), nos anos 215 e 216, nos estados de São Paulo, Goiás e Paraná, frente às políticas educacionais impostas Em específico, a pesquisa buscou: elucidar sobre a luta do MES, no contexto político e econômico da Ditadura Civil-Militar brasileira (1964-1985); identificar as permanências e as mudanças históricas por quais passaram esse movimento; reconhecer suas ações, suas relações com outras entidades e suas principais reivindicações; e, ainda analisar a perspectiva política desse movimento, tendo em vista as reformas neoliberais atuais e seus impactos nas políticas para a educação Partiu-se da seguinte questão: qual a forma de organização, ações e demandas que permeiam o Movimento Estudantil Secundarista, e que relação esse movimento estabelece com as políticas educacionais no percurso histórico da Ditadura Civil-Militar (1964-1985) até 215-216? A hipótese é que, com o avanço das políticas neoliberais, o MES tem se organizado ao longo do tempo como meio de resistência às políticas educacionais que tendem a implementar um tipo específico de formação para as escolas públicas Na Ditadura Civil-Militar, acirrou-se um processo repressivo e antidemocrático contra a classe trabalhadora, no qual os estudantes se colocaram contrários às arbitrariedades do governo e apresentaram-se como uma ameaça à política vigente Na década de 198, lutaram pela redemocratização do país e, mais tarde, posicionaram-se contra as políticas neoliberais Há, portanto, um histórico de lutas e mobilizações realizadas pelo MES Nos anos de 215 e 216, houve um importante levante dos estudantes secundaristas da rede pública de ensino, nos estados de São Paulo, Goiás e Paraná, desejosos por mudanças nas concepções e nas políticas que apontam para o desmonte do ensino público brasileiro A organização do movimento, ineditamente feita de forma horizontal, demonstrou o posicionamento dos alunos e a atuação destes contra políticas públicas austeras direcionadas à educação do país, sobretudo mediante uma resistência ativa através da ocupação de escolas públicas estaduais Conclui-se que o MES, tendo como ótica a luta pela manutenção da escola pública e gratuita, apesar de não ser considerado um movimento popular de trabalhadores, tendo em vista sua natureza, é um movimento de caráter social e de massa com posicionamento contestatório à ordem política vigente
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Palavras-chave
Ensino médio, Estudantes do ensino médio, Atividades políticas, Movimentos estudantis, Educação e Estado, Education and State, Student movements