Estudo microbiológico das ceratites ulcerativas em cães

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Resumo

Resumo: Foram apresentados dois produtos finais, separados em capítulos, ao Programa de Pós-graduação Mestrado Profissional em Clínicas Veterinárias O primeiro capítulo é uma revisão da literatura nas normas da revista “Clínica Veterinária”, intitulado “Aspectos clínicos e microbiológicos da ceratite ulcerativa em cães – revisão da literatura” O capítulo 2 é um projeto de pesquisa formatado nas normas da revista “Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia” (ABMVZ), intitulado “Estudo microbiológico das ceratites ulcerativas em cães” Entre as doenças oculares em cães, a ceratite ulcerativa ocorre com maior frequência e pode estar associada à agentes bacterianos ou fúngicos É uma afecção que requer atenção e tratamento imediato, pois a progressão é rápida e pode se tornar uma ameaça à visão do animal O conhecimento prévio dos agentes envolvidos e da sua sensibilidade aos antimicrobianos são fundamentais para a instituição da terapia adequada de forma rápida, com o intuito de evitar progressão da lesão e o desenvolvimento de complicações O objetivo desse estudo foi identificar os microrganismos presentes com maior frequência na córnea de cães com ceratite ulcerativa, e sua respectiva sensibilidade aos antimicrobianos mais utilizados na rotina de oftalmologia veterinária, no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina, em Londrina, Paraná Observou-se crescimento bacteriano em 72,3% (2/36) das amostras Das culturas fúngicas realizadas, em apenas uma houve crescimento de leveduras (1/36) Os resultados evidenciaram que 52,5% dos isolados foram bactérias gram-positivas, e 47,5% bactérias gram-negativas A espécie predominante foi Staphylococcus intermedius group (2%), seguida de Pseudomonas aeruginosa (17,5%) No antibiograma, a neomicina foi o antimicrobiano mais eficaz contra o gênero Staphylococcus, apresentando eficácia de 87,5%, seguido da gentamicina, com 8% de sensibilidade As bactérias gram-negativas foram sensíveis principalmente à moxifloxacina, ciprofloxacina, neomicina e gentamicina, variando a sensibilidade de 83,3% a 85,7% Observou-se alta porcentagem de resistência bacteriana à tetraciclina, tanto no grupo de gram-positivas, como no grupo de gram-negativas, chegando à 6% Dos 4 isolados bacterianos, seis foram bactérias com perfis de resistência incomum na medicina veterinária, entre elas, quatro Staphylococcus spp MRSP (Staphylococcus pseudintermedius resistente à meticilina), uma Pseudomonas aeruginosa CR (resistente aos carbapenêmicos) e uma Klebsiella pneumoniae ESBL (produtora de betalactamase de espectro estendido) Esse resultado indica a necessidade do conhecimento do perfil de sensibilidade frente aos fármacos antimicrobianos, além do seu uso de forma mais racional

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Palavras-chave

Oftalmologia veterinária, Ceratite em cão, Microbiologia veterinária, Veterinary ophthalmology, Veterinary microbiology

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