Associação entre parâmetros do sono e atividade física, dor crônica musculoesquelética e tratamentos não farmacológicos da fibromialgia
dc.contributor.advisor | Mesas, Arthur Eumann | |
dc.contributor.author | Santos, Mayara Cristina da Silva | |
dc.contributor.banca | Andrade, Selma Maffei de | |
dc.contributor.banca | Dellaroza, Mara Solange Gomes | |
dc.contributor.banca | Moura, Felipe Arruda | |
dc.contributor.banca | Balboa-Castillo, Teresa | |
dc.coverage.extent | 267 p. | |
dc.coverage.spatial | Londrina | |
dc.date.accessioned | 2024-10-16T13:35:06Z | |
dc.date.available | 2024-10-16T13:35:06Z | |
dc.date.issued | 2024-04-29 | |
dc.description.abstract | Introdução: Os problemas relacionados ao sono têm consequências para a saúde individual e para os serviços de saúde. Estão potencialmente relacionados com a etiologia e a cronificação da dor musculoesquelética e da fibromialgia. A manutenção ou mudanças de certos comportamentos e tratamentos não farmacológicos podem auxiliar na prevenção e controle desses desfechos. No entanto, não está clara a direção da associação entre os problemas relacionados com o sono e a dor crônica, assim como a influência de tratamentos não farmacológicos da dor e as consequências na qualidade do sono. Objetivo: Investigar a associação entre os parâmetros do sono e a atividade física, a dor crônica musculoesquelética e os tratamentos não farmacológicos para fibromialgia em adultos. Objetivos específicos: 1) Analisar a associação entre a prática de atividade física no tempo livre (AFTL) e a qualidade do sono em estudantes universitários; 2) Sintetizar a evidência científica sobre as associações bidirecionais prospectivas entre problemas relacionados com o sono e dor crônica musculoesquelética; e 3) Sistematizar a evidência científica acerca dos efeitos de tratamentos não farmacológicos da fibromialgia sobre parâmetros do sono. Métodos: Os objetivos específicos foram contemplados na forma de três estudos, com resultados e discussões abordados separadamente. O objetivo 1 foi contemplado na forma de um estudo transversal da relação entre atividade física no tempo livre e qualidade do sono. Um questionário online foi aplicado em estudantes de uma universidade pública do sul do Brasil em 2019. Modelos estatísticos de regressão logística e análise de covariância foram desenvolvidos e ajustados por fatores de confusão. Para contemplar o objetivo 2, foi realizada uma revisão sistemática com meta-análise de estudos de coorte disponíveis nas bases PubMed, Scopus, Web of Science, PsycINFO e Cochrane Library desde seu início até 19 de julho de 2022. As diretrizes da guia Meta-analysis Of Observational Studies in Epidemiology foram rigorosamente seguidas. Por fim, o objetivo 3 foi contemplado na forma de uma revisão sistemática de estudos experimentais e quase-experimentais disponíveis nas bases PubMed, Scopus, Web of Science, PsycINFO e Cochrane Library, desde seu início até 05 de novembro de 2023. As recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses for Protocols foram fielmente observadas. Resultados: Objetivo 1) Foram analisados 2.626 estudantes universitários. Nas análises ajustadas, praticar AFTL de 4 a 7 vezes/semana associou-se com menor probabilidade de má qualidade do sono (odds ratio, OR=0,71; intervalo de confiança, IC 95%=0,52–0,97) em comparação com não praticar AFTL. Ademais, aqueles que praticavam AFTL tiveram médias significativamente menores nas pontuações do Pittsburgh Sleep Quality Index global, duração e qualidade subjetiva do sono, e pontuações de disfunção diurna comparado com os que não praticavam AFTL. Objetivo 2) Dezesseis estudos, com um total de 153.187 indivíduos, foram incluídos na meta-análise. Indivíduos com problemas relacionados ao sono (PRS) no baseline apresentaram incidência 1,79 vezes maior (OR=1,79; IC 95%=1,55–2,08; I2=84,7%; p<0,001) e persistência 2,04 vezes maior (OR=2,04; IC 95%=1,42–2,94; I2=88,5%; p<0,005) de dor crônica musculoesquelética (DCME) do que aqueles sem PRS. Por outro lado, indivíduos com DCME no baseline apresentaram incidência 1,83 vezes maior de PRS (OR=1,83; IC 95%=1,49–2,26; I2=89,4%; p<0,001) do que aqueles sem DCME. Objetivo 3) Noventa e cinco estudos experimentais e quase-experimentais com um total de 6.137 adultos com idade média de 48,7 anos foram incluídos. Os parâmetros do sono foram avaliados em 45,3% dos estudos com o Pittsburgh Sleep Quality Index. O tempo médio de acompanhamento da intervenção foi de 8,7 semanas. Entre os 91 artigos com indivíduos subdivididos por grupos, 11,1% foram alocados na intervenção ou terapia cognitiva comportamental, 10,9% eletroestimulação craniana ou transcraniana ou transcutânea, 5,4% exercícios aeróbicos, 4,3% Tai Chi e 4,3% mindfulness. Entre os 35 artigos que contemplam as intervenções predominantes, 65,7% apresentaram melhora significativa nos parâmetros do sono comparado com os alocados nos grupos controle (p<0,05). Conclusões: Em síntese, em grupos populacionais específicos, como o de estudantes universitários, a prática de AFTL pode contribuir para a melhor qualidade do sono. Evidências robustas reforçam a associação longitudinal entre PRS e incidência e persistência de DCME em adultos, assim como estudos prospectivos suportam a existência de uma relação bidirecional entre DCME e PRS. Por fim, a evidência disponível sugere que tratamentos não farmacológicos para a fibromialgia podem resultar em uma melhora do sono em adultos. | |
dc.description.abstractother1 | Introduction: Sleep-related problems have consequences for individual health and health services. They are potentially related to the etiology and chronification of musculoskeletal pain and fibromyalgia. Maintaining or changing certain behaviors and non-pharmacological treatments can help prevent and control these outcomes. However, the direction of the association between sleep-related problems and chronic pain, the influence of non-pharmacological treatments for pain, and the consequences on sleep quality, remain unclear. Objective: To investigate the association between sleep parameters and physical activity, chronic musculoskeletal pain, and non-pharmacological treatments for fibromyalgia in adults. Specific objectives: 1) Analyze the association between free-time physical activity (FTPA) and sleep quality in university students; 2) Synthesize scientific evidence on prospective bidirectional associations between sleep-related problems and chronic musculoskeletal pain; and 3) Systematize scientific evidence on the effects of non-pharmacological treatments for fibromyalgia on sleep parameters. Methods: The specific objectives were covered in the form of three studies, with results and discussions mentioned separately. Objective 1 was contemplated in the form of a cross-sectional study on the relationship between free-time physical activity and sleep quality. An online questionnaire was administered to students at a public university in Southern Brazil in 2019. Statistical models of logistic regression and analysis of covariance were developed and adjusted for confounding factors. To contemplate objective 2, a systematic review and meta-analysis of cohort studies available in the PubMed, Scopus, Web of Science, PsycINFO, and Cochrane Library databases, from the beginning until July 19, 2022. The Meta-analysis Of Observational Studies in Epidemiology guidelines were strictly followed. Finally, objective 3 was contemplated in the form of a systematic review of experimental and quasi-experimental studies available in the PubMed, Scopus, Web of Science, PsycINFO and Cochrane Library databases, from the beginning until November 5, 2023. The recommendations of the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses for Protocols were faithfully observed. Results: Objective 1) 2,626 university students were analyzed. In the adjusted analysis, practicing FTPA 4 to 7 times/week was associated with lower odds of poor sleep quality (odds ratio, OR=0.71; 95% confidence interval, 95% CI=0.52; 0.97) compared with not practicing FTPA. Furthermore, those who practiced FTPA had significantly lower mean scores on the global Pittsburgh Sleep Quality Index, duration and subjective sleep quality, and daytime dysfunction scores compared with those who did not practice FTPA. Objective 2) Sixteen studies, with a total of 153,187 individuals, were included in the meta-analysis. Individuals with sleep-related problems (SRP) at baseline had a 1.79-fold higher incidence (OR=1.79; 95% CI=1.55; 2.08; I2= 84.7%; p<0.001) and 2.04-fold higher persistence (OR=2.04; 95% CI=1.42; 2.94; I2=88.5%; p<0.005) of chronic musculoskeletal pain (CMP) than those without SRP. On the other hand, individuals with CMP at baseline had a 1.83-fold higher incidence of SRP (OR=1.83; 95% CI=1.49; 2.26; I2=89.4%; p<0.001) than those without CMP. Objective 3) Ninety-five experimental and quasi-experimental studies with a total of 6,137 adults with a mean age of 48.7 years were included. Sleep parameters were assessed in 45.3% of studies using the Pittsburgh Sleep Quality Index. The average follow-up time for the intervention was 8.7 weeks. Among the 91 articles with individuals subdivided by groups, 11.1% were allocated to the intervention or cognitive behavioral therapy, 10.9% cranial electrical stimulation or transcranial or transcutaneous, 5.4% aerobic exercise, 4.3% Tai Chi and 4.3% mindfulness. Among the 35 articles that included the predominant interventions, 65.7% showed a significant improvement in sleep parameters compared with those allocated to the control groups (p<0.05). Conclusions: In summary, in specific population groups, such as university students, the practice of FTPA can contribute to better sleep quality. Robust evidence reinforces the longitudinal association between SRP and incidence-persistence of CMP in adults, just as prospective studies support the existence of a bidirectional relationship between CMP and SRP. Finally, available evidence suggests that non-pharmacological treatments for fibromyalgia may result in improved sleep in adults. | |
dc.identifier.uri | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18079 | |
dc.language.iso | por | |
dc.relation.departament | CCS - Departamento de Saúde Coletiva | |
dc.relation.institutionname | Universidade Estadual de Londrina - UEL | |
dc.relation.ppgname | Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva | |
dc.subject | Dor | |
dc.subject | Dor crônica musculoesquelética | |
dc.subject | Fibromialgia | |
dc.subject | Atividade física | |
dc.subject | Tratamentos não farmacológicos | |
dc.subject | Sono | |
dc.subject | Qualidade do sono | |
dc.subject | Adultos | |
dc.subject | Universitários | |
dc.subject | Revisão sistemática | |
dc.subject | Meta-análise | |
dc.subject | Saúde coletiva | |
dc.subject.capes | Ciências da Saúde - Saúde Coletiva | |
dc.subject.cnpq | Ciências da Saúde - Saúde Coletiva | |
dc.subject.keywords | Pain | |
dc.subject.keywords | Chronic musculoskeletal pain | |
dc.subject.keywords | Fibromyalgia | |
dc.subject.keywords | Physical activity | |
dc.subject.keywords | Non-pharmacological treatments | |
dc.subject.keywords | Sleep | |
dc.subject.keywords | Sleep quality | |
dc.subject.keywords | Adults | |
dc.subject.keywords | University students | |
dc.subject.keywords | Systematic review | |
dc.subject.keywords | Meta-analysis | |
dc.title | Associação entre parâmetros do sono e atividade física, dor crônica musculoesquelética e tratamentos não farmacológicos da fibromialgia | |
dc.title.alternative | Association between sleep parameters and physical activity, chronic musculoskeletal pain and non-pharmacological treatments for fibromyalgia | |
dc.type | Tese | |
dcterms.educationLevel | Doutorado | |
dcterms.provenance | Centro de Ciências da Saúde |
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