Avaliação de fatores associados ao tempo para o óbito de pacientes críticos em um Hospital Universitário Público
dc.contributor.advisor | Grion, Cíntia Magalhães Carvalho | |
dc.contributor.author | Mezzaroba, Ana Luiza | |
dc.contributor.banca | Carrilho, Cláudia Maria Dantas de Maio | |
dc.contributor.banca | Cardoso, Lucienne Tibery Queiroz | |
dc.contributor.banca | Almeida, Silvio Henrique Maia de | |
dc.contributor.banca | Delfino, Vinicius Daher Alvares | |
dc.coverage.extent | 99 p. | |
dc.coverage.spatial | Londrina | |
dc.date.accessioned | 2024-09-13T15:16:26Z | |
dc.date.available | 2024-09-13T15:16:26Z | |
dc.date.issued | 2020-07-01 | |
dc.description.abstract | Introdução: Entre os pacientes não sobreviventes internados em unidade de terapia intensiva (UTI), uma parte apresenta mortalidade mais precoce e geralmente relacionada à gravidade do diagnóstico inicial da internação e os demais possuem evolução favorável quanto à doença inicial mas morrem mais tardiamente por complicações relacionadas à internação. A sepse destaca-se como uma das principais causadoras de disfunção de múltiplos órgãos e determinante de mortes precoces e tardias em pacientes críticos. O conhecimento dos fatores associados ao tempo para o óbito de pacientes internados em UTI possui implicações organizacionais e éticas. O reconhecimento desses fatores poderia melhorar a avaliação prognóstica dos pacientes e auxiliar no tratamento e otimização de recursos, com atuação mais agressiva e direta sobre fatores específicos mais comumente relacionados ao óbito. Objetivo: Identificar os fatores associados ao tempo para o óbito de pacientes críticos em uma UTI geral de um hospital universitário público terciário. Métodos: Estudo longitudinal retrospectivo realizado por meio da coleta de dados dos prontuários dos pacientes internados na UTI do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (HU/UEL), entre janeiro de 2008 e dezembro de 2017. Dados gerais foram coletados de todos os pacientes inseridos no estudo até o desfecho hospitalar e também foram coletados dados da internação na UTI, como presença de doença crônica, necessidade de ventilação mecânica e de diálise, uso de drogas vasoativas e os escores Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II (APACHE II), Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) do primeiro dia de internação na UTI e Therapeutic Intervention Scoring System 28 (TISS 28). Para a análise estatística, algumas definições foram estabelecidas. Os pacientes não sobreviventes na UTI foram divididos em três grupos conforme o tempo para o óbito após admissão na UTI: precoce (até 5 dias), intermediário (6 a 28 dias) e tardio (mais de 28 dias). Foram considerados sépticos os pacientes que tinham o diagnóstico de sepse anotado na admissão na UTI. Resultados: Foram analisados dados de 6.596 pacientes. A mediana de idade dos pacientes internados foi de 60 (intervalo interquartílico-ITQ 45-73) anos, com predomínio do sexo masculino (56,9%) e a maioria proveniente da sala de emergência (56,2%). A mediana do escore SOFA foi 6 (ITQ 3-11). Os pacientes avaliados tiveram mortalidade de 32,9% na UTI e 43,3% de mortalidade hospitalar. Foi observado que quanto maior o número de disfunções orgânicas à admissão na UTI, maiores as taxas de mortalidade. Entre as disfunções orgânicas analisadas, nenhuma se destacou com maior associação com morte em comparação às outras. As maiores taxas de morte ocorreram no grupo intermediário (47,9%). O diagnóstico de sepse na admissão da UTI foi associado com maior taxa de mortalidade na UTI (48,8%) e hospitalar (61,6%). O diagnóstico de sepse não foi associado com diferença na proporção de mortes precoces ou tardias quando comparado aos outros diagnósticos. A análise multivariada identificou idade maior que 60 anos (hazard ratio-HR 1,009; intervalo de confiança-IC95% 1,005-1,013; p<0,001), sexo masculino (HR 1,192; IC95% 1,046-1,358; p=0,009), uso de ventilação mecânica na admissão na UTI (HR 1,476; IC95% 1,161-1,876; p=0,001), realização de diálise na UTI (HR 2,297; IC95% 1,966-2,684; p<0,001) e SOFA de admissão na UTI maior que 6 (HR 1,319; IC 95% 1,292-1,345; p<0,001) como fatores de risco para morte na UTI. Conclusões: Foi descrito o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos na UTI de um hospital terciário ao longo de dez anos. A proporção de mortes intermediárias e tardias foi maior do que a morte precoce nos pacientes analisados e o diagnóstico de sepse não foi associado a mudanças nesse padrão. Entre as disfunções orgânicas analisadas, nenhuma se destacou com maior associação com morte em comparação às outras. O diagnóstico de sepse foi associado a maior mortalidade quando comparado a pacientes não sépticos. | |
dc.description.abstractother1 | Introduction: Among the non-surviving patients admitted to the intensive care unit (ICU), part of them presents an early mortality and is generally related to the severity of the initial diagnosis of hospitalization and the others have a favorable evolution regarding the initial disease but die later due to complications related to hospitalization. Sepsis stands out as one of the main causes of multiple organ dysfunction and determinant of early and late deaths in critically ill patients. Knowledge of the factors associated with time to death in non-survivors admitted to the ICU has organizational and ethical implications. The recognition of these factors could improve the prognostic assessment of patients and could assist in the treatment and optimization of resources, with more aggressive and direct action on specific factors more commonly related to death. Objective: To identify the factors associated with time to death of critically ill patients in a general ICU of a tertiary public University Hospital. Methods: Retrospective longitudinal study with data collection from the medical records of patients admitted to the ICU of the University Hospital of the State University of Londrina (HU / UEL), between January 2008 and December 2017. General data were collected from all patients included in the study until hospital discharge and data from ICU admission were also collected, such as presence of chronic disease, need for mechanical ventilation and dialysis, use of vasoactive drugs and the following scores: Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II (APACHE II), Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) at ICU admission and Therapeutic Intervention Scoring System 28 (TISS 28). For statistical analysis, some definitions have been established. The non-surviving patients in the ICU were divided into three groups according to the time to death after admission to the ICU: early (up to 5 days), intermediate (6 to 28 days) and late (more than 28 days). Patients with a diagnosis of sepsis noted at ICU admission were considered septic. Results: Data from 6.596 patients were analyzed. The median age of hospitalized patients was 60 (interquartile range-ITQ 45-73) years, with a predominance of males (56.9%) and the majority coming from the emergency room (56.2%). The median of the SOFA score was 6 (ITQ 3-11). The evaluated patients had a 32.9% mortality in the ICU and 43.3% in-hospital mortality. It was observed that the greater the number of organ dysfunctions on ICU admission, the greater the mortality rates. Among the organic dysfunctions analyzed, none stood out with a greater association with death compared to the others. The highest death rates occurred in the intermediate group (47.9%). The diagnosis of sepsis at ICU admission was associated with a higher ICU (48.8%) and hospital mortality rate (61.6%). The diagnosis of sepsis was not associated with a difference in the proportion of early or late deaths when compared to other diagnoses. The multivariate analysis identified age over 60 years (hazard ratio-HR 1.009; confidence interval-95%-95% CI 1.005-1.013; p<0.001), male gender (HR 1.192; 95% CI 1.046-1.358; p=0.009), use of mechanical ventilation at ICU admission (HR 1.476; 95% CI 1.161-1.876; p=0.001), dialysis in the ICU (HR 2.297; 95% CI 1.966-2.684; p<0.001) and SOFA at ICU admission greater than 6 (HR 1.319; 95% CI 1.292-1.345; p<0.001) as risk factors for death in the ICU. Conclusions: The epidemiological profile of ICU patients of a tertiary hospital over a period of ten years was described. The proportion of intermediate and late deaths was higher than early deaths in the patients analyzed and the diagnosis of sepsis was not associated with changes in this pattern. Among the organic dysfunctions analyzed, none stood out with a greater association with death compared to the others. The diagnosis of sepsis was associated with higher mortality when compared to non-septic patients. | |
dc.identifier.uri | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17582 | |
dc.language.iso | por | |
dc.relation.departament | CCS - Departamento de Clínica Médica | |
dc.relation.institutionname | Universidade Estadual de Londrina - UEL | |
dc.relation.ppgname | Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde | |
dc.subject | Unidade de terapia intensiva | |
dc.subject | Mortalidade hospitalar | |
dc.subject | Hospital universitário | |
dc.subject | Síndrome de disfunção de múltiplos órgãos | |
dc.subject | Falência de múltiplos órgãos | |
dc.subject | Evolução fatal | |
dc.subject.capes | Ciências da Saúde - Medicina | |
dc.subject.keywords | Intensive care units | |
dc.subject.keywords | Hospital mortality | |
dc.subject.keywords | Hospitals | |
dc.subject.keywords | University | |
dc.subject.keywords | Multiple organ dysfunction syndrome | |
dc.subject.keywords | Multiple organ failure | |
dc.subject.keywords | Fatal outcome | |
dc.title | Avaliação de fatores associados ao tempo para o óbito de pacientes críticos em um Hospital Universitário Público | |
dc.title.alternative | Evaluation of factors associated with time to death of critically ill patients in a Public University Hospital | |
dc.type | Tese | |
dcterms.educationLevel | Doutorado | |
dcterms.provenance | Centro de Ciências da Saúde |
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