Indicador tempo de resposta no atendimento ao trauma em um Serviço Móvel de Urgência
Data
2024-10-29
Autores
Furquim, Ricardo de Jesus
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Resumo
Objetivo: analisar o indicador tempo de resposta no atendimento ao trauma em um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Método: Estudo descritivo, transversal e quantitativo, fundamentado na análise de um banco de dados dos Relatórios de Atendimentos do Socorrista (RAS) para vítimas de agravos traumáticos, atendidas pela Central de Regulação de Urgências (CRU) de um SAMU no sul do Brasil, que atende 21 municípios. Foram avaliados os atendimentos realizados em 2019 e 2020 pelas Unidades de Suporte Básico e Avançado de Vida. Os dados foram codificados e categorizados usando Excel 365® (versão 2023) e analisados por meio de estatística descritiva no programa R (versão 4.3.1 - 2023), com frequências simples para variáveis nominais e categóricas, e média ou mediana para variáveis contínuas, conforme a distribuição dos dados. Resultados: O tempo médio entre a chamada da ocorrência e o acionamento da ambulância foi de 20 minutos para socorros e 61 minutos para transferências (TEMPO 1). O tempo médio entre o acionamento da ambulância e a chegada à cena foi de 11 minutos para socorros e 17 minutos para transferências (TEMPO 2). O tempo médio entre a chegada à cena e a saída foi de 17 minutos para socorros e 24 minutos para transferências (TEMPO 3). O tempo médio entre a chegada à cena e a liberação no destino foi de 27 minutos para socorros e 51 minutos para transferências (TEMPO 4). O intervalo entre a hora da chamada da ocorrência e a hora de chegada à cena (TEMPO 5), indicou que o SAMU teve um tempo de resposta médio de 31 minutos para socorros e 78 para transferências. Predominaram os atendimentos aos traumas entre os homens, com destaque para quedas (59,95%) e acidentes de trânsito (67,06%). Lesões autoprovocadas foram mais frequentes entre mulheres (54,81%). A maior parte das ocorrências ocorreu no período da tarde (34,91%). Houve uma demanda maior por socorro (67,17%) em comparação as transferências. As Unidades de Suporte Básico foram as mais utilizadas, representando 75,15% das ocorrências. 39,64% dos pacientes foram encaminhados para hospitais secundários. A idade também foi um fator importante, destacando a vulnerabilidade dos idosos a quedas e a propensão dos adultos jovens a comportamentos de risco. Conclusão: Os resultados demonstraram a necessidade de implementar melhorias operacionais no SAMU em estudo, especialmente na redução dos intervalos entre o chamado e a chegada da equipe no atendimento ao trauma.
Descrição
Palavras-chave
Indicadores pré-hospitalares, Atendimento ao trauma, Serviços médicos de emergência, Transporte de pacientes, Ambulâncias, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)