Mortalidade do percevejo-marrom, Euschisthus heros (Hemiptera: Pentatomidae), submetido a diferentes inseticidas, vias de exposição e estádios de desenvolvimento da soja
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Lobak, Tatiane
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Resumo
Resumo: O percevejo-marrom, Euschistus heros, é praga-chave da soja e seu controle é realizado principalmente pelo uso de inseticidas químicos Entender as vias de aquisição do inseticida pelos percevejos, sua interação com a idade da planta e o efeito de produtos utilizados para outras pragas é importante para embasar o aperfeiçoamento do manejo de percevejos em soja Assim, o trabalho objetivou estudar de forma exploratória, em campo, as vias de aquisição de inseticidas pelos percevejos em diferentes estádios de desenvolvimento da cultura e a mortalidade destes causada por inseticidas utilizados no manejo de outras pragas Por duas safras (216/217 e 217/218) foi avaliada a mortalidade de adultos de E heros e o tempo residual dos inseticidas acefato, tiametoxam+lambdacialotrina e imidacloprido+betaciflutrina pulverizados em soja nos estádios: V6, R3, R4, R51, R52, R54, R55, R6 e R7, sendo as plantas infestadas com percevejos previamente pulverizados e não pulverizados Também, foram estudados os inseticidas azadiractina, buprofezina, ciantraniliprole, clorantraniliprole, espiromesifeno, etiprole, imidacloprido, piriproxifem e tiametoxam, pulverizados isoladamente ou em misturas em soja, quanto a mortalidade e tempo residual sobre ninfas e adultos de E heros Na safra 216/17, as maiores mortalidades do percevejo E heros foram observadas nos tratamentos em que os percevejos foram previamente pulverizados (ação por contato) e quando os percevejos previamente pulverizados foram infestados em plantas também pulverizadas (ação por contato, tarsal e ingestão) Os percentuais de mortalidade variaram de 7-1%, para todos os inseticidas, nos estádios R51, R52, R54, R6 e R7 As maiores mortalidades foram obtidas com Imidacloprido (61%) e Tiametoxam (56%), para ninfas de E heros e com Etiprole (82%) e Tiametoxam (59%), para adultos Para os inseticidas: Piriproxifem, Espiromesifeno, Clorantraniliprole, Ciantraniliprole e Buprofezina, na máxima dose registrada para a cultura da soja, a mortalidade do percevejo-marrom não diferiu da testemunha Na safra 217/18, as maiores mortalidades foram obtidas com a pulverização de inseticidas sobre plantas e percevejos, nos estádios V6, R52, R55 e R7, para todos os inseticidas Neste caso, a mortalidade variou de 6-1%, nos estádios V6, R3, R52 e R7, quando realizada a pulverização sobre os percevejos e estes foram infestados em plantas não pulverizadas No entanto, a mortalidade dos percevejos não tratados com inseticidas e infestados em plantas tratadas variou de 59-95%, somente em V6, sendo que nos estádios reprodutivos somente o Acefato propiciou mortalidade acima de 6% A associação do Etiprole com os inseticidas Tiametoxam+lambdacialotrina e Imidacloprido+betaciflutrina resultou em 97% e 92% de mortalidade do percevejo-marrom da soja, respectivamente Em ambas as safras, o tempo residual dos inseticidas foi baixo, para todos os inseticidas, em todos os estádios Os neonicotinoides: Imidacloprido e Tiametoxam promoveram maiores mortalidades em ninfas de E heros O inseticida Etiprole provocou a maior mortalidade de percevejos adultos de E heros O controle do percevejo-marrom é eficiente quando a aplicação de inseticidas possibilita o contato com a dose letal por meio do contato direto, tarsal e ingestão
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Palavras-chave
Pragas, Controle, Percevejo (Inseto), Inseticidas, Bedbugs, Insecticides, Pests, Control