Experiências adversas na infância e sua relação com sintomas depressivos e ansiosos, qualidade de vida e obesidade em adolescentes e jovens

dc.contributor.advisorNunes, Sandra Odebrecht Vargas
dc.contributor.authorMoriya, Renato Mikio
dc.contributor.bancaMachado, Regina Célia Bueno
dc.contributor.bancaAraújo, Eduardo José de Almeida
dc.contributor.bancaSilva, José Luciano Tavares da
dc.contributor.bancaOliveira, Carlos Eduardo Coral de
dc.contributor.coadvisorReiche, Edna Maria Vissoci
dc.coverage.extent316 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2024-10-18T12:53:28Z
dc.date.available2024-10-18T12:53:28Z
dc.date.issued2024-03-11
dc.description.abstractIntrodução: Múltiplos tipos de experiências adversas na infância (EAI), incluindo os abusos físico, sexual e psicológico, as negligências física e emocional (maus-tratos) e as experiências familiares adversas (AFE) são considerados fatores de risco para uma pobre qualidade de vida e piores desfechos em saúde física e mental de adolescentes e jovens. As intervenções digitais mostraram-se eficazes para reduzirem os sintomas depressivos e no manejo de peso em adolescentes com sobrepeso ou obesidade. Objetivos: Avaliar as EAI e suas relações com a gravidade dos sintomas depressivos e ansiosos, obesidade e qualidade de vida em adolescentes e jovens; avaliar intervenções com tecnologia digital como ferramenta para redução de peso em adolescentes com sobrepeso ou obesidade. Materiais e Métodos: Inicialmente, foram inseridos 62 adolescentes e jovens atendidos nas Clínicas Neuropsiquiátrica Palhano e dei Bambini, de Londrina, Paraná, Brasil. Os participantes foram avaliados pelas seguintes escalas e pelos questionários: Escala de Avaliação para Depressão de Hamilton 17 itens (HDRS17), Escala de Avaliação para Ansiedade de Hamilton (HAM-A), Avaliação de Qualidade de Vida da OMS (WHOQOL-BREF), Escala de Estresse Percebido-10 ítens, Escala de perda de controle da alimentação, Escala de incapacidade de Sheehan (SDS), Questionário sobre Experiências Adversas na Infância (ACE) e Questionário Global de Atividade Física. Também, foram avaliadas as medidas antropométricas, como índice de massa corpórea (IMC) e circunferência abdominal. Posteriormente, foram avaliados 153 pacientes atendidos na Clínica Neuropsiquiátrica, divididos em dois grupos: < 4 EAI e = 4 EAI. Paralelamente, foram realizadas duas revisões sistemáticas, para verificar a associação das EAI com obesidade/sobrepeso; e se as intervenções com tecnologia digital reduziam o peso em adolescentes com sobrepeso/obesidade. Resultados: Os resultados foram apresentados e discutidos em dois artigos originais e duas revisões sistemáticas. No primeiro artigo, os participantes que vivenciaram = 4 tipos de EAI apresentaram mais transtorno depressivo maior, pontuações mais altas na Escala de Estresse Percebido e menor qualidade de vida do que aqueles com < 4 tipos de EAI. Pontuações mais altas na Escala de Estresse Percebido e pontuações mais baixas no WHOQOL-BREF foram associadas a prevalência de sintomas depressivos e ansiosos mais graves. No segundo artigo, verificou-se que, após 24 semanas de intervenção com tecnologias digitais, houve melhora na prática de atividade física em ambos os grupos; diminuiu a gravidade dos sintomas depressivos no grupo com < 4 EAI e diminuição do comprometimento funcional no grupo com = 4 EAI. Pontuações mais altas no HAM-A e na escala de HDRS17 > 7 e falta de atividades físicas foram associadas a maiores escores de EAI. No terceiro artigo, foram incluídos 28 estudos com um total de 327.437 participantes. Adolescentes que relataram = 4 EAI, principalmente os abusos sexual e físico e negligência estiveram mais associados ao sobrepeso ou obesidade. No quarto artigo, foram incluídos oito estudos com 823 adolescentes. Os resultados mostraram que as intervenções digitais foram associadas ao IMC, mas não ao escore-z de IMC. Conclusão: Os achados contribuíram para compreensão da associação de EAI e desfechos clínicos em adolescentes e jovens, como baixa qualidade de vida e maior gravidade de sintomas depressivos e ansiosos. O emprego da intervenção digital psicoeducativa contribuiu para redução da gravidade dos sintomas depressivos em indivíduos com < 4 EAI. A revisão sistemática sobre associação entre diferentes eventos de EAI e sobrepeso ou obesidade na adolescência, mostrou evidências de que exposição a maus-tratos do tipo abusos físico e sexual e negligência e a múltiplos tipos de EAI, foram associadas a sobrepeso/obesidade. Em relação à revisão sistemática sobre o emprego de intervenções digitais direcionadas para adolescentes com sobrepeso/obesidade, concluiu-se que esta estratégia foi eficaz para a redução do IMC (mas não do escore z do IMC)
dc.description.abstractother1Introduction: Multiple types of adverse experiences in childhood (ACE), among them physical and sexual abuses, and emotional and physical neglects (maltreatments) and family adverse experiences, are considered risk factors to poor quality of life and worse outcome in physical and mental health in adolescents and young people. The digital devices seem effective to reduce the depressive symptoms and the weight management in adolescents and young people with overweight or obesity. Objectives: To evaluate the adverse experiences in childhood and their relationship to the gravity of depressive symptoms, anxiety, obesity, and quality of life among adolescents; to evaluate interventions with digital technology as a tool for weight reduction in overweight or obese adolescents. Materials and methods: Initially were included 62 adolescents and young people treated at Clínica Neuropsiquiátrica Palhano and dei Bambini in Londrina, Paraná, Brazil. The participants were assessed using the17- item Hamilton Depression Rating Scale (HDRS17), Hamilton Anxiety Rating Scale (HAM-A), WHO Quality of Life (WHOQOL-Bref), Perceived Stress Scale-10 itens, loss of eating control, Sheehan Disability Scale (SDS), Adverse Childhood Experiences (ACE) Questionnaire, and Global Physical Activity Questionnaire (GPAQ). We also measured anthropometrics measurements such as body mass index (BMI) and waist circumference. Subsequently, 153 patients assisted at Clínica Neuropsiquiátrica were evaluated, divided in two groups using the Adverse Experiences in Childhood Questionnaire: < 4 and = 4 ACE. In parallel, two systematic reviews were carried out to verify the association between ACE and overweight or obesity and if digital technology interventions would reduce the weight in these patients. Results: The results were presented and discussed in two original articles and in two systematic reviews. In the first article the participants who experienced = 4 types of ACE presented more major depressive disorder, highest score in Perceived Stress Scale, lower quality of life than those experienced < 4 types of ACE. Highest scores in Perceived Stress Scale and lowest scores in WHOQOL- BREF Scale were associated to prevalence of more serious depressive and anxious symptoms. In the second article it was found that more than 24 weeks of digital technology interventions lead to improvements of physical activities practice in both groups; there was reduction of the severity of depressive symptoms of the group < 4 ACE and reduction of the functional impairment of the group = 4 ACEs. Higher scores in HMA-A, in the HDRS17 scale > 7 and lack of physical activities were associated to higher ACE score. In the third article were included 28 studies with 327.437 participants. Adolescents who reported = 4 ACE, mainly childhood maltreatment, such as sexual and physical abuses and neglect were more associated to overweigh or obesity. In the fourth article it was included 8 studies with 823 adolescents. Results have shown that digital interventions were associated to BMI but not to score z on the same index. Conclusion: The findings contributed to understand the associations between ACE and clinical outcomes in adolescents and young people, such as low quality of life and severity of depressive and anxious symptoms. The use of psychoeducational digital intervention contributed to reducing the severity of depressive symptoms in individuals with < 4 ACE. The systematic review on the association between different ACE events and overweight or obesity in adolescence showed evidence that exposure to childhood maltreatment such as sexual and physical abuses and neglect and a multiple number of ACE were associated with overweight or obesity. In relation to the systematic review on the use of digital interventions aimed at overweight or obese adolescents, it was concluded that this strategy was effective in reducing BMI (but not the BMI z- score)
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/18147
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCCS - Departamento de Clínica Médica
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
dc.subjectExperiências adversas da infância
dc.subjectDepressão
dc.subjectQualidade de vida
dc.subjectEstresse
dc.subjectObesidade
dc.subject.capesCiências da Saúde - Medicina
dc.subject.cnpqCiências da Saúde - Medicina
dc.subject.keywordsAdverse Childhood Experiences
dc.subject.keywordsDepression
dc.subject.keywordsAnxiety
dc.subject.keywordsQuality of Life
dc.subject.keywordsStress
dc.subject.keywordsObesity
dc.titleExperiências adversas na infância e sua relação com sintomas depressivos e ansiosos, qualidade de vida e obesidade em adolescentes e jovens
dc.title.alternativeAdverse childhood experiences and their relationship with depressive and anxiety symptoms, quality of life, and obesity in adolescents and youth
dc.typeTese
dcterms.educationLevelDoutorado
dcterms.provenanceCentro de Ciências da Saúde

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