Violência laboral e qualidade de vida profissional em enfermeiros de unidades básicas de saúde

dc.contributor.advisorMartins, Júlia Trevisan
dc.contributor.authorFabri, Natalia Violim
dc.contributor.bancaGaldino, Maria José Quina
dc.contributor.bancaRibeiro, Renata Perfeito
dc.coverage.extent89 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2024-09-02T14:34:27Z
dc.date.available2024-09-02T14:34:27Z
dc.date.issued2020-12-18
dc.description.abstractO trabalho se apresenta como uma atividade que dignifica a vida do ser humano, bem como permeia a relação homem e sociedade. Os trabalhadores sempre conviveram com a violência ocupacional, porém, nas últimas décadas, têm aumentado significantemente, em especial, contra os profissionais de enfermagem, podendo interferir na qualidade de vida profissional e privada. Objetivo: analisar a violência laboral e sua associação com a qualidade de vida profissional em enfermeiros de Unidades Básicas de Saúde. Método: trata-se de estudo descritivo e transversal. A coleta de dados ocorreu nos meses de novembro de 2019 a fevereiro de 2020, em 40 Unidades Básicas de Saúde de uma cidade do norte paranaense. A amostra foi constituída por 101 enfermeiros. Os dados foram coletados por meio de instrumento composto por questionário de características sociodemográficas, ocupacionais e hábitos de vida. A avaliação da qualidade de vida profissional foi realizada pelo instrumento Professional Quality of life Scale que avalia três dimensões: burnout, fadiga e satisfação por compaixão. Para verificar a violência ocupacional utilizou-se o instrumento Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector. Os dados foram analisados no Statistical Package of Social Sciences, versão 20.0 por estatística descritiva e regressão logística, adotando-se p-valor <0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: a prevalência da violência laboral foi de 65,3% verbal, 29,7% assédio moral e 17,8% física. Das variáveis de caracterização que se associaram com a violência, a discriminação racial associou-se com a cor da pele (p=0,045) o assédio moral com a cor da pele (p=0,026) e o uso de ansiolíticos (p=0,037). Entre os enfermeiros agredidos verbalmente predominou o assédio moral (p=0,009). O assédio sexual esteve associado à discriminação racial (p=0,010). Sofrer violência física e a falta de oportunidade para o relato da violência (p=0,018) associou-se ao estresse traumático secundário (p=0,047). Bom relacionamento interpessoal (p=0,025) e ser reconhecido no trabalho (p=0,049) diminuíram as chances de baixa satisfação por compaixão. O burnout teve probabilidade menor quando associado a ter bons ou excelentes relacionamentos interpessoais no trabalho (p=0,040). A satisfação por compaixão teve associação com assédio moral no trabalho (p=0,047) e estímulo para relatar a violência (p=0,040). A violência física no trabalho esteve associada com o estresse traumático secundário (p=0,047), assim como procedimentos para relatar a violência (p=0,018). Ainda, o bom relacionamento interpessoal diminuiu as chances de baixa satisfação por compaixão (p=0,025) e burnout (p=0,049). Conclusão: as variáveis de caracterização se associaram com a ocorrência de violência no que diz respeito à discriminação racial com a cor da pele, o assédio moral com a cor da pele e o uso de ansiolíticos. O assédio sexual esteve associado à discriminação racial. Sofrer violência física e não ter a quem relatar provocou estresse traumático secundário. Ocorreu alta satisfação quando foram tomadas providências contra o agressor. O bom relacionamento interpessoal teve associação com a satisfação por compaixão e o burnout, assim, como sentir-se reconhecido pelo trabalho realizado. A maioria dos enfermeiros mesmo com altos níveis de satisfação, sentem-se cansados, reforçando a necessidade de maior atenção ao trabalho desenvolvido pelos enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde pelos gestores.
dc.description.abstractother1Work presents itself as an activity that dignifies human life, as well as permeating the relationship between man and society. Workers have always lived with occupational violence, however, in recent decades, they have increased significantly, especially against nursing professionals, and may interfere with the quality of professional and private life. Objective: to analyze workplace violence and its association with the quality of professional life in nurses from Basic Health Units. Method: this is a descriptive and cross-sectional study. Data collection took place from November 2019 to February 2020, in 40 Basic Health Units in a city in the north of Paraná. The sample consisted of 101 nurses. Data were collected using an instrument consisting of a questionnaire on sociodemographic, occupational and lifestyle habits. The assessment of professional quality of life was carried out using the Professional Quality of life Scale instrument, which assesses three dimensions: burnout, fatigue and satisfaction with compassion. To check occupational violence, the Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector instrument was used. Data were analyzed in the Statistical Package of Social Sciences, version 20.0 by descriptive statistics and logistic regression, adopting a p-value <0.05 as statistically significant. Results: the prevalence of workplace violence was 65.3% verbal, 29.7% moral harassment and 17.8% physical. Among the characterization variables associated with violence, racial discrimination was associated with skin color (p = 0.045), bullying with skin color (p = 0.026) and the use of anxiolytics (p = 0.037) . Among nurses verbally assaulted, bullying predominated (p = 0.009). Sexual harassment was associated with racial discrimination (p = 0.010). Suffering physical violence and the lack of opportunity to report violence (p = 0.018) was associated with secondary traumatic stress (p = 0.047). Good interpersonal relationships (p = 0.025) and being recognized at work (p = 0.049) decreased the chances of low satisfaction out of compassion. Burnout was less likely when associated with having good or excellent interpersonal relationships at work (p = 0.040). Satisfaction with compassion was associated with bullying at work (p = 0.047) and encouragement to report violence (p = 0.040). Physical violence at work was associated with secondary traumatic stress (p = 0.047), as well as procedures for reporting violence (p = 0.018). In addition, good interpersonal relationships decreased the chances of low satisfaction from compassion (p = 0.025) and burnout (p = 0.049). Conclusion: the characterization variables were associated with the occurrence of violence with regard to racial discrimination with skin color, bullying with skin color and the use of anxiolytics. Sexual harassment was associated with racial discrimination. Suffering physical violence and having no one to report caused secondary traumatic stress. High satisfaction occurred when measures were taken against the aggressor. Good interpersonal relationships were associated with satisfaction from compassion and burnout, as well as feeling recognized for the work done. Most nurses, even with high levels of satisfaction, feel tired, reinforcing the need for greater attention to the work developed by nurses in Basic Health Units by managers.
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/17378
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCCS - Departamento de Enfermagem
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Enfermagem
dc.subjectViolência no trabalho
dc.subjectEsgotamento profissional
dc.subjectQualidade de vida profissional
dc.subjectFadiga por compaixão
dc.subjectCentro de saúde
dc.subjectEnfermeiro
dc.subjectAtenção primária à saúde
dc.subject.capesCiências da Saúde - Enfermagem
dc.subject.keywordsViolence at work
dc.subject.keywordsProfessional burnout
dc.subject.keywordsQuality of professional life
dc.subject.keywordsCompassion fatigue
dc.subject.keywordsHealth center
dc.subject.keywordsNurse
dc.subject.keywordsPrimary health care
dc.titleViolência laboral e qualidade de vida profissional em enfermeiros de unidades básicas de saúde
dc.title.alternativeWorkplace violence and quality of professional life in nurses from basic health units
dc.typeDissertação
dcterms.educationLevelMestrado Acadêmico
dcterms.provenanceCentro de Ciências da Saúde

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