O cuidado à saúde materno-infantil na rua: a percepção de mulheres que experimentam a maternidade em situação de rua na cidade de Londrina/PR

dc.contributor.advisorLanza, Líria Maria Bettiol
dc.contributor.authorSantos, Eliezer Rodrigues dos
dc.contributor.bancaFaquim, Evelyn Secco
dc.contributor.bancaFortuna, Sandra Lourenço de Andrade
dc.contributor.bancaDiniz, Larissa Mattos
dc.contributor.bancaRocha, Marco Antônio da
dc.contributor.coadvisorRomizi, Francesco
dc.coverage.extent221 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2024-10-25T17:21:22Z
dc.date.available2024-10-25T17:21:22Z
dc.date.issued2024-04-19
dc.description.abstractA vivência de rua e o uso abusivo de substâncias psicoativas são dilemas enfrentados em diferentes cenários da realidade brasileira. Esse contexto é repleto de complexidades, adensadas pelas vivências de mulheres que experimentam a maternidade na rua, sendo o cuidado, no âmbito da saúde, um dos elementos mais significativos, no que se refere às ações de proteção social. A partir de um estudo etnográfico e qualitativo, essa pesquisa objetivou: Analisar as percepções das mulheres que passaram pela experiência da maternidade nas ruas e, contra sua vontade, tiveram os vínculos mãe-filho rompidos, total ou parcialmente, motivado pela condição de rua. Para tanto, busca identificar a existência de um possível sistema de conceitos, saberes que essas mulheres mobilizam de cuidado em saúde; entender o modo como elas receberam e como avaliam tais processos; problematizar o significado que a retirada (ou possível retirada) dos filhos teve para essas mulheres; compreender em que medida as ações de cuidado adotadas pela política de saúde aproximam-se da realidade vivida. A partir de um estudo etnográfico e qualitativo, foram realizadas observações participantes pelo pesquisador durante sua rotina de trabalho como assistente social nos serviços que atendem essa população, entre 2019 e 2021, três entrevistas em profundidade com mulheres atendidas por ele. Nos resultados, foi possível observar que as mulheres participantes dessa pesquisa em nenhum momento, mesmo na infância e adolescência, foram recipientes passivos e vítimas inertes de sua história de vida. No entanto, no esteio da fragilidade dos sistemas protetivos, com destaque para o escopo preventivo, e na manutenção do patriarcado, racismo estrutural/institucional, formas de exposição aos riscos sociais e violências desde a mais tenra infância, concorreram para a experimentação da vivência de rua. A pesquisa indicou que, no cotidiano da vivência na rua, embora haja pontos de confluência, as mulheres tomam decisões e escolhem as estratégias de subsistência, pautadas em critérios, desejos, pactos de convivência, análises de contexto, atrelados às suas histórias, às perspectivas de futuro e à existência de políticas públicas, em especial da saúde. O processo de análise e interpretação do cuidado em saúde acompanha a linha ascendente de complexificação de suas relações com atores e com serviços, o que delineia suas formas de interpretação do cuidado. Embora haja uma percepção mais clara dos processos de cuidados no âmbito das tecnologias duras (internações, medicamentos, cirurgias, etc.). Há relevantes alusões valorativas às tecnologias leves, mais presentes no cotidiano e expressas nos processos dialógicos e fortalecimento de vínculos, com profissionais de saúde e com seus pares.
dc.description.abstractother1Living on the streets and the abusive use of psychoactive substances are dilemmas faced in different scenarios in the Brazilian reality. This context is full of complexities, intensified by the experiences of women who experience motherhood on the streets, with care, in the context of health, being one of the most significant elements, with regard to social protection actions. Based on an ethnographic and qualitative study, this research aimed to: Analyze the perceptions of women who experienced motherhood on the streets and, against their will, had their mother-child bonds broken, totally or partially, motivated by their homelessness. To this end, it seeks to identify the existence of a possible system of concepts, knowledge that these women mobilize in health care; understand how they received and how they evaluate such processes; problematize the meaning that the removal (or possible removal) of their children had for these women; understand to what extent the care actions adopted by health policy come close to the lived reality. Based on an ethnographic and qualitative study, participant observations were carried out by the researcher during his work routine as a social worker in services that serve this population, between 2019 and 2021 and 3 in-depth interviews with women served by him. In the results, it was possible to observe that the women participating in this research at no time, even in childhood and adolescence, were they passive recipients and inert victims of their life history. However, given the fragility of protective systems, with emphasis on the preventive scope, and the maintenance of patriarchy, structural/institutional racism, forms of exposure to social risks and violence from early childhood, contributed to the experimentation of the experience of road. The research indicated that, in everyday life on the streets, although there are points of confluence, women make decisions and choose subsistence strategies, based on criteria, desires, coexistence pacts, context analyses, linked to their stories, perspectives of the future and the existence of public policies, especially health. The process of analysis and interpretation of health care follows the ascending line of complexification of its relationships with actors and services, which outlines its ways of interpreting care. Although there is a clearer perception of care processes within the scope of hard technologies (hospitalizations, medications, surgeries, etc.). There are relevant evaluative allusions to soft technologies, more present in everyday life and expressed in dialogical processes and strengthening bonds, with health professionals and their peers.
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/18259
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCESA - Departamento de Serviço Social
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Serviço Social e Política Social
dc.subjectPopulação em Situação de Rua
dc.subjectMulher em Situação de Rua
dc.subjectMaternidade
dc.subjectSaúde da Mulher
dc.subjectSaúde Materno-Infantil
dc.subjectCuidado em saúde
dc.subjectServiço social - Aspectos sociais - Paraná
dc.subjectPolítica social
dc.subjectPessoas em situação de rua
dc.subjectMaternidade
dc.subjectMulheres - Saúde e higiene
dc.subjectPsicotrópicos
dc.subjectAssistentes sociais - Londrina (PR)
dc.subject.capesCiências Sociais Aplicadas - Serviço Social
dc.subject.cnpqCiências Sociais Aplicadas - Serviço Social
dc.subject.keywordsHomeless Population
dc.subject.keywordsHomeless Woman
dc.subject.keywordsMaternity
dc.subject.keywordsWomen's Health
dc.subject.keywordsMaternal and Child Health
dc.subject.keywordsHealth care
dc.subject.keywordsSocial service - Social aspects - Paraná
dc.subject.keywordsSocial policy
dc.subject.keywordsHomeless people
dc.subject.keywordsMotherhood
dc.subject.keywordsWomen - Health and hygiene
dc.subject.keywordsPsychotropics
dc.subject.keywordsSocial workers - Londrina (PR)
dc.titleO cuidado à saúde materno-infantil na rua: a percepção de mulheres que experimentam a maternidade em situação de rua na cidade de Londrina/PR
dc.typeTese
dcterms.educationLevelDoutorado
dcterms.provenanceCentro de Estudos Sociais Aplicados

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