Segurança do paciente: análise espacial, ocorrência e gravidade de eventos adversos no ciclo gravídico-puerperal

dc.contributor.advisorCardelli, Alexandrina Aparecida Maciel
dc.contributor.authorFranchi, Juliana Vicente de Oliveira
dc.contributor.bancaPelloso, Sandra Marisa
dc.contributor.bancaMaciel, Sandra Mara
dc.contributor.bancaFerrari, Rosangela Aparecida Pimenta
dc.contributor.bancaPieri, Flávia Meneguetti
dc.coverage.extent136 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2024-11-25T14:17:06Z
dc.date.available2024-11-25T14:17:06Z
dc.date.issued2023-04-25
dc.description.abstractIntrodução: a segurança à saúde materna no ciclo gravídico-puerperal necessita de cuidado qualificado para evitar desfechos maternos desfavoráveis. Objetivo: analisar a segurança à saúde materna no seguimento da gestação, parto e puerpério por meio da distribuição socioespacial, ocorrência e gravidade de eventos adversos maternos (EAM). Método: coorte prospectiva, realizada em três regionais de saúde do Paraná, com 690 mulheres, entre 2017 e 2018. Como técnica de coleta utilizou-se os dados da carteira da gestante, prontuário materno, entrevista com a mulher durante internação e visita domiciliar 06 meses após o parto. Realizou-se para espacialidade dos casos de EAM a razão do vizinho mais próximo (NNI) e densidade de Kernel. Para avaliação da segurança da assistência no pré-natal utilizou-se o índice de Kessner modificado por Takeda e no puerpério utilizou-se o escore de Vilarinho, Nogueira e Naganhama, adaptados aos pressupostos da política materno-infantil do Paraná. Para análise estatística aplicou-se o teste qui-quadrado entre variáveis independentes (socioespaciais, clínico-obstétricos e assistenciais) e dependente (EAM), posteriormente, análise multivariada com regressão logística. Resultados: o indicador socioeconômico de renda familiar (p=0,050) apresentou associação com o EAM. A espacialidade indicou aglomeração acima do esperado e alta densidade de EAM em duas regiões de Londrina. A segurança no Pré-natal obteve classificação adequada para 58,8% das gestantes, sofrendo interferência estatística com o tempo de início do Pré-natal (p=0,040); encaminhamento para serviço especializado (p=<0,001); continuidade do atendimento na atenção primária (p=<0,001); exames laboratoriais de alto risco (p=<0,001); coleta de citologia oncótica (p=<0,001); consulta odontológica (p=<0,001) e informação sobre o risco gestacional (p=<0,001). No puerpério mais da metade das mulheres (53,8%) recebeu classificação de segurança inadequada, sendo influenciada pela consulta puerperal até 10 dias (p=<0,00); avaliação das mamas (p=<0,00), palpação uterina (p=0,02), incisão cirúrgica (p=0,01), loquiação (p=<0,00); orientação sobre contraceptivo (p=<0,00), atividade física (p=<0,00), aleitamento materno (p=<0,00) e prescrição de método anticonceptivo (p=<0,00). O EAM ocorreu em 39,4% das mulheres, classificado conforme gravidade do dano em categoria F – temporário com prolongamento da hospitalização (38,6%), G – permanente (35,7%), H – necessidade de intervenção para manutenção da vida (7,0%) e E – temporário com necessidade de intervenção (18,8%). A análise de regressão logística ajustada apresentou associação significante entre EAM e os pressupostos do parto: técnicas não farmacológicas para alívio da dor (p=0,033, OR=1,53), parto conduzido por ocitocina (p=0,006, OR=1,75), dispositivo de acesso venoso (p=0,002, OR=2,29), uso de antimicrobianos (p=<0,001, OR=3,19), parto normal (p=0,005, OR=1,61), realizado pelo enfermeiro (p=<0,001, OR= 12,28); do puerpério: consulta puerperal até 10 dias (p=0,011, OR=1,52), na unidade básica de saúde (p=0,002, OR=1,79), avaliação do acesso (p=0,003, OR=1,65) e pesquisa de satisfação (p=0,001, OR=2,00). Conclusão: a análise espacial mostrou áreas de maior risco para ocorrência de EAM. A segurança no seguimento Pré-natal foi insatisfatória, apontando necessidade de acesso oportuno aos cuidados de alto risco. No seguimento do parto evidenciaram-se medidas intervencionistas e parto normal com lesões de períneo significativas. A segurança no cuidado puerperal mostrou-se fragilizada, sinalizando uma descontinuidade assistencial. Desenvolver intervenções que minimizem o impacto dos indicadores socioespaciais, clínico-obstétricos e assistenciais são importantes contributos na prevenção dos riscos de eventos adversos maternos
dc.description.abstractother1Introduction: maternal health safety in the pregnancy-puerperal cycle requires qualified care to avoid unfavorable maternal outcomes. Objective: to analyze maternal health safety during pregnancy, childbirth and the puerperium through the socio-spatial distribution, occurrence and severity of maternal adverse events (ADE). Method: prospective cohort, carried out in three health regions of Paraná, with 690 women, between 2017 and 2018. As a collection technique, data from the pregnant woman's card, maternal medical record, interview with the woman during hospitalization and home visit were used 06 months after giving birth. The nearest neighbor ratio (NNI) and Kernel density were used for the spatiality of ADE cases. To assess the safety of prenatal care, the Kessner index modified by Takeda was used, and in the postpartum period, the score by Vilarinho, Nogueira and Naganhama was used, adapted to the assumptions of maternal and child policy in Paraná. For statistical analysis, the chi-square test was applied between independent variables (sociospatial, clinical-obstetric and care) and dependent (EAM), subsequently, multivariate analysis with logistic regression. Results: the socioeconomic indicator of family income (p=0.050) was associated with ADE. Spatiality indicated agglomeration above expectations and high EAM density in two regions of Londrina. Safety in prenatal care obtained adequate classification for 58.8% of pregnant women, suffering statistical interference with the time of beginning prenatal care (p=0.040); referral to a specialized service (p=<0.001); continuity of care in primary care (p=<0.001); high-risk laboratory tests (p=<0.001); oncotic cytology collection (p=<0.001); dental consultation (p=<0.001) and information about gestational risk (p=<0.001). In the puerperium, more than half of the women (53.8%) received an inadequate safety classification, being influenced by the puerperal consultation up to 10 days (p=<0.00); breast evaluation (p=<0.00), uterine palpation (p=0.02), surgical incision (p=0.01), lochiation (p=<0.00); guidance on contraception (p=<0.00), physical activity (p=<0.00), breastfeeding (p=<0.00) and contraceptive method prescription (p=<0.00). ADE occurred in 39.4% of the women, classified according to the severity of the damage in category F - temporary with prolonged hospitalization (38.6%), G - permanent (35.7%), H - need for intervention to maintain the life (7.0%) and E – temporary requiring intervention (18.8%). Adjusted logistic regression analysis showed a significant association between ADE and delivery assumptions: non-pharmacological techniques for pain relief (p=0.033, OR=1.53), delivery conducted with oxytocin (p=0.006, OR=1.75 ), venous access device (p=0.002, OR=2.29), use of antimicrobials (p=<0.001, OR=3.19), normal delivery (p=0.005, OR=1.61), performed by the nurse (p=<0.001, OR= 12.28); of the puerperium: puerperal consultation within 10 days (p=0.011, OR=1.52), at the basic health unit (p=0.002, OR=1.79), evaluation of access (p=0.003, OR=1.65 ) and satisfaction survey (p=0.001, OR=2.00). Conclusion: the spatial analysis showed areas of greater risk for the occurrence of ADE. Safety in prenatal follow-up was unsatisfactory, pointing to the need for timely access to high-risk care. During the delivery follow-up, interventional measures and normal delivery with significant perineal injuries were evident. Safety in puerperal care proved to be fragile, signaling a discontinuity of care. Developing interventions that minimize the impact of socio-spatial, clinical-obstetric and care indicators are important contributions in preventing the risk of maternal adverse events
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/18477
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCCS - Departamento de Enfermagem
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Enfermagem
dc.subjectSaúde Materno-Infantil
dc.subjectEventos Adversos
dc.subjectSegurança do Paciente
dc.subjectAnálise Espacial
dc.subjectEnfermagem Obstétrica
dc.subjectPacientes - Cuidado e tratamento
dc.subjectEnfermagem
dc.subjectSaúde materno-infantil
dc.subject.capesCiências da Saúde - Enfermagem
dc.subject.cnpqCiências da Saúde - Enfermagem
dc.subject.keywordsMaternal and Child Health
dc.subject.keywordsAdverse Events
dc.subject.keywordsPatient Safety
dc.subject.keywordsSpatial Analysis
dc.subject.keywordsObstetric Nursing
dc.subject.keywordsNursing
dc.subject.keywordsPatients
dc.subject.keywordsMaternal and child health care
dc.titleSegurança do paciente: análise espacial, ocorrência e gravidade de eventos adversos no ciclo gravídico-puerperal
dc.title.alternativePatient safety: spatial analysis, occurrence and severity of adverse events in the pregnancy-puerperal cycle
dc.typeTese
dcterms.educationLevelDoutorado
dcterms.provenanceCentro de Ciências da Saúde

Arquivos

Pacote Original
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
CS_ENF_Dr_2023_Franchi_Juliana_VO.pdf
Tamanho:
1.89 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Texto completo ID. 190177
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
CS_ENF_Dr_2023_Franchi_Juliana_VO_TERMO.pdf
Tamanho:
34.78 KB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Termo de autorização
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
555 B
Formato:
Item-specific license agreed to upon submission
Descrição: