Autonomia e formação humana : trajetos educativos
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Silva, Rafael Bianchi
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Resumo
Resumo: A questão central desse trabalho é a discussão da formação da autonomia no ser humano Freqüentemente confundida com a emancipação do ser à rede de referências construídas por um outro, a autonomia é um dos elementos fundamentais para a formação humana realizada no processo educativo Observou-se ao longo de algumas concepções clássicas de educação – como em Sócrates e em Kant - a preocupação com a construção de um homem que tenha capacidade de se constituir como Ser sem afastar-se das relações com o mundo a sua volta A educação, processo de inserção do homem no mundo humano a ele pré-existente, tem por marca fundamental a constituição de vínculos com o mundo, e assim sendo, com o Outro Observamos que ao nascer a criança não sabe da existência desse mundo; muito menos o fato que dele faz parte A estruturação subjetiva é a chave-mestra que nos leva a compreender uma série de discussões dos campos epistemológico, ético e estético referentes à formação humana Constatamos que o ser humano possui certa tendência estrutural à objetivação das coisas – atualizada nos anos de educação escolar pautada pela transmissão de saberes científicos-, o que o leva a fazer recortes na realidade, perdendo o movimento do mundo e construindo a idéia de que tanto o Outro quanto a Si-mesmo permanecem invariáveis às mudanças Esse campo de imagens se pauta pelo engano Disso deriva toda uma série de críticas endereçadas à idéia moderna de subjetividade Propomos, então, uma revisão da postura tomada pelo homem tanto em relação ao mundo quanto a Si-mesmo, ambos, um Outro, que foge à lógica da imagem fixa e imutável, possuindo na Diferença o suporte das suas relações No momento chamado de “modernidade tardia”, encontramos o afastamento dessa Diferença e uma pobreza das relações se tornam cada vez mais descartáveis Com isso, vemos a re-inserção do vazio da própria existência humana e a formação de uma situação de dependência, na qual o Outro é cada vez mais estranho e assustador, porém, mais necessário A reflexão nos leva, por fim, a pensar qual o papel da educação escolar na formação de uma nova posição a ser tomada pelo homem na relação com o Outro, a partir da perspectiva do sentido estético da experiência e do amor como afeto derivado do vínculo
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Palavras-chave
Educação, Filosofia, Subjetividade, Educação, Finalidades e objetivos, Education - Philosophy - Brazil, Subjectivity, Education - Aims and objetives - Brazil