Trichoderma e Bacillus no controle de patógenos de sementes, na germinação e crescimento de plântulas de milho doce

Data

2022-06-06

Autores

Cardoso, Fernanda Moreira

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Resumo

O milho doce possui grãos com pericarpo mais fino, maior teor de açúcar e menor teor de amido do que os grãos de milho comum e por isso suas sementes são mais susceptíveis ao ataque de fitopatógenos tornando importante o tratamento de sementes para implantação da cultura. Com o aumento da procura pelos consumidores por produtos livres de agrotóxicos, o controle biológico tem se tornado uma alternativa aos fungicidas químicos pois é um método de controle mais seguro de para a saúde humana e o meio ambiente. Fungos do gênero Trichoderma e bactérias do gênero Bacillus são amplamente empregados no controle de fitopatógenos, inclusive no tratamento de sementes. Neste sentido, o objetivo deste trabalho, foi avaliar dez isolados de Trichoderma asperellum (T2, T7, T20, T26, T37, T38, T41 e T70), um de Trichoderma asperelloides (T25), um de Trichoderma sp. (T24) e três cepas de Bacillus (LAFUEL 01, LAFUEL 02 e LAFUEL 03) no controle de fitopatógenos da semente, bem como o efeito dos agentes de controle biológico sobre a germinação e o crescimento inicial de plântulas de milho doce. O antagonismo de isolados de Trichoderma sp. e Bacillus sp. foi avaliado através de testes de confronto direto e teste de difusão em ágar de sobrenadante livre de células (SLC) das cepas de Bacillus. Os agentes de controle biológico também foram testados em experimentos de casa de vegetação via microbiolização de semente, para avaliação dos efeitos sobre a germinação e o crescimento inicial de plântulas de milho doce. Os experimentos in vitro foram em delineamento inteiramente casualizado e os experimentos in vivo foram em delineamento de blocos casualizados. Os patógenos de semente (Fusarium sp., Acremonium striticum, dois isolados de Aspergillus sp. e Penicillum sp.) foram isolados de maneira direta de sementes de milho doce. Os dados foram avaliados quanto a normalidade dos dados (teste de Shapiro-Wilk) e homogeneidade das variâncias (teste de Bartlett) e submetidos à análise de variância e se constatado efeitos significativos, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey ou Scott Knott a 5% de probabilidade. Nos testes de confronto direto todos os isolados de Trichoderma apresentaram fungitoxicidade variando de 31 a 59,8% de inibição no experimento 1 e de 45,8 a 73,8% no experimento 2, dependendo dos patógenos confrontados. As cepas de Bacillus inibiram o crescimento dos patógenos de semente em níveis entre 44,7 e 76 % (exp.1) e entre 47,6 e 78,5 (exp. 2) dependendo da cepa e o fungo confrontado. No teste de difusão em ágar o SLC do isolado LAFUEL 03 foi o que obteve melhores resultados, entretanto, nos testes in vivo, foi responsável por prejudicar a germinação das sementes tratadas. Sementes de milho doce tratadas com o isolado de T. asperellum T41, apresentaram maior germinação considerando todos os patógenos inoculados e as plântulas oriundas dessas sementes, apresentaram maior crescimento de raiz e planta inteira nos testes de promoção de crescimento

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Palavras-chave

Controle biológico, Promoção de crescimento, Tratamento de sementes, zea mays l., Grupo saccharata, Milho, Milho doce - Controle de pragas, Milho doce - Tratamento de sementes, Milho doce - Controle biológico

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