Fungos sapróbios do semi-árido nordestino para controle do mofo branco da soja e da mancha bacteriana do tomateiro

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Peitl, Douglas Casaroto

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Resumo

Resumo: Doenças como a mancha bacteriana do tomateiro, causado por bactérias do gênero Xanthomonas e o mofo branco da soja causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum são de difícil controle devido às características do ciclo de vida desses patógenos É necessário o emprego de várias medidas de manejo para o controle eficiente dessas doenças Uma das medidas que estão sendo adotadas pelos agricultores é o controle biológico O objetivo de este trabalho foi selecionar fungos sapróbios do semi-árido nordestino com potencial de controle dessas duas doenças No caso do mofo branco da soja foram testados os fungos sapróbios Myrothecium sp, Volutella minima, Phialomyces macrosporus e Dictyosporium tetraseriale e no caso de X vesicatoria os fungos Memnoniella levispora, Periconia hispidula, Zygosporium echinosporum e Chloridium virescens var virescens Realizaram-se testes in vitro para avaliação da antibiose de metabólitos fúngicos voláteis e não voláteis No caso de S sclerotiorum avaliou-se o crescimento micelial, a formação de escleródios e a germinação de ascósporos e no caso de X vesicatoria, realizou-se a contagem de unidades formadoras de colônia (UFC) No teste de antibiose usando filtrados na concentração de 5% (v/v), alguns tratamentos inibiram completamente o desenvolvimento micelial e a formação de escleródios de S sclerotiorum No teste com os compostos fúngicos voláteis, apenas o fungo Phialomyces macrosporus apresentou atividade inibitória Em relação a inibição de germinação de ascósporos, o fungo Myrothecium sp inibiu cerca de 9% a germinação dos ascósporos, resultado semelhante ao padrão comercial fluazinam No teste in vivo, os fungos V minima e P macrosporus apresentaram os menores valores de área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) No caso de controle de X vesicatoria observou-se que a incorporação de filtrados no meio de cultura a 5% (v/v) controlou a bactéria em até 28,9%, mas quando incorporados a 5%, esse controle chegou a 53,8% No teste de com os voláteis, apenas um isolado testado, C virescens var virescens, inibiu 24,4% as UFC Quando os filtrados dos fungos foram aplicados nas plantas de tomateiro observou-se que todos os tratamentos com os filtrados fúngicos diminuíram a AACPD, igualando o controle do indutor comercial utilizado (Acibenzolar-S-metílico) Também observou-se que o controle proporcionado pelos filtrados fúngicos foi sistêmico, pois, realizou-se somente a aplicação na terceira folha e obteve-se controle da doença na quarta folha, indicando uma indução de resistência nas plantas de tomate Conclui-se que alguns dos fungos sapróbios testados apresentam potencial de utilização como biocontroladores de S sclerotiorum e de X vesicatoria nas condições dos experimentos

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Palavras-chave

Fungos, Controle biológico, Soja, Doenças e pragas, Tomate, Sclerotinia sclerotiorum, Diseases and pests, Tomatoes, Control, Soybean - Diseases and pests

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