A concepção da criança com deficiência neuromotora e seus pais sobre a fisioterapia : estudo qualitativo
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Izumi, Adriana Yuki
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Resumo: Objetivo: Investigar a concepção de crianças com deficiência neuromotora e seus pais sobre a fisioterapia Métodos: Estudo qualitativo realizado por meio de entrevista semiestruturada com crianças com deficiência neuromotora, em idade escolar e seus pais Foram entrevistados 18 participantes: seis crianças, seis pais e seis mães As crianças tinham idade entre 8 a 11 anos, três do sexo masculino e três do feminino, tempo médio de fisioterapia de 8,67 anos (DP 2,65), todos frequentavam o Ambulatório de Fisioterapia Pediátrica do Hospital Universitário de Londrina A idade média das mães foi de 37,83 anos (DP 5,34), a mediana da idade dos pais foi de 4,5 anos (31 a 43 anos) O roteiro de entrevista foi submetido à avaliação de juízes para verificar adequação ao tema proposto e por entrevistas pilotos para ajustes de linguagem Foram coletados dados sóciodemográficos e da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) para critério de exclusão no domínio comunicação e caracterizar a população no domínio mobilidade Os dados numéricos foram tratados de forma descritiva e as entrevistas passaram por processo de categorização As categorias passaram por análise de juízes, a fim de testar a confiabilidade entre observadores Resultados: A análise dos relatos permitiu a construção de cinco categorias analíticas para as crianças e cinco para os pais denominadas: (1) Eu faço fisioterapia porque/ Meu filho faz fisioterapia porque; (2) Na fisioterapia eu faço/ Na fisioterapia meu filho faz; (3) Com a fisioterapia eu/ Eu percebo que com a fisioterapia meu filho; (4) Então, fisioterapia pra mim é/ Pra mim, fisioterapia é; e (5) Eu espero que a fisioterapia O estudo evidenciou que a concepção da criança sobre a fisioterapia está relacionada à dificuldade funcional percebida por ela, causada pela sua deficiência Os pais revelaram acompanhar a intervenção e o desenvolvimento de seus filhos, associando a fisioterapia a um tratamento necessário e eficaz As mães conceberam a fisioterapia como tratamento essencial para aquisições motoras, que irão possibilitar qualidade de vida, independência funcional e desenvolvimento de atividades laborais As expectativas das crianças em relação à fisioterapia relacionam-se com a melhora das dificuldades percebidas por elas; pais e mães esperam a reabilitação total de seus filhos, ficando evidente a necessidade do fisioterapeuta de orientação e troca de informações reais, a fim de esclarecer o prognóstico, e oferecer suporte não somente para recuperação motora e funcional, mas social, psicológica e ambiental da criança e sua família Conclusão: A concepção de fisioterapia para as crianças é de ajuda e de auxílio para a sua melhora funcional Para os pais, a fisioterapia é uma ciência realizada por meio de técnicas e exercícios específicos, com objetivos definidos para cada caso, que modifica o comportamento de seus filhos Para as mães, a fisioterapia é uma ajuda que possibilita autonomia e qualidade de vida a seus filhos Para as crianças, pais e mães esta concepção está relacionada às experiências que eles vivenciam na fisioterapia, ligado às condutas fisioterapêuticas e suas expectativas
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Palavras-chave
Fisioterapia para crianças, Crianças, Exercícios terapêuticos, Doenças neuromusculares, Tratamento, Physical therapy for children, Exercise therapy for children