Radioatividade de rochas provenientes das formações geológicas pertencentes à bacia hidrográfica do Rio Tibagi

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Bastos, Rodrigo Oliveira

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Resumo

Resumo: Este trabalho trata do estudo da radioatividade do 4K e das séries do 238U e do 232Th em rochas através de medidas de espectrometria gama natural de alta resolução As rochas são provenientes das formações geológicas pertencentes à bacia hidrográfica do rio Tibagi, cujo curso corta as seqüências estratigráficas paleozóicas e mesozóicas da Bacia Sedimentar do Paraná Para considerar a atenuação do fundo radioativo pela amostra, desenvolveu-se uma técnica que torna desnecessária a medição de uma amostra que represente o branco Os efeitos da auto-atenuação da radiação pelas amostras foram levados em conta através do método da transmissão direta de raios gama Apresentam-se os resultados para 87 amostras de rocha de 14 formações distintas discutindo-se as variações das atividades segundo os possíveis processos geológicos que as originaram Entre os resultados de maior destaque estão: um afloramento de folhelhos, calcários e rítmicos da Formação Irati; uma seqüência de arenitos e siltitos da Formação Rio do Rasto; e um perfil amostrado em uma mina de carvão na Formação Rio Bonito As contribuições das rochas para as taxas de dose de radiação gama outdoor foram calculadas e estão de acordo com os valores apresentados por outros autores para rochas similares Valores mais altos de dose foram obtidos pelas rochas félsicas (riolito do grupo Castro, 129,8 ± 3,7 nGyh-1, e granito Cunhaporanga, 167 ± 37 nGyh-1) Os dois outros valores mais altos correspondem aos folhelhos da Formação Irati (19 ± 16 nGyh-1) e aos folhelhos sílticos da Formação Ponta Grossa (17,9 ± ,7 nGyh-1) As formações mais recentes, em termos geológicos, apresentaram os menores valores de dose (ex Formação Botucatu, 3,3 ± ,6 nGyh-1) O valor médio encontrado para as rochas sedimentares de outras sete formações analisadas é igual a 59 ± 26 nGyh-1 A Formação Rio Bonito apresentou o maior valor de dose (334 ± 193 nGyh-1) devido principalmente à concentração anômala de 226Ra no ponto amostrado O parâmetro Raeq (radioequivalente) e o índice de concentração de atividade para monitoramento de radioatividade ambiental foram calculados para as rochas que são utilizadas como materiais de construção Somente uma amostra atingiu valores de Raeq mais altos que 37 Bqkg-1 Com respeito ao índice de concentração de atividade, todos os resultados são menores que dois, satisfazendo o critério mais rigoroso de dose (,3 mSva-1) para materiais de construção de uso mais restrito (ex revestimento e telhas) Quando considerado o uso em maiores quantidades (ex brita, tijolos, areia), as amostras do grupo Castro e do granito Cunhaporanga não satisfizeram o critério de dose menos rigoroso (1 mSva-1) Isso indica que o uso como brita de concreto, dado atualmente a essas rochas, merece atenção do ponto de vista de proteção radiológica Esse resultado requer uma análise mais cautelosa com cálculos de dose que levem em conta os cenários específicos onde o material é usado tipicamente

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Palavras-chave

Física nuclear, Rochas, Radioatividade, Espectrometria de raio gama, Nuclear physics, Rocks - Radioactivity, Gamma ray spectrometry, Tibagi, Rio (PR) - River basins

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