CEFE - CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE
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Navegando CEFE - CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE por Assunto "Academic achievement"
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Item Relação entre a atividade física e o comportamento sedentário com o desempenho acadêmico em escolaresBueno, Maria Raquel de Oliveira; Ronque, Enio Ricardo Vaz [Orientador]; Romanzini, Marcelo; Fernandes, Rômulo AraújoResumo: Dados emergentes tem indicado uma possível associação positiva entre a atividade física moderada a vigorosa (AFMV) e o desempenho acadêmico (DA) e uma associação negativa entre o comportamento sedentário (CS) e o DA em jovens No entanto, verifica-se que as informações que a literatura apresenta ainda são inconsistentes Além da AF e do CS, verifica-se que algumas variáveis como escolaridade dos pais, horas de sono, autoconceito, ambiente familiar e escolar também podem influenciar o DA de jovens Contudo, essa área de pesquisa tem sido pouco investigada no Brasil Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi analisar as associações entre AFMV e CS com o DA em uma amostra de escolares de Londrina-PR A amostra foi selecionada aleatoriamente de acordo com a proporcionalidade do número de escolares matriculados nos sextos anos do Ensino Fundamental II, nas cinco regiões da cidade de Londrina-PR (norte, sul, leste, oeste e centro) Após critérios de exclusão, foi obtido um tamanho amostral final de 37 escolares (146 rapazes [11,9±,7anos] e 161 moças [11,8±,6anos]) O DA foi obtido por meio das notas escolares de cinco disciplinas (português, matemática, ciências, história e geografia) Foram coletadas: (I) variáveis antropométricas (massa corporal, estatura e dobras cutâneas subescapular e tricipital) e posteriormente foi calculado o índice de massa corporal (IMC) e a gordura corporal relativa (GC); (II) Autoconceito (Inventário de Piers Harris II); (III) ambiente familiar (questionário); (IV) escolaridade dos pais (questionário); (V) AFMV, CS e padrão de CS (acelerometria); (VI) Tempo de tela (TT) e CS baseado em atividades acadêmicas (CSDA) (questionário); (VII) horas de sono (questionário) e (VIII) Variáveis do ambiente escolar (questionário) As análises foram estratificadas por sexo O nível de significância adotado foi de P<,5 Após controle para as variáveis: escolaridade dos pais, horas de sono, autoconceito, ambiente familiar e escolar, a AFMV foi inversamente associada ao DA (ß: -,16; P<,5) apenas para o sexo feminino O CS total não foi correlacionado com o DA, no entanto, com relação ao padrão do CS (PCS), bouts maiores foram inversamente associado ao DA tanto para o sexo masculino (ß:-,228, P<,5), quanto para o feminino (ß:-,181, P<,5) Conclui-se que a AFMV foi inversamente associada ao DA para o sexo feminino e que o CS total não foi associado ao DA, porém, o PCS foi associado, sendo que bouts maiores foram inversamente associados ao DAItem Relação entre o padrão e o contexto do comportamento sedentário com o desempenho acadêmico em adolescentes : um estudo longitudinalBueno, Maria Raquel de Oliveira; Ronque, Enio Ricardo Vaz [Orientador]; Okano, Alexandre Hideki; Silva, Kelly Samara da; Altimari, Leandro Ricardo; Fernandes, Rômulo AraújoResumo: O objetivo da tese foi analisar as associações entre o padrão e os tipos de comportamento sedentário (CS) com o desempenho acadêmico (DA) durante a adolescência, com controle de variáveis fisiológicas (fator neurotrófico derivado do cérebro [BDNF]), cognitivas (função executiva [FE]) e de saúde mental (sintomas de depressão e ansiedade) O presente estudo se refere à segunda fase (follow-up) de um estudo longitudinal de base escolar, para o qual foram elegíveis os indivíduos que possuíssem dados completos na primeira fase (baseline), totalizando uma amostra de 394 escolares Em ambas as fases foram coletadas informações sociodemográficas (escolaridade da mãe e idade), CS (acelerometria e questionário), atividade física (acelerometria), horas de sono (questionário) e DA (DA global; DA em português [DA PORT]; DA em matemática [DA MAT]) No follow-up foram coletadas as variáveis de FE (controle inibitório [Teste de Stroop] e memória de trabalho [Teste de blocos de Corsi]), BDNF (coleta sanguínea) e sintomas de ansiedade e depressão (questionário) Análises de regressão linear múltipla, com os devidos ajustes, foram realizadas no programa STATA 151, adotando-se P<5 Participaram do estudo 15 adolescentes, com média de idade de 145 (7) anos Maior tempo em bouts prolongados em CS (=3min), no início da adolescência, foram associados com menor DA (DA global: ß= -3; P=1; DA MAT: ß= -3; P=12) três anos depois, independentemente da FE e do BDNF, apenas para as moças Para os rapazes, maior tempo em bouts sedentários prolongados (15 a 29 min) no baseline, foram associados com maior DA (DA PORT ß=5; P=41), independente da FE e do BDNF Com relação aos tipos de CS, para as moças, o tempo de vídeo, redes sociais e CS educativo (estudo, leitura e tarefa) no baseline foram associados com maior DA global no follow-up, independentemente dos sintomas de ansiedade (VÍDEOS: ß=8; P=37; REDES SOCIAIS: ß=14; P=38; CS EDUCATIVO: ß=11; P=5) e dos sintomas depressivos (VÍDEOS: ß=7; P=36; REDES SOCIAIS: ß=15; P=16; CS EDUCATIVO: ß=1; P=4) Ainda para as moças, os sintomas de depressão e ansiedade foram negativamente associados com os indicadores de DA (ß=-2; P<5) Conclui-se que, para as moças, um padrão de CS menos fragmentado no início da adolescência, e maiores sintomas de depressão e ansiedade estão associados com menor DA Por outro lado, alguns tipos de CS (tempo assistindo vídeos, rede social, leitura, estudo e tarefa) no início da adolescência foram associados com melhor DA, o que demonstra que, especificamente para as moças, os tipos de CS podem influenciar o DA, mais do que variáveis cognitivas (FE) e fisiológicas (BDNF) Para os rapazes, os tipos de CS e a saúde mental não foram associados ao DA, enquanto que um padrão sedentário menos fragmentado foi associado com maior DA Dessa forma, diferentes padrões e tipos de CS se associam ao DA de maneiras distintas entre os sexos, o que deve ser considerado em estudos de intervenção que visem diminuir o CS e melhorar o DA durante a adolescência