Navegando por Autor "Tanita, Marcos Toshiyuki"
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Item Fatores de risco para a síndrome do desconforto respiratório agudo no paciente grande queimadoTanita, Marcos Toshiyuki; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]; Carrilho, Alexandre José Faria; Delfino, Vinicius Daher Alvares; Ferreira Filho, Olavo Franco; Marson, Antônio CesarResumo: Introdução: A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) é uma complicação respiratória frequente em pacientes queimados críticos e o seu desenvolvimento envolve a interação de diversos fatores de risco, modificadores e intervenções clínicas Idade e lesão inalatória são fatores importantes no paciente queimado, entretanto, o impacto de intervenções como a ventilação mecânica, balanço hídrico (BH) e transfusão de hemácias ainda permanece obscuro Objetivo: O propósito deste estudo foi determinar a incidência de SDRA moderada e grave e seus fatores de risco entre variáveis demográficas relacionadas à queimadura e intervenções clínicas em pacientes queimados ventilados mecanicamente, além do seu impacto sobre a mortalidade em 28 dias Método: Estudo longitudinal prospectivo realizado num período de 3 meses, entre julho de 215 e dezembro de 217 Foram incluídos pacientes maiores que 18 anos, com lesão térmica acima de 2% ou lesão inalatória, sob ventilação mecânica Os desfechos de interesse foram: diagnóstico de SDRA até sete dias após a admissão e óbito em 28 dias Dados a respeito das características dos pacientes, injúria renal aguda, transfusões de hemácias, variáveis ventilatórias e balanço hídrico foram coletados O modelo de riscos proporcionais de regressão de Cox foi utilizado para obter-se a razão de risco de cada variável independente Resultados: Sessenta e um pacientes foram analisados Trinta e sete (6,66%) deles evoluíram com SDRA Os grupos de pacientes com ou sem SDRA não apresentaram diferenças quanto à idade, sexo, superfície corporal queimada e escores prognósticos Os fatores independentemente relacionados à ocorrência de SDRA foram idade (Hazard ratio [HR] = 1,4; intervalo de confiança [IC] de 95% 1,2-1,6; p<,1), lesão inalatória (HR = 2,5; IC 95% 1,25-5,2; p=,1) e complacência estática (HR = ,97; IC 95% ,94-,99; p=,3) Volume corrente, driving pressure, injúria renal aguda e BH entre os dias 1 e 7 foram semelhantes nos dois grupos BHs acumulados de 48, 72, 96 e 168 horas também foram semelhantes A mortalidade em 28 dias foi de 4,98% (25 pacientes) SDRA (HR = 3,63; IC 95% 1,36-9,68; p=,1) e superfície corporal queimada (HR = 1,3; IC 95% 1,2-1,5; p<,1) estiveram relacionadas ao óbito em 28 dias Conclusão: A SDRA foi uma complicação frequente e um fator de risco para o óbito no paciente grande queimado sob ventilação mecânica Idade e lesão inalatória contribuíram para o desenvolvimento da SDRA Volume corrente, driving pressure, transfusão de hemácias, injúria renal aguda e BH não foram preditores de SDRAItem O paradoxo da obesidade em pacientes grandes queimados(2021-03-30) Walger, Aline Cristina Vieira; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Carrilho, Alexandre José Faria; Tanita, Marcos ToshiyukiIntrodução: A obesidade é um problema de saúde pública em todo mundo, principalmente em países desenvolvidos como os Estados Unidos. Vários estudos já descreveram o impacto negativo da obesidade na população geral quando avaliado a associação com doenças cardiovasculares, câncer e expectativa de vida. Porém estudos recentes demonstraram que pacientes com sobrepeso e obesidade podem apresentar mortalidade inferior aos pacientes com peso normal e baixo peso em algumas situações específicas e frequentes no ambiente de terapia intensiva com sepse e SARA. Essa associação ficou conhecida como “paradoxo da obesidade” nos pacientes criticamente doentes. Objetivo: Avaliar a associação entre o índice de massa corpórea (IMC) e a mortalidade, tempo de internação na unidade de terapia intensiva (UTI) e o tempo de internação hospitalar em pacientes grandes queimados. Metodologia: Estudo de coorte retrospectivo realizado no período de janeiro de 2017 a janeiro de 2020 através da coleta da dados da admissão até a alta de pacientes internados na unidade de terapia intensiva de queimados do Hospital Universitário de Londrina. Os dados gerais coletados para todas as admissões no centro de tratamento de queimados são idade, gênero, peso, altura, data de internação no hospital e na UTI, diagnóstico de admissão na UTI, data da alta da UTI e do hospital, desfecho à saída da UTI e do hospital. Foram anotados dados sobre a lesão por queimadura, tais como extensão da superfície corpórea queimada, profundidade da queimadura, presença de lesão inalatória, além do agente etiológico da queimadura e tipo de acidente que levou a lesão. Os pacientes foram divididos em grupos para efeito de comparação de variáveis relevantes, de acordo com o IMC em desnutridos, eutróficos, sobrepeso, obesos. Resultados: No período do estudo foram avaliados 299 pacientes, destes 8 foram excluídos por falta de dados antropométricos. Avaliado o IMC de um total de 291 pacientes. Apenas 3 pacientes desta amostra apresentavam IMC < 18,5kg/m2 portanto esse grupo foi excluído da análise devido tamanho insuficiente da amostra. Dos 288 pacientes restantes 152 (52,8%) foram classificados como eutróficos, 97 (33,7%) tinham sobrepeso, 39 (13,5%) eram obesos. Não houve diferença entre o tempo de permanência hospitalar e mortalidade entre os grupos. Na análise do tempo de permanência na UTI houve diferença entre os grupos: a mediana do tempo de permanência na UTI foi de 11 dias para todos os pacientes, de 9 dias para os pacientes eutróficos, 13 dias para os pacientes com sobrepeso e de 16 dias para os pacientes obesos (p0,004). Na análise multivariada a obesidade não teve impacto sobre a mortalidade (hazard ratio - HR 0,648, intervalo de confiança - IC 95% 0,350-1,201; p: 0,168). A idade (HR 1,026, IC 95% 1014-1,038; p<0,001), a superfície corpórea queimada (HR 1,047, IC 95% 1,036-1,058; p<0,001) e a presença de queimadura inalatória (HR 1,658, IC 95% 1,061-2,590; p0,026) foram as variáveis associadas com a mortalidade. Conclusões: O paradoxo da obesidade não foi observado em pacientes queimados internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário de Londrina. Pacientes eutróficos tiveram um tempo de internação na UTI inferior quando comparados aos pacientes com sobrepeso ou obesosItem Uso de polimixina parenteral para o tratamento de infecções graves causadas por bactérias gram-negativas multirresistentesTanita, Marcos Toshiyuki; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]; Carrilho, Alexandre José Faria; Guimarães, ThaisResumo: O emprego da colistina tem sido cada vez mais frequente para o tratamento de infecções nosocomiais causados por microrganismos multirresistentes, especialmente na Unidade de Terapia Intensiva Em 1949, ano da sua descoberta, os procedimentos atuais para o desenvolvimento de drogas eram desnecessários mas os efeitos adversos relacionados à colistina já eram conhecidos Alguns aspectos da sua farmacocinética foram esclarecidos há apenas alguns poucos anos O regime de dose ótima ainda não foi estabelecido Os objetivos deste trabalho são: descrever as características clínicas e epidemiológicas dos pacientes que fizeram uso de colistina no período de estudo; descrever os sítios de infecção e microrganismos mais comuns que necessitaram tratamento com CST; analisar os fatores de risco para disfunção renal e para morte Um estudo longitudinal no período de janeiro a dezembro de 28, na UTI do Hospital Universitário de Londrina, foi realizado Variáveis demográficas, clínicas e culturas de 19 pacientes que fizeram uso de colistina foram analisadas Um modelo de regressão logística foi empregado para avaliar a associação entre as variáveis e os desfechos disfunção renal e morte A análise de probabilidade de sobrevida foi avaliada utilizando-se a curva de Kaplan-Meier e a curva ROC (Receiver operating characteristIcs) para analisar a acurácia e comparar o desempenho dos escores APACHE II e SOFA para discriminar pacientes sobreviventes e não sobreviventes Cento e nove (13,81% de 789 pacientes admitidos na UTI no período de estudo) pacientes fizeram uso de colistina para o tratamento de foco infeccioso Pneumonia (69,72%) e infecção da corrente sanguínea (13,76%) foram as infecções mais frequentes Acinetobacter baumannii (5,98%) e Pseudomonas aeruginosa (22,55%) foram os microrganismos mais frequentes nas culturas A mediana do escore APACHE II foi de 25 (2-32), do escore SOFA de na data de admissão na UTI de 9 (6-12) e na data de início do tratamento de 8 (6-11) Vinte e quatro (3%) pacientes apresentaram disfunção renal após a instituição de colistina e 78 (71,58%) evoluíram à óbito em 3 dias Os fatores associados à disfunção renal foram uso de vancomicina (OR 3,1; IC95% 1,1-8,69) e droga vasopressora (OR 4,22; IC95% 1,23-14,43) Idade (OR 1,3; IC95% 1,-1,5) e droga vasopressora (OR 12,48; IC95% 4,49-34,7) foram os fatores associados à morte após a regressão logística A variável com melhor desemprenho na curva ROC foi o escore SOFA na data do início do tratamento, com área sob a curva de ,724, cut off de 9, sensibilidade de 47,44 e especificidade de 9,33 A necessidade de uso de CST foi frequente na amostra, estes pacientes apresentaram elevado escore APACHE II e SOFA, indicando a sua gravidade O choque foi o fator associado à disfunção renal e a morte