Navegando por Autor "Remondi, Felipe Assan"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Monitoramento e articulação da Rede Mãe Paranaense na 17ª Regional de Saúde do ParanáDelanheze, Jessika Adriana Bornia; Mendonça, Fernanda de Freitas [Orientador]; Carvalho, Brígida Gimenez; Remondi, Felipe AssanResumo: No intuito de melhorar o atendimento às gestantes e crianças e consequentemente reduzir a mortalidade materna e infantil o Ministério da Saúde criou a Rede Cegonha no ano de 211 em âmbito nacional No Paraná foi elaborado um programa semelhante que recebeu a denominação de Rede Mãe ParanaenseEssa política pública preconiza a estratificação de risco em cada consulta de pré-natal e encaminhamento das gestantes de risco ao Centro Mãe Paranaense para atendimento ambulatorial por equipe multidisciplinar Também estabelece que o parto seja vinculado ao hospital mais adequado de acordo com o risco gestacional Apesar das potencialidades desse programa, ocorreu pouco impacto na mortalidade materna e infantil na 17ª Regional de Saúde do ParanáConsiderando que a articulação entre os pontos de atenção é fundamental para o adequado funcionamento da rede e que o monitoramento desta possibilita a identificação de problemas em seu funcionamento realizou-se um estudo com o objetivo de compreender como ocorre o monitoramento e a articulação entre os diferentes pontos de atenção às gestantes na Rede Materno-Infantil da 17ª Regional de Saúde do Estado do Paraná Trata-se de um estudo de natureza qualitativa em que foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 2 profissionais de saúde que prestam atendimento às gestantesou que atuam como gestores na 17ª Regional de Saúde do Paraná As entrevistas foram feitas entre janeiro e abril de 219 e posteriormente foram analisadas utilizando-se da técnica de análise de conteúdo de Bardin Emergiram três categorias de análise: Monitoramento da Rede Mãe Paranaense; Fragilidades da Rede Mãe Paranaense; Iniciativas para Melhoria da Rede Mãe Paranaense O monitoramento da rede tem sido aprimorado com a criação de novos sistemas de informação e com o monitoramento do “near miss” materno Contudo, ainda falta estabelecer um monitoramento formal em relação ao Serviço de Atendimento Móvelde Urgência (SAMU) O insuficiente número de médicos ginecologistas na rede básica de saúde, sobretudo no município de Londrina, o déficit de vagas de maternidade de alto risco, de UTI neonatal e de consultas nos ambulatórios de alto risco foram apontados pelos profissionais como fragilidades da rede Para tentar driblar essa falta de vagas nos hospitais de alto risco o SAMU tem encaminhado gestantes de alto risco para avaliação em hospitais de risco intermediário num procedimento arriscado conhecido pelos profissionais da região como “pit stop” Outra dificuldade identificada foi comunicação incipiente entre os pontos de atenção evidenciada pela falta de preenchimento dos impressos de contrarreferência e do cartão de gestante Para superar esses problemas alguns profissionais têm desenvolvido estratégias informais de articulação da rede Devido à escassez de ginecologistas na rede pública de Londrina, a secretaria de saúde desse município tem utilizado o matriciamento em ginecologia e obstetrícia para capacitar os médicos da Estratégia Saúde da Família e ao mesmo tempo promover o trabalho multidisciplinar Além disso, o grupo condutor da Rede Materno Infantil da região tem mobilizado esforços no sentido de unificar os protocolos de atendimento, redefinir os critérios de encaminhamento aos ambulatórios de risco e aos hospitais de risco No entanto, ainda destaca-se a necessidade de um número maior de profissionais da ginecologia na rede básica e da ampliação do número de vagas de maternidade de alto risco e de UTI neonatalItem Não adesão ao tratamento medicamentoso contínuo e fatores associados : estudo de base populacionalRemondi, Felipe Assan; Cabrera, Marcos Aparecido Sarria [Orientador]; Souza, Regia Kazue Tanno de; Mengue, Sotero SerrateResumo: Este trabalho investiga os fatores associados a não adesão à terapia medicamentosa contínua, entre eles a complexidade da farmacoterapia, em indivíduos de 4 anos e mais de idade Foi realizado um inquérito transversal de base populacional em Cambé/PR A adesão à terapia foi avaliada pela escala de 4 itens de Morisky, Green e Levine e a complexidade pelo Índice de Complexidade da Farmacoterapia Analisaram-se também variáveis sociodemográficas, de condições de saúde, de utilização dos serviços de saúde e do uso de medicamentos Após análise bruta, foram construídos modelos multivariados de regressão linear generalizada de Poisson com estimação robusta da variância para descrever a associação entre as variáveis e a não adesão Foram entrevistados 118 indivíduos, dos quais 78% utilizaram medicamentos nos 15 dias anteriores a entrevista e em 55% registrou-se o uso contínuo Foram analisados 639 indivíduos, com predominância do sexo feminino, idade entre 4 e 59 anos, baixa escolaridade A cobertura da Estratégia de Saúde da Família foi de 57,6% e 14,5% dos entrevistados relataram ter tido descontinuidade no acesso aos medicamentos A resposta mais frequente dentre as perguntas realizadas para mensurar a não adesão foi a referente aos esquecimentos (45,9%) A prevalência de não adesão foi de 63,5% A complexidade terapêutica teve valor médio de 8,1 pontos, e adotou-se o percentil 8 para definição dos casos de maior complexidade Após análise ajustada, permaneceram associados a não adesão (p<,5): não ser acompanhado pelo agente comunitário de saúde, ter tido descontinuidade no acesso aos medicamentos e a elevada frequência de utilização dos medicamentos ao longo do dia Os resultados indicam uma alta prevalência da não adesão com possíveis impactos negativos para os indivíduos e para a sociedade A partir destes dados, se fazem necessárias estratégias que visem potencializar o trabalho das equipes de saúde da família, a garantia do acesso gratuito e contínuo aos medicamentos e a simplificação do número de doses diárias para minimização deste problema de saúde públicaItem Tratamento de dislipidemias em usuários de alto risco pelo SUS : não adesão e efetividade em coorte populacional de pacientesRemondi, Felipe Assan; Cabrera, Marcos Aparecido Sarria [Orientador]; Virtuoso, Suzane; Cruciol, Joice Mara; Girotto, Edmarlon; Guidoni, Camilo MolinoResumo: O objetivo do trabalho foi analisar a não adesão e a efetividade da terapêutica com hipolipemiantes fornecidos pelo Sistema Único de Saúde para usuários de alto risco do estado do Paraná, entre 28 e 213 Para tanto, foi realizada uma coorte retrospectiva com o universo de pacientes assistidos no período de 28 a 212, acompanhados até 213 para avaliação da adesão e do controle laboratorial As informações foram obtidas no sistema eletrônico da Secretaria de Estado para o gerenciamento do fornecimento destes medicamentos O cálculo da não adesão foi realizado a partir da combinação da taxa de posse, proporção de dias cobertos e média de dias entre as dispensações, sendo caracterizados como não aderentes os indivíduos que tiveram resultados insatisfatórios em ao menos duas das três medidas realizadas O controle laboratorial foi avaliado pelos resultados categorizados da lipoproteína de baixa densidade (LDL), liproproteína de alta densidade (HDL) colesterol total (CT) e triglicerídeos (TG) As análises de associação foram realizadas por meio da comparação de médias, correlação e regressão multivariada com distribuição de Poisson ou de Cox Foram analisados 6751 usuários, sendo que a caracterização da não adesão restringiu-se a 5697 que tiveram quatro ou mais dispensações no período e, paralelamente, a de controle laboratorial para 5596 usuários que possuíam informações deste desfecho passível de avaliação A população de análise foi composta principalmente por mulheres, indivíduos entre 5 e 59 anos de idade e com predominância de uso da atorvastatina Observou-se que as regionais de saúde com maior porte populacional apresentaram maior número de usuários vinculados ao programa e, ao mesmo tempo, maior taxa de descontinuidade A não adesão foi registrada em 37,% dos usuários, com maior risco no caso do sexo feminino, idade entre 4 e 7 anos residência em regionais de saúde de 3 a 5 mil habitantes A taxa de desistência na obtenção dos medicamentos em até um ano foi de 29,3%, sendo a persistência inicial (até três dispensações) preponderante (15,6%) em comparação a persistência tardia (até 12 meses; 13,7%) O controle laboratorial inadequado, por sua vez, foi de LDL (>1mg/dL): 45,9%; HDL (<4mg/dL para homens ou <5mg/dL para mulheres): 31,1%; CT (>19mg/dL): 28,%; e TG (>15mg/dL): 32,3% Tanto na comparação de médias entre aderentes e não aderentes, quanto na análise multivariada com o controle por fatores de confusão (sexo, idade, medicamento, dose, densidade populacional do local de residência), a não adesão esteve associada a piores taxas de controle para LDL (HR=2,34; IC95% 2,14-2,54), HDL (HR=3,28; IC95% 2,97-3,63), CT (HR=2,99, IC95% 2,69-3,32) e TG (HR=2,34; IC95% 2,13-2,59) As diferenças nos padrões de obtenção, elevada taxa de desistência em um ano, não adesão superior a um terço dos usuários e sua correlação com a falta de controle laboratorial apontam para a necessidade de reconhecer a problemática no sistema de saúde brasileiro e adoção de medidas de aprimoramento das políticas instituídas visando melhor controle das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil