Navegando por Autor "Martins, Denis Pereira"
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Item A boca e o inferno : uma análise da produção literária de Ana MirandaMartins, Denis Pereira; Joanilho, André Luiz [Orientador]; Joanilho, Mariângela Peccioli Galli; Brito, Luciana; Vieira, Miguel Heitor Braga; Carreri, Márcio LuizResumo: Ana Maria Nóbrega Miranda teve seu lançamento no mundo literário com um livro de poesias intitulado Anjos e demônios (1978), entretanto, passou a ter visibilidade literária como romancista no final da década de 8, com o lançamento de Boca do Inferno Trata-se de uma biografia romanceada do poeta Gregório de Matos, traduzida para mais de vinte idiomas A obratornou-se um clássico respeitado no campo da literatura Subsidiada por leituras e mais leituras de textos do Padre Antônio Vieira e Gregório de Matos, a obra possui como cenário Salvador, no final do século XVII Atenta à riqueza da linguagem empregada, utiliza-se de palavras vulgares para fazer jus a Gregório de Matos, apelidado como Boca do Inferno Neste romance, de maneira crítica, Miranda visa mostrar uma terra marcada pela libertinagem, corrupção e luta pelo poder, retoma uma época em que o país se resumia em governantes corruptos e povo sem voz, sem autonomia Dentro de sua proposta de literatura, o autor torna-se um historiador, um pesquisador Utilizando-se do novo Romance Histórico, produz narrativas que focalizam acontecimentos integrantes da história oficial e, por vezes, definidores da própria constituição física das fronteiras brasileiras e também aquelas que promovem a revisão do percurso desenvolvido pela história literária nacional Esse fazer literário, muito bem recebido pelo mercado editorial brasileiro, faz de Ana Miranda uma autora com um estilo único e recorrente As vozes são múltiplas: onde acaba Vieira e começa Ana Miranda, onde é Gregório de Matos, ou o que restou dele em nossa memória? Essa tese visa analisar tais vozes romanceadas por meio do intertexto e do interdiscurso Será feita a comparação do texto de Boca do Inferno e outros textos que podem ter sido influência na construção do romanceItem Figurações da morte em "A menina morta" de Cornélio PennaMartins, Denis Pereira; Corrêa, Alamir Aquino [Orientador]; Silva, Marta Dantas da; Alves, Lourdes KaminskiResumo: Uma casa de fazenda, opulenta, sóbria e sombria, às margens do Rio Paraíba Vésperas da abolição da escravatura Tempo de febre amarela devastadora Uma menina, carregada de equilíbrio e de paz familiar, morre Mas sua presença permanece, mobilizadora, na complexidade de conflitos: a mãe, presença escondida; o pai, senhor todo-poderoso e distante Irmãos ausentes Oito mulheres, seus desencantos e neuroses A irmã que chega, esperança de reequilíbrio, personalidade complexa e solitária, amplia os espaços conflitivos e culmina por conviver com o declínio da família e da propriedade Essa Dissertação busca interpretar o romance A Menina Morta de Cornélio Penna sobre o viés da morte A morte é uma espécie de artifício literário e, nesse sentido, deve ser estudada como procedimento estético O texto é iniciado com a preparação dos acessórios fundamentais para o enterro da menina, o rito funerário, que começa com a agonia, coincidindo com a fase inicial do luto dos vivos Os primeiros capítulos dessa narrativa fúnebre trazem descrições das frustrações das personagens, desencadeadas pela morte da menina Contudo, a dor e o sentimento de perda lhes são interditados, são fraquezas e, por essa razão, não são permitidas É o luto reprimido, seguido das mudanças dos papéis na família patriarcal, da tristeza, da melancolia, da degradação Aqui, o espaço é de extrema importância para a construção da fábula, a fazenda do Grotão é vista como articulação dos sentimentos dos que ali vivem A chegada da menina mais velha – Carlota – faz com que as outras personagens possam se abrir “às desgraças das outras” Ela passa a ser outra mulher, e o novo poder, que com ela inicia, é marcado pelo medo e pela sensação de ameaça que todos sentem