Navegando por Autor "Lopes, Gilselena Kerbauy [Orientador]"
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Item Colonização hospitalar por microrganismos multirresistentes e descolonização após a alta de bebês e suas mãesSakai, Andressa Midori; Lopes, Gilselena Kerbauy [Orientador]; Rossetto, Edilaine Giovanini; Ogatta, Sueli Fumie YamadaResumo: A resistência aos antimicrobianos é um desafio para os profissionais de saúde em consequência da limitação na eficácia da terapia antimicrobiana A colonização por microrganismos multirresistentes é considerada um fator de risco para infecção neonatal O objetivo do estudo foi explorar o processo de colonização por microrganismos multirresistentes de bebês hospitalizados com suas mães, e determinar o período para descolonização espontânea por estes microrganismos após a alta Trata-se de estudo exploratório, prospectivo, realizado com bebês colonizados por microrganismos multirresistentes e suas respectivas mães durante hospitalização em Unidade Neonatal de um hospital universitário, e acompanhados após a alta no contexto extra-hospitalar até a descolonização, no período de janeiro de 214 a setembro de 218 Os resultados foram apresentados em dois artigos, sendo a amostra do artigo 1 composta por 433 binômios elegíveis para a pesquisa que se propôs a explorar o processo de colonização de bebês e suas mães No segundo artigo, a coorte foi composta por 52 bebês seguidos prospectivamente até a descolonização Os resultados mostraram que, quanto ao processo de colonização do bebê e suas mães, a incidência de colonização foi de 28,4% e 15,5%, respectivamente Entre os binômios estudados, 3 (6,9%) estavam ambos colonizados por microrganismos multirresistentes Mães de bebês colonizados (24,4%) apresentaram maior chance para colonização quando comparadas às mães de bebês não colonizados (11,9%) (OR=2,38 / IC=1,39 – 4,7 / p=,2) As variáveis perinatais relacionadas a colonização bebê e do binômio foram: prematuridade, extremo baixo peso ao nascer e aleitamento materno não exclusivo (p<,5) O uso de 3 ou mais classes de antimicrobiano foi a única variável que se relacionou com a colonização tanto do bebê como de sua mãe e do binômio Os microrganismos Gram-negativos produtores de ß-Lactamase de espectro estendido (ESBL) foram mais frequentes nas culturas de alta do binômio, sendo que 35,9% dos bebês foram colonizados com Klebsiella spp ESBL e 42,% das mães com Escherichia coli ESBL, ainda 5,% do binômio foi colonizado com E coli ESBL Quanto ao estudo do período de descolonização, os bebês seguidos no contexto extra-hospitalar eram a maioria prematuros (84,6%) e com baixo peso ao nascer (76,9%), permaneceram internados por mediana de 27 dias (8±124) As variáveis perinatais e clínicas dos bebês não estiveram relacionados ao período de descolonização maior ou menor que 3 meses O período médio de descolonização foi de 3,4 meses, variando de 1 a 9 meses E coli ESBL foi o microrganismo que apresentou a maior média no intervalo de tempo para descolonização (5,2 meses), seguido por Serratia marcescens ESBL (4 meses) e Klebsiella spp ESBL (3 meses) Os dados desta pesquisa evidenciaram que as mães de bebês colonizados apresentam maior chance para colonização por microrganismos multirresistentes e que as variáveis perinatais e clínicas do bebê estão relacionados com a colonização por microrganismos multirresistentes Quanto ao período de descolonização dos bebês no ambiente extra-hospitalar variou conforme a espécie do microrganismo multirresistentes, com média de 3,4 mesesItem Impacto da implantação de protocolo gerenciado nos indicadores de qualidade do atendimento aos pacientes sépticos em setor de urgência e emergênciaBorguezam, Camila Brito; Lopes, Gilselena Kerbauy [Orientador]; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Pieri, Flávia MeneguettiResumo: Introdução: A sepse é considerada uma das principais causas de morte, atingindo aproximadamente 3 milhões de pessoas no mundo Diante de sua gravidade, a Surviving Sepsis Campaign recomenda que medidas terapêuticas sejam implementadas com o objetivo de reduzir a mortalidade por sepse Objetivo: Avaliar o impacto da implantação de protocolo assistencial gerenciado nos indicadores de qualidade do atendimento aos pacientes sépticos em setor de urgência e emergência de um hospital universitário Método: Estudo quase-experimental do tipo antes e depois, relacionado à implantação de protocolo assistencial gerenciado de tratamento da sepse no setor de urgência e emergência de um hospital universitário O processo de implantação do protocolo se dividiu em 2 fases A primeira fase, denominada pré-intervenção aconteceu 6 meses antes da implantação do protocolo e constitui-se da coleta de dados basais dos pacientes sépticos A segunda fase, denominada intervenção, consistiu-se da implantação do protocolo gerenciado de sepse que contou com capacitações programadas, disponibilização de checklist com os passos para reconhecimentos e tratamento da sepse e equipe de enfermeiros capacitados e identificados como Gerentes da Sepse, alocados no setor por 4 horas diárias A amostra foi incluída no estudo a partir da admissão ou diagnóstico de sepse e acompanhada até o desfecho clínico (alta ou óbito), no período de dezembro de 213 a março de 218 Os dados foram coletados prospectivamente dos arquivos médicos valendo-se de formulário de auditoria do atendimento ao paciente séptico A análise estatística foi realizada pelo programa EpiInfoTM, versão 7226 (Centers for Disease Control and Prevention, Atlanta, USA) Resultados: A amostra do estudo foi composta por 631 pacientes sépticos, sendo 95 procedentes da fase de pré-intervenção e 536 da fase após implantação do protocolo gerenciado de sepse A implantação do protocolo aumentou em 14 vezes as chances do paciente receber em 1 hora o pacote de medidas que engloba todas as condutas recomendadas pela Surviving Sepsis Campaign Houve redução de 6 dias na mediana do período de hospitalização dos pacientes atendidos depois da implantação do protocolo (p<,1) Ocorreu redução na mortalidade dos pacientes atendidos no período de pós-intervenção, com o uso do checklist (p<,1), assim como entre os atendidos na presença do gerente do protocolo Conclusão: O estudo evidenciou que a implantação de protocolos gerenciados de sepse, com o uso de checklist pelos profissionais de saúde e o apoio dos enfermeiros gerentes de protocolo impactaram na melhoria dos indicadores de qualidade, conforme recomendação da SSC, aumentou a possibilidade do paciente receber o tratamento preconizado, tendo impacto na melhoria dos indicadores de qualidade, assim como redução no tempo de hospitalização e na mortalidade