01 - Doutorado - Ciência da Informação
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Navegando 01 - Doutorado - Ciência da Informação por Autor "Albuquerque, Ana Cristina de"
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Item A organização e representação do conhecimento em uma perspectiva decolonial: análise dos conceitos do relatório Figueiredo a partir da classificação facetada(2023-11-17) Zammataro, Ana Flávia Dias; Albuquerque, Ana Cristina de; Cervantes, Brígida Maria Nogueira; Furlanete, Fábio Parra; Barité, Mario; Gracioso, Luciana de Souza; Crippa, GiuliaIntrodução: Esta tese tem como objeto de estudo o Relatório Figueiredo, documento que resulta de uma Comissão de Inquérito instaurada em 1967 a respeito da conivência do extinto Serviço de Proteção ao Índio com a violência cometida contra os povos indígenas do Brasil. São coletados termos do Relatório, por meio de processo de inferência e por software de mineração de dados, submetendo-os a uma categorização por meio do uso de facetas, oriunda da Teoria da Classificação Facetada elaborada por Shiyali Ramamrita Ranganathan. Objetivo: Analisar os conceitos do Relatório Figueiredo sob uma perspectiva epistemológica decolonial aplicada à Organização e Representação do Conhecimento a fim de elaborar sistemas de organização do conhecimento com características decoloniais. Metodologia: Pesquisa de caráter documental e bibliográfica, de enfoque qualitativo, com o uso da abordagem metodológica da Análise de Domínio, por meio das abordagens dos estudos históricos, epistemológicos e das classificações especiais. A metodologia empregada contribui para responder ao seguinte problema de pesquisa: De que maneira o fundamento epistemológico decolonial contribui para embasar discussões contra-hegemônicas na Organização e Representação do Conhecimento e, a partir disso, elaborar sistemas de organização do conhecimento que tenham características decoloniais? Resultados: A categorização dos conceitos no sistema facetado de Ranganathan e as múltiplas possibilidades de combinações entre suas facetas e subfacetas, em conjunto com uma ferramenta de mineração de dados do documento em estudo na tese, fomentaram a elaboração de uma proposta de modelagem conceitual, cujas entidades, atributos e relações, quando estruturados e representados com base na epistemologia da decolonialidade de Anibal Quijano, podem ter características decoloniais e contra-hegemônicas, demonstrando assim a viabilidade de elaborar sistemas de organização do conhecimento alinhados às necessidades de suas respectivas unidades de informação e, ao mesmo tempo, que contribua com a desconstrução da colonialidade do poder, dialogando com problemáticas históricas que se refletem em questões da realidade social e representando a diversidade étnica e cultural brasileira. Conclusão: As discussões colocadas expressam que, embora seja possível, a literatura da Organização e Representação do Conhecimento a respeito das bases decoloniais ou pós-coloniais está, ainda, em fase de desenvolvimento, necessitando, portanto, solidificar seus alicerces para a construção de uma área que opere pela inclusão e pela contra-hegemonia. Assim, torna-se possível a constituição de processos e sistemas de organização do conhecimento que possam adquirir características decoloniais e contra-hegemônicas.Item A presença invisível : a “Classificação Primária” de álbuns fotográficos e as perspectivas do colecionismo para a organização e representação do conhecimento(2024-04-11) Santos, Cristina Ribeiro dos; Albuquerque, Ana Cristina de; Oliveira, Izângela Maria Sansoni Tonello de; Lunardelli, Rosane Suely Álvares; Gracioso, Luciana de Souza; Moraes, Marcos Antonio deEsta pesquisa realizou a Análise Conceitual em álbuns fotográficos a partir da perspectiva do colecionador. Tal intenção evoca questões vinculadas à análise de conceitos, classificação primária, Análise de Conteúdo e o Colecionismo, bem como as relações destes, enquanto parte integrante de um domínio de conhecimento. A questão norteadora se instala da seguinte forma: como se dá a Análise Conceitual a partir do colecionador, em documentos específicos como os álbuns fotográficos? Neste contexto, a análise observa os álbuns fotográficos, por meio da classificação primária executada pelo colecionador, como um processo complexo de construção de sentido que atua por meio do colecionismo, dos conceitos, ou mesmo nos modelos e esquemas mentais, que se inserem na classificação primária visando a organização do conhecimento. Destarte, justifica-se o desenvolvimento desta pesquisa visando contribuir com a organização do conhecimento, oriundo dos álbuns fotográficos, que pressupõe reflexões direcionadas ao contexto de produção, ao sentido, às suas peculiaridades e classificações, bem como o uso dos conceitos pelo colecionador. E é neste preâmbulo que envolve o colecionador e seu contexto sociocultural (domínio), que se discute na pesquisa que a “classificação primária” e os seus conceitos, possuem uma riqueza informacional que pode situar e enriquecer os processos de Organização e Representação da Informação e do Conhecimento, que a partir da sua compreensão pode auxiliar os processos de análise e síntese por parte do profissional da informação, buscando assim, o entendimento e as apropriações dos conceitos utilizados, e os seus vínculos, ou seja: seu contexto sociocultural e político. Em relação aos procedimentos metodológicos, esta pesquisa possui natureza básica, abordagem qualitativa, é tipologicamente exploratória e descritiva com delineamento bibliográfico e documental e recorreu ao método Análise de Conteúdo, especificamente a técnica de análise categorial. As categorias definidas a priori com base em Fujita (2003), e a caracterização do documento se direcionaram ao “Álbum de Canudos” de “Flávio de Barros”. Como resultado, evidencia-se que os álbuns fotográficos, possuem marcas do seu contexto sociocultural que percebe o “outro” o sertanejo morador do Arraial de Canudos como “Jagunço”. Nesse contexto, conclui-se que a compreensão e recuperação da classificação primária que o produtor desenvolveu, seu sentido originário, seus conceitos se fazem necessário, para a compreensão deste material. Essas definições não são fornecidas de pronto entendimento ao seu leitor. Nesse sentido, a percepção da classificação como um objeto de fronteira, como discutido por Olson (1999), é essencial para promover um diálogo eficaz com a Organização e Representação do Conhecimento. A percepção do colecionismo e a classificação primária requer uma compreensão sensível dessas nuances, a fim de preservar e promover a riqueza do diálogo que ocorre nessa fronteira entre diferentes mundos sociais e evitar, como no caso “Arraial de Canudos”, novos silenciamentos.Item Comportamento informacional e subjetividade : uma análise a partir da prática docente na educação a distância(2023-08-31) Cruz, Dalila Gimenes da; Cavalcante, Luciane de Fátima Beckman; Guerchmann, Ana Céli Pavão; Mata, Marta Leandro da; Berti, Ilemar Christina Lansoni Wey; Santos, Raimunda Fernanda dos; Albuquerque, Ana Cristina deAs concepções trazidas pela abordagem cognitiva em meados da década de 1980 pelo autor Tom Wilson ampliaram a visão sobre os comportamentos de busca e uso da informação ao desenvolver modelos de comportamento informacional que passaram a considerar o indivíduo enquanto ser social, com diferentes necessidades fisiológicas, cognitivas e/ou afetivas que ocorrem a partir do contexto que envolve cada pessoa, o papel que ela desempenha no trabalho/vida, ou o próprio ambiente político, tecnológico e econômico em que está inserida. Somada a essa visão, essa tese busca associar a influência de variáveis constituintes da subjetividade, tais como história de vida, experiências vividas, características pessoais, crenças, sentimentos e emoções com o processo de necessidade, busca e uso da informação. Elegeu-se como pano de fundo um Curso de Biblioteconomia ofertado na modalidade à distância ao considerar esse cenário em contato constante com a informação, favorável para entender de que forma determinados aspectos da subjetividade podem influenciar/ impactar na manifestação do comportamento informacional dos professores. Esse processo ressalta a importância em se olhar para o comportamento informacional como algo em constante movimento, moldado pelas influências ambientais, sociais, emocionais, histórico-culturais e subjetivas. Tal consideração justifica-se pelo fato de que o próprio comportamento em si não se constitui apenas por influências externas, tais como mudanças no contexto informacional e tecnológico. Às suas práticas somam-se ainda fatores individuais constituídos por experiências anteriores, histórico de vida e construções simbólicas e afetivas que fazem parte da constituição da subjetividade. Assim, teve como objetivo, analisar a subjetividade como fenômeno, cujos elementos constituintes e constituídos podem ser considerados variáveis que interferem no comportamento informacional de professores que atuam na modalidade EaD. Para alcance dos objetivos, optou-se por uma pesquisa de cunho descritivo e exploratório com abordagem qualitativa. O universo de pesquisa constitui-se por professores de um Curso de Biblioteconomia na modalidade EaD, utilizando enquanto aporte metodológico e de coleta de dados a entrevista semiestruturada. Como referencial para análise dos dados coletados optou-se pelo método de Análise de Conteúdo de Laurence Bardin. A partir da análise das entrevistas realizadas e do referencial teórico desenvolvido foi possível constatar correlações entre o comportamento informacional dos professores com elementos constituintes da subjetividade. Assim, as evidências conceituais e teóricas confirmam a hipótese levantada, visto que a subjetividade, enquanto conceito que compreende algo em constante construção, com base nos sentidos que os sujeitos vão produzindo na condição singular em que se encontram inseridos em suas trajetórias de vida e ao mesmo tempo, em suas diferentes atividades e formas de se relacionar com a informação, influencia inclusive seus comportamentos e interação com a informação.Item Feminismo e competência em informação : debates teórico-práticos a partir da epistemologia social(2024-03-27) Miranda, Ana Maria Mendes; Alcará, Adriana Rosecler; Albuquerque, Ana Cristina de; Mata, Marta Leandro da; Santos Neto, João Arlindo dos; Farias, Gabriela Belmont deCom o desenvolvimento do capitalismo, o patriarcado, assim como o racismo, se converte em aliados indispensáveis para a exploração e a manutenção do status quo. Nesse contexto, os aspectos informacionais se apresentam como um recurso e fator marcante nas lutas de movimentos políticos e sociais feministas na atualidade. É nesse escopo que o desenvolvimento de um conjunto de habilidades, somadas ao acesso à informação e conhecimentos, pode auxiliar na compreensão das diversas “amarras” do tecido social, denominado no campo da Ciência da Informação como competência em informação. Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar a competência em informação sob a perspectiva da Epistemologia Social e suas relações com as teorias feministas. Quanto aos procedimentos metodológicos, trata-se de uma pesquisa teórico prática descritiva, com abordagem quantiqualitativa. Num primeiro momento, desenvolveu-se uma Revisão Integrativa da Literatura, com delineamento bibliográfico, seguida de uma análise das práticas de competência em informação por meio de pesquisa documental. Com os dados bibliográfico realizou-se uma análise bibliométrica, identificando autorias mais produtivas da temática, e textos e autorias mais referenciadas pelo corpus de análise. Posterior a isso, ambas as coletas foram analisadas com base na análise de conteúdo (Bardin, 1977). Foram localizadas 79 pesquisas de 1997 a junho de 2023 em português, inglês e espanhol que relacionam a competência em informação com o feminismo, revelando distintas bases teóricas e uma aproximação com o feminismo interseccional e pós-estruturalista. No que se refere às práticas, mapearam-se 347 ações promovidas por unidades de informação brasileiras relacionadas ao feminismo ou às mulheres, destacando-se rodas de conversa, palestras e clubes de leitura. As categorias temáticas nas quais elas foram organizadas incluem violência doméstica, direitos das mulheres, trabalho, maternidade, saúde, empoderamento, autoestima, arte, literatura, visibilidade e acesso à informação. Compreendendo as características teóricas e as ações práticas da competência em informação relacionadas às mulheres, surge a questão sobre como se dá uma competência sob a perspectiva da Epistemologia Social. Seu maior ponto de encontro está no conhecimento e sua noção coletiva, podendo contribuir para novos olhares da competência em informação sobre um aspecto central de seus estudos. É também nessa perspectiva de conhecimento coletivo que a competência em informação pode se encontrar com a teoria feminista marxista, promovendo a formação das consciências para a transformação da realidade. As unidades de informação, por meio da competência em informação e outras ações voltadas para o acesso à informação, desempenham papel preponderante ao permitirem o compartilhamento e a troca de informações, além de ajudarem na promoção do senso crítico e aplicação ética das informações. Conclui-se que a Epistemologia Social pode contribuir para pensar diversos aspectos da competência em informação, principalmente o conhecimento, e uma competência em informação preocupada com questões coletivas e sociais pode auxiliar na compreensão de meninas e mulheres sobre questões relevantes de sua realidade, contribuindo para o enfrentamento da desigualdade de gênero.Item Sobreposição entre as diretrizes de acessibilidade para conteúdo Web (WCAG) e a otimização para mecanismos de busca (SEO)(2023-07-03) Fernandes, Rogério Paulo Muller; Contani, Miguel Luiz; Albuquerque, Ana Cristina de; Franklin, Benjamin Luiz; Cervantes, Brígida Maria Nogueira; Bufrem, Leilah SantiagoAnalisa a sobreposição entre as técnicas e estratégias de otimização de mecanismos de busca (SEO) e as Recomendações de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG). Aponta que acessibilidade na web e SEO são dois campos de estudo aparentemente distintos em suas concepções teóricas, mas que na prática, ao serem implementados, apresentam importantes sobreposições que não têm sido estabelecidas ou mesmo problematizadas na literatura. Enquanto a acessibilidade almeja tornar o conteúdo web mais acessível para todos os usuários, o SEO visa tornar o conteúdo encontrável. O foco da acessibilidade está nos usuários, enquanto o foco do SEO está nos mecanismos de busca, sendo o elo fundamental que os une, o conteúdo, que precisa ser desenvolvido e estruturado considerando tanto os seres humanos com deficiências quanto os mecanismos de busca. Defende a tese que a acessibilidade na web e SEO tem muitos pontos em comum e utilizam técnicas similares no alcance de seus objetivos. Fundamenta o percurso metodológico desta pesquisa teórica, de caráter descritivo no Modelo Ampliado de Análise Dimensional de Bufrem. Identifica, descreve e destaca visualmente os fatores sobrepostos e para comprovação da sobreposição cria um site temporário específico para esse objetivo. Identifica na pesquisa um conjunto de 17 fatores comuns aos elementos SEO e critérios de sucesso da WCAG 2.1, representando um percentual de 24,36% do total de critérios existentes, sugerindo que há uma evidente sobreposição entre os campos SEO e acessibilidade na web. Conclui que os resultados da pesquisa comprovam a hipótese de que ao assegurar a acessibilidade de um site, mesmo que parcialmente, automaticamente seu conteúdo será otimizado para os mecanismos de busca.