02 - Mestrado - Toxicologia Aplicada à Vigilância Sanitária
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Navegando 02 - Mestrado - Toxicologia Aplicada à Vigilância Sanitária por Autor "Jardim, Andréia Nunes Oliveira"
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Item Chumbinho : aspectos químicos, regulatórios e epidemiológicosAndrade, Andréa Maria; Chasin, Alice A. M [Orientador]; Paoliello, Monica Maria Bastos; Jardim, Andréia Nunes Oliveira; Maldaner, Adriano Otávio [Coorientador]Resumo: "Chumbinho" é a denominação dada ao produto resultante do fracionamento ilegal de agrotóxicos de extrema toxicidade por via oral, vendido como raticida Diversos artigos relatam casos em que esse desvio de uso resultou em intoxicações graves, tanto por acidente, quanto por suicídio ou homicídio O agrotóxico aldicarbe sempre foi tradicionalmente o mais utilizado como “chumbinho”, e devido a este fato foi submetido a uma série de restrições, após uma reavaliação feita pela Anvisa em 26, que culminou com o cancelamento de seu registro em 212 Quanto as medidas de repressão de vendas, embora existam relatos de sucesso regionais, na maior parte do Brasil não existe um trabalho de fiscalização de rotina Este trabalho analisou quimicamente 38 amostras de "chumbinho" de diversas regiões do país, visando identificar o ingrediente ativo Também foram analisadas as leis e normas que apoiam as ações de fiscalização e controle de vendas, assim como o impacto deste comércio nos suicídios tentados e consumados no Brasil Os resultados das análises efetuadas nas amostras apontaram o predomínio de formulações contendo aldicarbe associado a outros ingredientes ativos, principalmente carbofurano nas regiões sul e sudeste, e o predomínio de formulações contendo carbofurano e terbufós, associados ou não, na região Nordeste Ao analisar-se as intoxicações e mortes por suicídio nos bancos de dados nacionais infere-se que o uso de “chumbinho” é a segunda entre as tentativas causadas por intoxicação, no meio urbano e a primeira em número de mortes A problemática dos suicídios, homicídios e acidentes envolvendo "chumbinho" somente será enfrentada, quando houver a conscientização do poder público sobre a importância dos impactos deste grave problema de saúde pública Somente com a construção de ações públicas fortes e articuladas, que deem a devida importância e subsídios para a ação dos diferentes setores governamentais envolvidos na coibição deste crime, é que poderemos ter esperança na extinção deste problemaItem Desenvolvimento e emprego de um banco de dados para a condução de estudos de avaliação do risco da exposição crônica a resíduos de agrotóxicos na dietaPires, Marcus Venicius; Caldas, Eloisa Dutra [Orientador]; Nascimento, Elizabeth de Souza; Jardim, Andréia Nunes OliveiraResumo: No processo de registro de agrotóxicos no Brasil, a Ingestão Diária Máxima Teórica (IDMT) de resíduos nos alimentos é calculada utilizando Limites Máximos de esíduos (LMRs) estabelecido para cada cultura como parâmetro de concentração de resíduo Os LMRs são considerados seguros para a saúde do consumidor quando a IDMT não ultrapassa a Ingestão Diária Aceitável (IDA) Quando tal parâmetro de segurança é extrapolado, recomenda-se o refinamento da avaliação da exposição A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) em 29, possibilitou atualizar os dados de consumo de alimentos da população brasileira para o cálculo da IDMT Os resultados do Programa de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) contribuíram para o refinamento da exposição (Ingestão Diária Total Refinada - IDTR) As informações necessárias para a avaliação do risco foram armazenadas em um banco de dados no programa Access (Microsoft) elaborado com a finalidade de calcular a IDMT e IDTR, bem como, caracterizar o risco A disponibilidade per capita estimada de alimentos de origem vegetal para a população brasileira foi de 54 g/dia, enquanto o consumo per capita foi de 726 g/dia Esta diferença pode ser parcialmente explicada devido ao consumo fora do domicílio representar mais de 1% do total, e não estar incluído na estimativa da disponibilidade per capita As IDMT calculadas com dados de disponibilidade média per capita extrapolaram a IDA, em ao menos uma Unidade da Federação (UF), para os ditiocarbamatos, carbofurano, deltametrina, dicofol, dimetoato, etiona, metidationa e pirimifós-metílico Quando utilizados dados de consumo, incluem-se nesta situação o carbendazim, diquate, paraquate, fentina, forato, mevinfós e terbufós A partir dos dados de consumo individual, também foi possível estimar o percentual da população brasileira com a IDMT acima da IDA No mínimo 1% da população de uma UF extrapolou a IDA de 25 ingredientes ativos e os ditiocarbamatos, e para 13 compostos, mais de 3% da população nacional teve a IDMT acima da IDA Quando a IDTR foi calculada para cada indivíduo a partir da pesquisa de consumo individual de alimentos, os resultados apontaram para extrapolações das IDA dos ingredientes ativos: forato, terbufós e pirimifós-metílico Observou-se que esta extrapolação ocorreu devido a indisponibilidade de dados de monitoramento de resíduos para algumas culturas, levando ao uso do LMR como fonte da concentração de resíduos, que foram responsáveis pelas maiores contribuições na IDTR A medida que novas culturas importantes na dieta forem monitoradas, os valores da exposição também devem diminuir para estes ingredientes ativos O banco de dados elaborado é dinâmico e demonstrou ser uma ferramenta eficiente para estimar a exposição aos resíduos de agrotóxicos nos alimentos Permite avaliar o risco a partir de dados de disponibilidade e de consumo individual de alimentos em todas as UFs brasileiras e ainda refinar a exposição com dados de monitoramento do PARA