01 - Doutorado - Agronomia
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Navegando 01 - Doutorado - Agronomia por Autor "Alves, Daniel Soares"
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Item Microclima, produtividade da pastagem e acúmulo de carbono em sistema silvipastorilNitsche, Pablo Ricardo; Silva, Marcelo Augusto de Aguiar e [Orientador]; Balbinot Junior, Alvadi Antônio; Pezzopane, José Ricardo Macedo; Alves, Daniel Soares; Bazzo, José Henrique Bizzarri; Caramori, Paulo Henrique [Coorientador]Resumo: O enfrentamento da agricultura perante às alterações climáticas globais é um desafio tanto no desenvolvimento de tecnologias para adaptação às mudanças climáticas, quanto para sistemas mitigadores Os sistemas integrados mostram-se promissores para ambas as estratégias, atenuando extremos de temperatura e sequestrando carbono da atmosfera Neste contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar quantitativamente os efeitos microclimáticos, os fatores limitantes do processo e estimar o sequestro de carbono num sistema silvipastoril de eucalipto com capim-mombaça na região noroeste do estado do Paraná Os experimentos foram realizados em uma propriedade particular no município de Tapejara - PR (23° 41' S, 52° 53' O, 445 m) O primeiro estudo teve foco nas avaliações microclimáticas com medições de elementos meteorológicos, em quatro posições do sistema silvipastoril (abaixo das copas e centro das entre linhas de árvores) em duas distâncias de entre linhas de árvores (2 e 3 m), e em um ponto de pastagem a pleno sol em área adjacente Os resultados indicaram reduções máximas de 59% da radiação solar global, de 32,9% da precipitação, de temperatura média (1,1 oC) e máxima (1,18 oC) do ar e de 56% da velocidade média do vento Concluiu-se que as condições microclimáticas foram alteradas com a implantação do sistema silvipastoril O segundo trabalho focou na identificação de fatores limitantes ao desenvolvimento do sistema Foram medidas a radiação fotossinteticamente ativa (RFA), a umidade do solo e a produção de matéria seca (MS) da forrageira nos mesmos locais do trabalho anterior Os resultados indicaram redução de 39 a 51% da RFA nos espaçamentos de 2 e 3 m entre linhas de árvores A umidade do solo foi reduzida significativamente nos pontos amostrais do sistema silvipastoril à exceção da faixa central das entre linhas de árvores no espaçamento de 3 m A produção média de MS da forrageira foi significativamente menor, com redução de até 69,2% Concluiu-se que o sombreamento e a competição por água reduziram a produção forrageira, sendo estes fatores limitantes, mas não impeditivos, para a condução do sistema No terceiro trabalho estimou-se o sequestro de carbono do componente arbóreo, da forrageira e o armazenado no solo O carbono sequestrado pelo eucalipto foi de até 25,781 ton C ha-1 e pela forrageira foi maior no tratamento a pleno sol em relação ao sistema silvipastoril Não houve diferença significativa nos estoques de carbono no solo entre os tratamentos Conclui-se que o sistema silvipastoril sequestra mais carbono em comparação ao sistema de pastagem a pleno solItem Simulação do impacto do déficit hídrico sobre a produtividade no milho de segunda safra no Paraná(2023-08-28) Rodrigues, Evandro João; Silva, Marcelo Augusto de Aguiar e; Zaro, Geovanna Cristina; Moraes, Heverly; Junior, Nilson Vieira; Caramori, Paulo Henrique; Alves, Daniel SoaresA previsão de safras é fundamental para o planejamento agrícola. Entre as atividades agrícolas, o milho segunda safra é o cereal mais produzido no Estado do Paraná, sendo a macrorregião do Terceiro Planalto Paranaense a mais cultivada. Porém este período de cultivo possui considerável risco de ocorrência de déficit hídrico. Para conhecimento do comportamento dos híbridos de milho perante condições de estresses ou condições ótimas de disponibilidade hídrica, o modelo CERES-maize pode ser usado para simular e estimar o desempenho produtivo e fenológico em diferentes locais e condições climáticas para as quais foi calibrado. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência do modelo CERES-maize para o híbrido de milho Status nos sistemas irrigado e sequeiro em municípios que compõe o Terceiro Planalto Paranaense. Os experimentos de campo foram reallizados em 2019 e 2020 na Estação Experimental do Centro Universitário Filadélfia – Unifil, Campus Palhano em Londrina (coordenadas). Com os resultados foi calibrado e validado o modelo CERES-maize da plataforma DSSAT. Foi testada a eficiência do modelo para outros três municípios do Terceiro Planalto Paranaense: Cambará, Campo Mourão e Santa Tereza do Oeste. Posteriormente, foram simuladas irrigações nestes municípios para quantificar a perda de produtividade e identificar as regiões com maior potencial de uso de irigação. Realizou-se análises de percentual do RMSE, viés, r², índice “d” de concordância e teste t de Student. Em Londrina em 2019 a produtividade média observada, irrigado e sequeiro, foi de 6.828 e 5.238 kg ha-1, respectivamente, e simulada de 8.112 e 6.992 kg ha-1, respectivamente. Em 2020 a produtividade observada, irrigado e sequeiro, foi de 8.170 e 2.667 kg ha-1, respectivamente e simulada de 6.747 e 1.875 kg ha-1, respectivamente. A análise de RMSE foi 25,78%, considerada simulação aceitável, viés de -2,90%, índice de concordância “d”, de 0,90 e r² moderado de 0,68. Os outros três municípios foi observado/simulado, Cambará 5.691 e 3.151 kg ha-1, Campo Mourão 6.471 e 5.521 kg ha-1 e Santa Tereza do Oeste 8.316 e 6.969 kg ha-1, respectivamente. Observou-se que o valor de RMSE foi 27,03%, sendo válido em uma simulação, valor de viés de -24,30%, valor de correlação de 0,89 sendo considerada fortemente positiva e índice “d” 0,86, demonstrando boa concordância. Ao simular a irrigação, Londrina apresentou maior perda de produtividade causada pelo déficit hídrico com 75% de perda, seguido por Cambará com 58%, Campo Mourão 11% e Santa Tereza do Oeste 4%. O modelo é uma ferramenta eficiente para previsão de produtividade e fenologia do milho em sistemas irrigado e sequeiro no local que foi validado e em outras localidades semelhantesItem Zoneamento agroclimático e o modelo simulação de rendimento do feijão para o Estado do Paraná(2022-11-04) Caldana, Nathan Felipe da Silva; Silva, Marcelo Augusto de Aguiar e; Zaro, Geovanna Cristina; Costa, Angela Beatriz Ferreira da; Vieira Junior, Nilson Aparecido; Nitsche, Pablo Ricardo; Alves, Daniel SoaresO feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) é uma leguminosa com grande destaque socioeconômico por ser uma das principais culturas agrícolas do mundo, sendo o Brasil o maior produtor e consumidor. É uma cultura extremamente sensível às condições meteorológicas, com destaque para o déficit hídrico, temperaturas elevadas e geada, que podem gerar grandes perdas de safra. Com as projeções de aumento de população, atrelado às mudanças climáticas, estudos que evidenciem o risco e potencializem a produtividade de alimentos básicos são fundamentais. O objetivo desta tese foi avaliar as potencialidades do cultivo do feijão por meio do zoneamento risco agroclimático para o estado do Paraná, e assim, determinar as melhores épocas de semeadura para as três safras possíveis no Estado: feijão das águas, da seca e de outono-inverno; e ainda realizar o zoneamento sob diferentes cenários de mudanças climáticas. Além disso, objetivou-se calibrar e avaliar a performance do modelo DSSAT/CROPGRO-Dry bean em simular a fenologia e a produção de grãos para uma cultivar de ciclo médio de feijão no estado do Paraná. Para o zoneamento foram avaliados o risco agroclimático por meio das variáveis geada, temperaturas elevadas e déficit hídrico por meio dos dados de estações meteorológica. Foram criados mapas temáticos com interpolações e regressão linear múltipla para regionalizar os dados climáticos por todo o Estado. O mapa final do zoneamento apresenta a aptidão e a melhor janela de semeadura considerando o risco agroclimático. Para averiguar o impacto das mudanças climáticas no zoneamento inicialmente realizou-se testes estatísticos de tendência para observar regionalmente o aumento de temperatura no Paraná. Para o zoneamento utilizou- se os cenários de aumento de temperatura máxima e mínima do IPCC de: 1,7, 2,6, 3,1 e 4,8°C. Para calibração e validação dos dados simulados para a modelagem, foi realizado um experimento em Londrina para safra das águas 2019/20. Para a calibração do modelo foram inseridos dados experimentais e os dados de entrada da cultivar, de clima e de solo. Para a análise estatística utilizou-se como referência as safras das águas 2019/20 e utilizou-se os testes estatísticos com as safras da seca 2019/20 e 2020/21 e das águas 2020/21 para o processo de validação cruzada. Como principais resultados, identificou-se que a elaboração de novo zoneamento agroclimático para a cultura de feijão demonstrou aptidão para todo o estado Paraná. Algumas regiões foram inaptas para o cultivo na safra da seca e de outono/inverno, devido ao déficit hídrico e ao início do período de geada, respectivamente. Diferente dos zoneamentos anteriores, identificou-se novas áreas para o cultivo e diferentes datas de semeadura, indicando possíveis impactos das mudanças climáticas. Ao averiguar os impactos do aumento de temperatura averiguou-se que as mudanças climáticas poderão ser prejudiciais a produção de feijão no Paraná. Quanto maior o aumento de temperatura, menor será a área apta para cultivo e, viabilizando apenas uma safra. A ocorrência de temperaturas elevadas inviabilizaria o cultivo durante a primavera-verão em todo o norte e oeste do Paraná. No pior cenário, apenas a região mais fria do estado, na região centro-sul paranaense, seria possível realizar-se as duas safras para o feijão. Para a modelagem, constatou-se que a variabilidade ambiental, foi detectada. Os coeficientes parametrizados das seis cultivares demonstraram maior proximidade dos valores simulados para Londrina, local onde foi realizado o experimento. Porém, todas as outras localidades apresentaram significância estatística dos valores simulados. O modelo foi calibrado, ajustado e validado e agora pode servir como ferramenta para o planejamento para demais áreas do estado do Paraná. Este trabalho tem o intuito de servir como base para estudos que buscam soluções e alternativas para lidar com os cenários futuros, e precauções quanto a mudanças climáticas, para que se possa garantir a produção de alimentos mais sustentável. Além de orientar políticas públicas que objetivem a mitigação do impacto das mudanças climáticas.