01 - Doutorado - Agronomia
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Item Dinâmica do mercado de terras agrícolas no Brasil.(2024-07-17) Volsi, Bruno; Telles, Tiago Santos; Zucareli, Claudemir; Caldarelli, Carlos Eduardo; Silva, Wander Plassa da; Marques, Felipe CésarA combinação entre instabilidade econômica e política no Brasil abriu espaço para que novos investidores olhassem com mais interesse para o mercado de terras agrícolas do país, tanto do ponto de vista produtivo, quanto do ponto de vista especulativo. Nesse contexto, a presente tese engloba, além de uma revisão de literatura, dois estudos sobre o mercado de terras agrícolas no país. No primeiro estudo, o objetivo foi verificar a dinâmica dos preços das terras agrícolas no Brasil, em suas grandes regiões e unidades da federação, no período de 1977 a 2022. Para tanto, foram coletados dados anuais de preços da terra agrícola de lavouras da Fundação Getúlio Vargas, do Anuário da Agricultura Brasileira e da Receita Federal do Brasil. Com base nos dados verificou-se que os preços de terras passaram por fortes oscilações nos períodos de instabilidade econômica, principalmente entre a segunda metade da década de 1980 e início de 1990, após a implantação do Plano Real em 1994 e com o boom das commodities na década de 2000. Em síntese, as políticas monetárias, as políticas agrícolas, a instabilidade econômica e a demanda internacional por commodities, junto com a especulação financeira, influenciaram os preços das terras agrícolas do país. No segundo estudo, o objetivo foi verificar se os efeitos espaciais são fatores determinantes dos preços das terras agrícolas no Brasil. Para tanto, foram utilizados os dados de preço de terra agrícola coletados na Receita Federal do Brasil dos anos de 2019 a 2023. A variável dependente utilizada no estudo foi o valor da terra nua por hectare das lavouras de aptidão boa. Já as variáveis independentes foram Valor Bruto da Produção da agricultura, cobertura agrícola, crédito rural, superfície de água, rodovia, mancha urbana e densidade populacional. Empregou-se a metodologia de dados em painel e foi aplicado o modelo econométrico Durbin Espacial. O resultado verificado foi que o parâmetro de defasagem espacial, ρ, demonstrou ser positivo e estatisticamente significativo (0,459). Tal resultado implica na existência de um spillover espacial no preço de terra agrícola. Além disso, verificou-se que as variáveis valor bruto da produção agrícola, crédito rural e superfície de água afetam de maneira significativa os valores das terras vizinhas. Portanto, a inclusão de variáveis espaciais é essencial para uma análise mais precisa e abrangente do mercado de terras agrícolas. Dessa forma, conclui-se que a análise dos preços das terras agrícolas no Brasil deve necessariamente considerar tanto os aspectos econômicos e políticos quanto os fatores espaciais para uma compreensão mais detalhada e precisa das dinâmicas de valorização e especulação desse mercado.Item Produção e desenvolvimento da cana-de-açúcar em função da inoculação de fungo micorrízico e Azospirillum no plantio e na soqueira.(2023-02-28) Bassoli, Paulo Augusto do Campos; Nogueira, Marco Antonio; Barbeiro, Rondinelli; Almeida, Luiz Henrique Campos de; Campos, Murilo de; Figueiredo, AlexA associação entre bactérias diazotróficas e fungo micorrízico em cana-de-açúcar pode aumentar a produtividade e a eficiência de uso de fertilizantes, além de auxiliar no desenvolvimento vegetativo em períodos de estiagens. O objetivo foi avaliar a inoculação de Azospirillum brasilense (Ab-V5 + Ab-V6) e Fungo Micorrízico Arbuscular (FMA) (Rhizophagus intraradices) isoladamente ou associados, inoculados no sulco de plantio mecanizado de toletes de cana-de-açúcar, em dois locais, como as variedades CTC 9001 e CTC 9002. Após o primeiro corte, os mesmos tratamentos foram reaplicados no corte de soqueira. A inoculação também foi avaliada em dois canaviais já instalados, durante o corte de soqueira, com as variedades RB975242 e RB867515, no segundo e quarto corte, respectivamente. Os controles (C) foram mantidos sem inoculação, totalizando 4 tratamentos, em cinco repetições. Os experimentos foram conduzidos de maio de 2019 a maio de 2021 no município de Tanabi/SP, cuja classificação climática é CWa (tropical com estação seca). Foram avaliados altura de planta, massa verde, número de perfilho, análise química das folhas, Brix (º), POL do caldo (%), pureza (%), fibra da cana (%), produtividade de colmos por hectare (TCH), açúcar total recuperável (ATR), toneladas de açúcar por hectare (TAH). O uso de inoculantes aumentou o rendimento da cana de açúcar, sobretudo quando foram inoculados no plantio e reinoculados no segundo ano, resultando em maiores valores de TCH, ATR e TAH no acumulado de duas safras.Item Tratamento de sementes com ácido giberélico e óxido nítrico livres e nanoencapsulados na germinação e crescimento inicial de Dyckia spp. (Bromeliaceae).(2022-06-02) De Paula, Jean Carlos Baudraz; Faria, Ricardo Tadeu de; Medri, Cristiano; Takahashi, Lúcia Sadayo Assari; Assis, Adriane Marinho de; Seabra, Amedea BarozziAs bromélias ocorrem quase exclusivamente no continente americano e Dyckia sp. é composto principalmente por espécies nativas do Brasil. A utilização de espécies nativas no mercado de plantas ornamentais é tendência, entretanto, mesmo o Brasil detendo a flora mais biodiversa do planeta, boa parte das espécies produzidas e comercializadas no mercado brasileiro é exótica. Uma mudança nesse cenário demanda informações que possibilitem a domesticação e produção em larga escala de espécies potencialmente ornamentais. Em Dyckia, é comum que as espécies exibam grande produção de sementes com viabilidade que decresce rapidamente. A aplicação exógena de reguladores, como o ácido giberélico (GA3) e o óxido nítrico (NO), são alternativas rápidas e eficazes para melhorar o desempenho das sementes, no entanto, por serem sujeitos a degradação, a nanoencapsulação visa a proteção destes reguladores. Desse modo, o trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito do GA3 e NO na germinação de sementes de Dyckia cabrerae, D. dusenii, D. pottiorum e D. walteriana; e o efeito da nanoencapsulação do GA3 e NO na germinação de D. walteriana. O trabalho foi realizado em três etapas, sendo que, no experimento A, foram avaliados o efeito do GA3 livre na germinação das quatro espécies e a curva de embebição das sementes e para o GA3 nanoencapsulado, somente utilizada D. walteriana. Em ambos os testes, as sementes foram submetidas às doses: controle (0 mg L-1), 0,25 mg L-1, 0,5 mg L-1, 0,75 mg L-1, 1,0 mg L-1, 2,5 mg L-1 e 5,0 mg L-1. No experimento B, foram avaliadas doses do doador de NO S-nitrosoglutationa (GSNO), sendo: controle (0 mM), 1,25 mM, 2,5 mM, 5,0 mM, 10,0 mM, 15,0 mM e 20,0 mM na germinação das quatro espécies. Para o experimento C foram utilizadas as mesmas doses de GSNO citadas anteriormente, avaliando-se o GSNO livre e nanoencapsulado para a espécie D. walteriana. Também foi realizado o teste de envelhecimento acelerado (E.A) e avaliados os teores de peróxido de hidrogênio (H2O2) e malondialdeído (MDA). Em todos os experimentos, foram avaliados diferentes parâmetros de germinação. No experimento A, somente D. dusenii e D. walteriana apresentaram diferença na germinação em resposta ao GA3. Para D. dusenii a melhor resposta foi para dose de 5,0 mg L-1, enquanto para D. walteriana variou entre 4,4 e 5,0 mg L-1. A nanoencapsulação de GA3 resultou em respostas nas menores doses, entre 0,75 e 1,0 mg L-1 para D. walteriana. As sementes das quatro espécies apresentaram comportamento trifásico de embebição de água. No experimento B, D. dusenii e D. walteriana responderam aos tratamentos com GSNO, com germinação de 35-36% para 58-63% nas doses estimadas de 3,7 e 6,7 mM, respectivamente. No experimento C, o E.A reduziu a germinação (26%) e com GSNO variou de 53-61%. O GSNO estimulou a produção de clorofilas e carotenoides. O E.A aumentou os teores de H2O2 e MDA, no entanto, o GSNO atenuou este efeito negativo. A aplicação de GA3 e NO se mostrou eficaz e a nanoencapsulação uma estratégia para a melhoria da germinação de espécies do gênero Dyckia.Item Nanopartículas metálicas e poliméricas com cobre : promoção de crescimento e proteção contra estresses bióticos e abióticos em plantas(2022-04-19) Gomes, Diego Genuário; Oliveira, Halley Caixeta de; Zucareli, Claudemir; Batista, Marcelo Augusto; Shigueoka, Luciana Harumi; Pereira, Anderson do Espirito SantoO crescimento populacional acelerado e as adversidades climáticas cada vez mais frequentes pressionam a agricultura pela necessidade de atender à crescente demanda por alimentos. Neste contexto, a nanotecnologia vem sendo empregada na agricultura para aprimorar práticas convencionais de manejo, aliando maior eficiência com uma produção mais sustentável. O presente trabalho objetivou investigar o efeito das aplicações de nanopartículas metálicas e poliméricas contendo cobre na promoção do crescimento e proteção contra estresses bióticos e abióticos em plantas. Para isso, foram utilizadas três abordagens distintas: 1) avaliação do condicionamento fisiológico de sementes de milho (Zea mays cv. IPR 165) com nanopartículas poliméricas de quitosana contendo íons de Cu2+ sobre a germinação, crescimento e atividade fotossintética de mudas em condição de cultivo sem a incidência de estresse, bem como a resposta antioxidante de plântulas germinadas de sementes submetidas à deterioração controlada. 2) avaliação do condicionamento fisiológico de sementes de milho (Zea mays cv. Balu 787) com dois tipos diferentes de nanopartículas metálicas de óxido de cobre (CuO) obtidas via síntese verde (ácido ascórbico - ACuO ou extrato de chá verde - GTCuO), aplicadas em diferentes concentrações (0; 14,5; 29; 58 e 116 mg Cu L-1) e, por meio de avaliações morfofisiológicas, verificar os efeitos na germinação e crescimento inicial, bem como a suscetibilidade das plantas ao déficit hídrico. 3) avaliação das respostas de defesa induzidas pela aplicação de nanopartículas poliméricas de quitosana contendo íons de Cu2+ em discos foliares (Coffea arabica cv. IPR 100) infectados com H. vastatrix, testando a hipótese de que o cobre nanoencapsulado propicie uma melhor defesa quando comparado aos demais tratamentos. Os resultados evidenciaram que: 1) o condicionamento fisiológico das sementes com íons de Cu2+ livre ou nanoencapsulado influenciou positivamente o desenvolvimento inicial, principalmente pelo aumento do crescimento da parte aérea e do transporte fotossintético de elétrons, em comparação com o controle. Além disso, o cobre nanoencapsulado destacou-se por aumentar a atividade das enzimas antioxidantes. Em contraste, nanopartículas sem cobre induziram estresse oxidativo. 2) o condicionamento fisiológico com nanopartículas metálicas proporciona efeitos dose-dependentes no crescimento inicial e na suscetibilidade ao déficit hídrico. As plantas tratadas com GTCuO apresentaram incremento da parte área em comparação aos demais tratamentos. Por outro lado, ACuO promoveu redução da parte aérea e aumento de raiz. A dose de 58 mg Cu L-1 proporcionou os melhores efeitos na atividade fotossintética das plantas para cada uma das nanopartículas, destacando-se ACuO por conferir a mesma atividade fotossintética promovida pelo GTCuO, além de induzir alterações morfológicas que atenuassem os efeitos deletérios do déficit hídrico. 3) os tratamentos protegeram as folhas de café; no entanto, as nanopartículas poliméricas de quitosana contendo íons de Cu2+ se destacaram pela redução do estresse inicial, diminuição da fitotoxicidade do cobre e manutenção da atividade fotossintética, além de aumentar as respostas antioxidantes, conferindo proteção significativa contra a ferrugem do cafeeiro. Além disso, em baixas concentrações (1,25 mmol L-1), cobre nanoencapsulado apresentou maior bioatividade do que o cobre livre. No presente estudo, foi possível verificar respostas distintas entre os tratamentos com nanopartículas à base de cobre. Entretanto, esses efeitos foram dependentes de muitos fatores e, inevitavelmente, a interação entre eles. Portanto, da mesma forma que o uso da nanotecnologia pode promover uma gama de benefícios para agricultura, ela também pode prejudicar o pleno desenvolvimento das culturas, visto que nem sempre os efeitos conferidos pelos nanomateriais ao metabolismo vegetal são positivos.Item Temperatura e ácido giberélico no potencial fisiológico de sementes de bromélias brasileiras do gênero Dyckia(2024-08-09) Ribeiro Júnior, Walter Aparecido; Faria, Ricardo Tadeu de; Wanderley, Christina da Silva; Assis, Adriane Marinho de; Zucareli, Claudemir; Gomes, Gisely PaulaAs bromélias desempenham um importante papel na biodiversidade dos ecossistemas brasileiros, o gênero Dyckia destaca-se por sua adaptação a condições adversas, como solos pobres e baixa disponibilidade hídrica. Embora reconhecidas por sua rusticidade, há poucas pesquisas sobre o potencial fisiológico de suas sementes, especialmente em relação aos fatores que afetam a germinação e o vigor, como a temperatura e os reguladores vegetais. Este trabalho tem como objetivos, avaliar o impacto de diferentes temperaturas e doses de ácido giberélico na germinação e desenvolvimento inicial de sementes de espécies de Dyckia. Em ambos os trabalhos os parâmetros avaliados foram, porcentagem de germinação (%G), porcentagem de plântulas anormais (%PA), porcentagem da primeira contagem de germinação (%PCG), índice de velocidade de germinação (IVG), tempo médio de germinação (TMG)(dias), velocidade de germinação (v)(dias), diâmetro (DIAM)(mm), comprimento (COMP)(mm) e massa seca (MSP)(mg) de plântulas. Para o primeiro trabalho foram utilizados dois lotes de sementes da bromélia Dyckia brevifolia, ambos os lotes foram submetidos a diferentes temperaturas, 20, 25, 30 e 35 °C, sob luz constante. Cada lote apresentou respostas significativas distintas, para o lote 1 foi percebido que os melhores índices de germinação estão em temperatura aproximada de 29,5 °C em que foi observado 92,23%G. A maior temperatura estimada para o lote 1 foi de 30,36 °C para PCG com 89,36%. A menor resposta de temperatura foi de 25,10 °C para o TMG com 3,17 dias. Para o lote 2, foi percebido que não foi possível estimar ponto máximo ou mínimo de temperatura para a %G, porém foi observado que com o aumento da temperatura houve queda da germinação, de tal forma que os piores valores foram constatados a 35 °C e os melhores a 20 °C. Ainda no lote 2, a maior temperatura estimada foi de 31,26 °C com resposta de 41,63%PCG, enquanto que a menor temperatura estimada foi de 20°C com resposta de 5,02 dias para o TMG. Para os parâmetros de crescimento as temperaturas estimadas apresentaram resultados significativos. Para o lote 1 as respostas foram encontradas entre a faixa de 25 a 30°C, já para o lote 2 as respostas foram encontradas entre as faixas de 20 a 31°C. Neste estudo foi possível observar que as temperaturas entre 25 e 30°C melhoraram as condições de germinação e crescimento inicial de plântulas de ambos os lotes de Dyckia brevifolia, a temperatura influencia no potencial fisiológico das sementes e quando são usadas temperaturas acima do ótimo encontrado o crescimento inicial de plântulas pode ser comprometido. Para o segundo trabalho foram utilizadas sementes de Dyckia aurea e Dyckia brevifolia, que foram submetidas a diferentes doses de giberelina, 0,00, 1,00, 2,00, 5,00 e 8,00 mgL-1. Cada espécie apresentou resposta distinta. Para Dyckia aurea a melhor porcentagem de germinação ocorreu na dose estimada de 2,80 mgL-1 com 80,6%G, a maior dose estimada para essa espécie foi de 5,34 mgL-1 com resposta de 1,80 mg de MSP, a menor dose estimada foi da resposta de porcentagem de germinação. Para Dyckia brevifolia não foi possível estimar um ponto máximo ou mínimo para a %G, porém entre as doses testadas o melhor índice foi observado na maior dose, para essa espécie a menor dose estimada foi de 3,4 mgL-1 que resultou em 2,58%PA, já a maior dose estimada foi de 7,71 mgL-1 que resultou em 4,13 mg de MSP. O ácido giberélico influencia as espécies de maneiras distintas, porém de forma positiva, de tal forma que é possível a utilização do mesmo para ambas as espécies, porém em concentrações diferentes.Item Caracterização de linhagens de tomateiro portadores de alelos de amadurecimento e coloração(2024-10-11) Diniz, Flávia Cristina Panizzon; Roberto, Sérgio Ruffo; Fonseca, Inês Cristina de Batista; Yamashita, Fábio; Mariguele, Keny Henrique; Maluf, Wilson Roberto; Resende, Juliano Tadeu Vilela deA perecebilidade dos frutos de tomateiro associada a ineficiência de armazenamento, ao uso de embalagens inadequadas e a logística de distribuição ineficaz, faz com que, o tomate, ocupe o ranking das principais hortaliças com perdas em pós-colheita. Para reduzir a perecebilidade, as empresas de melhoramento genético e produção de sementes, tem empregado alelos mutantes de amadurecimento (rin, nor e norA) na confecção de híbridos, com o propósito de retardar o amadurecimento, aumentando a vida de prateleira. No entanto, a presença desses alelos, mesmo em heterozigose, afeta negativamente a coloração e sabor dos frutos, reduzindo a preferência do consumidor. Associar genes que melhorem a coloração externa e interna do fruto, como (ogc e hp), aos mutantes de amadurecimento, tem proporcionado bons resultados para melhoria da qualidade, porém, esses híbridos não estão disponíveis comercialmente. Diante do relatado, propomos nessa pesquisa, avaliar e selecionar potenciais linhagens de tomateiro, com boa adaptabilidade e estabilidade temporal, com background formado por alelos mutantes e genes de pigmentação, com potencial produtivo e qualidade bioquímica superior aos híbridos longa vida disponíveis no mercado. Foram fenotipadas 32 linhagens isogênicas com diferentes backgrounds para mutantes de amadurecimento e genes de pigmentação, além das estimativas de adaptabilidade e estabilidade fenotípica por meio de modelos matemáticos paramétricos e não paramétricos. As linhagens foram cultivadas em estufa com delineamento experimental de blocos cazualizados, com 14 repetições. Foram avaliados os componentes de produção e de qualidade de frutos. Para auxiliar na seleção foi aplicado o modelo proposto por Mulamba; Mock (1978) baseado na soma de postos e índice hierárquico dos genótipos. Foram selecionadas nove linhagens, com as melhores plantas dentro de cada grupo de genótipo: normal/crimson; crimson; alcobaça; rin; crimson/alcobaça; crimson/rin; alcobaça/rin e crimson/alcobaça/rin. As estimativas de adaptabilidade e estabilidade foram calculadas pelos modelos propostos por Wricke (1965), Cruz et al. (1989), Eberhart; Russel (1966) e Schmidt et al. (2011). Os resultados indicaram interação genótipo × ambiente, com linhagens de ampla adaptabilidade e estabilidade, assim como linhagens com adaptabilidade específica a ambientes favoráveis e desfavoráveis. As linhagens BPX-477C-25-05-04, BPX-477C-25-27- 15 e BPX-477C-25-05-04 foram as mais promissoras sendo ranqueadas como as melhores pelo teste de agrupamente de médias de Scott Knott, índice de Mulamba; (Mock, 1978) com adaptabilidade ampla geral, ordenadas nos quatro modelos matemáticos aplicados, além de backgroud composto por rin/norA/ogc. Estas linhagens produziram mais de 75 toneladas de frutos por hectare, médias muito acima do normalmente observado para linhagens de tomateiro do tipo salada. A coerência entre os métodos aplicados, demonstra a acurácia dos dados e, principalmente, a eficiência das seleções realizadas até a obtenção das linhas puras, avaliadas nesse ensaio, pois obteve-se linhagens produtivas, estáveis, com características de longa vida pós-colheita. O uso dessas linhagens em futuros cruzamentos traz a perspectiva de se obter híbridos que podemos considerar com extralonga vida e, com boa adaptabilidade e estabilidade produtiva.Item Atributos microbiológicos de saúde do solo em sistemas diversificados de produção de soja(2024-02-27) Charnobay, Ághata Cristie Rewa; Nogueira, Marco Antonio; Balbinot Junior, Alvadi Antonio; Debiasi, Henrique; Silva, Adriana Pereira da; Gumiere, ThiagoO manejo sustentável do solo é essencial para a manutenção da sua saúde e da sustentabilidade da produção agropecuária. A diversificação dos sistemas de produção, utilizando diferentes espécies no plano de rotação, é uma prática de manejo conservacionista preconizada e que pode contribuir para a melhoria da saúde do solo (SS). A avaliação da SS é realizada por indicadores físicos, químicos e biológicos, que juntos determinam a qualidade do sistema de produção. Entender a influência da diversificação de culturas sobre esses indicadores, bem como a sua interrelação, é importante para dar suporte a recomendações de manejo visando sistemas de produção mais sustentáveis. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da diversificação de culturas em sistemas de produção de soja sobre a saúde do solo, utilizando indicadores microbiológicos. Um experimento foi desenvolvido no Centro de Pesquisa Agrícola da Copacol, em Cafêlandia – PR, para avaliar o efeito da diversificação da sucessão soja/milho com diferentes culturas após a soja (trigo, aveia, milho consorciado com braquária), bem como a introdução de uma terceira safra em sucessão (trigo ou aveia preta) ou em rotação (soja/milho/aveia branca; soja/trigo; soja/milho/aveia preta), em atributos microbiológicos de um Latossolo no curto prazo (1 a 3 anos). Outro ensaio foi conduzido na Embrapa Soja, Londrina – PR, para verificar como o cultivo de culturas de interesse comercial (milho e trigo) e de cobertura (crotalária e braquiária) em sucessão à soja afetam atributos microbiológicos de um Latossolo e a produtividade da soja no médio prazo (5 a 7 anos), comparado ao pousio. Os atributos microbiológicos avaliados foram o carbono e o nitrogênio da biomassa microbiana, a respiração basal do solo, quociente microbiano e metabólico, e atividade das enzimas ß-glucosidase, arilsulfatase, fosfatase ácida e L-glutaminase, bem como as taxas de amonificação e nitrificação. Foram também avaliados os atributos químicos pH, carbono orgânico, nitrogênio total, e na forma de amônio e nitrato, e macronutrientes. Em ambos estudos, a inclusão de culturas de cobertura em sucessão (aveia preta e braquiária) à soja ou como terceira safra (aveia preta), entre a colheita do milho e a semeadura da soja, promoveu os atributos microbiológicos, pricipalmente ligados à atividade microbiana, comparado ao sistema soja/milho, com efeitos mais proeminentes com o aumento do tempo de adoção (3 a 7 anos). No curto prazo, atributos microbiológicos relacionados ao ciclo do carbono se mostraram mais sensíveis em discriminar as modificações nos agroecossistemas resultantes da diversificação de culturas. No médio prazo, a melhoria dos atributos microbiológicos foi acompanhada por aumento da produtividade da soja. Este trabalho reforça a importância da utilização de indicadores biológicos no monitoramento da saúde do solo e apresenta sistemas de diversificação alternativos que promovem a biologia do solo em comparação à sucessão soja/milho e o pousio.Item Cultivo de aveia ou milheto com Aphelenchoides besseyi e a síndrome da haste verde na soja em sucessão(2024-02-08) Gouveia, Arthur Cortez; Machado, Andressa Cristina Zamboni; Miamoto, Angélica; Santiago, Débora Cristina; Shigueoka, Luciana Harumi; Meyer, Maurício ConradoO nematoide Aphelenchoides besseyi, causador da síndroma síndrome da haste verde e retenção foliar (SHV), vem sendo considerado um dos patógenos de maior relevância para a agricultura brasileira, pois, em locais de clima subtropical, a presença deste nematoide pode atingir níveis de perdas de até 60 % da produção. Com isso, uma das alternativas no controle desse nematoide é o uso de rotação de culturas com espécies não hospedeiras, resultando na diminuição da população. Porém, o parasitismo de A. besseyi em diferentes culturas que fazem parte do sistema produtivo da soja necessita melhor entendimento. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o impacto do cultivo de milheto e aveia, ambos inoculados com A. besseyi na parte aérea, no solo ou nas sementes, deixando-se ou retirando-se a palhada remanescente dessas plantas, na sobrevivência e multiplicação do nematoide para o cultivo subsequente de soja e no aparecimento da SHV nas plantas de soja. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação com sistema de irrigação por aspersão, utilizando-se as cultivares IPR Afrodite de aveia branca, ADR300 de milheto e Fibra IPRO de soja. As plantas de milheto e aveia foram inoculadas com o nematoide na semente (previamente à semeadura), nas folhas e no solo. Parte das plantas foi avaliada 62 dias após a semeadura (DAS), ou 46 dias após a inoculação (DAI), através da extração dos nematoides presentes no solo, raiz e parte aérea. Os vasos remanescentes foram mantidos para o cultivo da soja, com e sem palhada de milheto e aveia, sendo semeadas duas sementes de soja por vaso, sem re-inoculação do nematoide. As plantas de soja foram avaliadas 39 DAS para presença de nematoides no solo, raiz e parte aérea. Durante a condução do experimento foi documentado o desenvolvimento dos sintomas em todas as culturas. As avaliações efetuadas no milheto e na aveia permitiram observar que houve multiplicação ou manutenção da população do nematoide para a cultura seguinte e o inóculo do nematoide que permaneceu em casa vaso causou o desenvolvimento da SHV em soja. Assim, demonstrou-se que a aveia e o milheto são hospedeiros de A. besseyi e podem contribuir para o aumento e manutenção da população desse nematoide para a cultura subsequente.Item Produção de linhagens duplo-haploides em milho superdoce com o uso de indutores CIM2GTAIL’s(2024-08-30) Duarte, Iran de Azevedo; Ferreira, Josué Maldonado; Resende, Juliano Tadeu Vilela de; Gonçalves, Leandro Simões Azeredo; Garbuglio, Deoclécio Domingos; Santos, João Vitor Maldonado dosA tecnologia de duplo-haploides (DH) está bem estabelecida em ambiente temperado, mas a sua adoção ainda é limitada em ambientes tropicais e em milhos especiais como o milho superdoce, pois ainda necessitam de indutores de haploidia adaptados. Neste contexto, o Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo desenvolveu linhagens indutoras de segunda geração (CIM2GTAIL’s) para licenciamento e uso em ambientes (sub) tropicais. Adicionalmente, a identificação e adequação de métodos mais eficazes na duplicação cromossômica em ambientes tropicais são fundamentais para otimizar a obtenção das linhagens DH’s. Os objetivos foram: a) determinar o potencial adaptativo e reprodutivo de três linhagens indutoras CIM2GTAIL’s e suas três combinações híbridas, em diferentes anos e épocas de semeadura no Brasil; b) estimar o potencial de indução de seis indutores sobre oito populações de milho superdoce tropical; c) identificar a ocorrência de interação indutor x população para taxas de indução em milho superdoce; d) comparar a eficácia de três métodos de duplicação cromossômica, que empregam solução de colchicina, para produção de linhagens DH’s em populações de milho superdoce. Seis indutores e dois híbridos comerciais precoces, com ampla adaptação no Brasil, foram avaliados para 20 características agronômicas, em seis experimentos, instalados em blocos completamente casualizados, com três repetições, empregando parcelas de quatro fileiras de 4,0 m, no espaçamento 0,8 m x 0,2 m, em diferentes anos e épocas de semeadura. Foram realizados cruzamentos entre estes seis genótipos indutores CIM2GTAIL’s e oito populações de milho superdoce, visando estimar as taxas de indução, com base nas frequências de haploides e diploides, identificados pelas marcações típicas do gene R1-nj nas sementes e pelo tipo de coloração da primeira bainha foliar das plântulas. As plântulas originadas de sementes haploides foram tratadas empregando três métodos de duplicação cromossômica, utilizando soluções de colchicina e um controle negativo, para avaliar as taxas de sobrevivência (TS), taxa de reprodução (TR) e taxa de sucesso geral (TSG). A taxa média de indução real sobre as oito populações doadoras variou de 9,5% a 13,2%, com destaques para CIM2GTAIL-P1 e para a combinação CIM2GTAIL-P1 x CIM2GTAIL-P3. Apesar de ter sido observada interação indutor x população doadora, as melhores taxas de indução sobre as populações ocorreram empregando a linhagem CIM2GTAIL-P1. Os genótipos indutores apresentaram adaptação para a início da safra de milho, com baixa adaptação em semeaduras tardias ou de segunda safra, quando os estresses ambientais e epidemiológicos foram mais acentuados. Houve superioridade adaptativa dos indutores F1’s sobre os indutores per se. O método de imersão de plântulas apresentou a menor TS e a maior frequência de espigas DH’s com mais de 26 sementes. Os métodos de injeção e imersão de plântula tiveram TR superiores aos demais métodos. Os métodos de injeção e imersão de raízes apresentaram as melhores estimativas TSG e produziram maior número de linhagens DH’s.Item Respostas ecofisiológicas de mudas de espécies arbóreas a estresses abióticos e a doadores de óxido nítrico(2023-12-11) Guariz, Hugo Roldi; Oliveira, Halley Caixeta de; Medri, Cristiano; Faria, Ricardo Tadeu de; Picoli, Marcelo Henrique Savoldi; Bebé, Felizarda VianaDiante dos crescentes desmatamentos nos biomas brasileiros, os plantios florestais emergem como uma estratégia essencial para mitigar os impactos adversos e promover um equilíbrio ambiental. Face a este cenário, a implementação de técnicas inovadoras de plantios florestais surge como uma necessidade premente para mitigar os efeitos adversos dos ambientes degradados, como o excesso de luz incidente, reserva hídrica incipiente no solo, redução da capacidade nutricional do solo e da alteração microclimática gerados por esses danos ambientais. Dentre as técnicas utilizadas a rustificação de plantas, que visa favorecer seu estabelecimento e desenvolvimento após o plantio, associada com a utilização de óxido nítrico, propicia o desenvolvimento de características e mecanismos de proteção pelas plantas, sendo essa uma molécula sinalizadora importante sob condições de estresses. Diversos trabalhos demonstram a eficiência do NO na indução de resposta nas plantas contra estresses abióticos como seca, salinidade, luminosidade e temperaturas extremas. No entanto, pelo fato do NO ser gasoso, sua aplicação direta envolve limitações, principalmente de instabilidade desse composto, assim, a entrega de NO é principalmente mediada por moléculas doadoras. Nesse cenário, uma estratégia promissora é o aprisionamento de doadores de NO em nanomateriais, formando as nanopartículas, evitando assim a degradação desses doadores pelos efeitos abióticos, favorecendo uma liberação controlada de NO, ampliando seu período de ação e viabilizando sua aplicação em condições de campo. Assim, com o intuito de melhorar a qualidade de mudas usadas em reflorestamentos e plantios comerciais, os objetivos deste trabalho foram: i) analisar as respostas de mudas de Amburana cearensis, Hymenaea courbaril e Hymenaea stigonocarpa sob o regime de diferentes regimes de luz; ii) analisar as respostas de mudas de Amburana cearensis, Hymenaea courbaril e Hymenaea stigonocarpa submetidas ao processo de rustificação sob sol pleno sob a adição de S-nitrosoglutationa (GSNO) na forma livre e nanoencapsulada; iii) avaliar o comportamento de Amburana cearensis e Hymenaea courbaril numa simulação de reflorestamento, com plantio em campo sob tratamento de GSNO na forma nanoencapsulada, livre e a nanocápsula sem o ativo e verificar o efeito desses tratamentos na aclimatação destas mudas aos diversos estresses pós-plantio; iiii) avaliar os efeitos de diferentes concentrações de ácido mercaptosuccínico (MSNO) no desenvolvimento inicial de Khaya grandifoliola sob estresse hídrico. Os objetivos foram investigados por meio da avaliação de parâmetros morfológicos e fisiológicos e das mudas. Com a rustificação, as mudas de H. courbaril, H. stigonocarpa e A. cearensis apresentaram melhor qualidade e maiores condições de estabelecimento em campo quando produzidas em condições de sol pleno pelo fato de mostrarem habilidade para conciliar o crescimento e o investimento em atributos adaptativos sob condições de alta radiação conforme o índice de qualidade de Dickson, como também maiores valores de densidade estomática, espessura foliar, eficiência no uso da água, taxa assimilatória líquida, taxa de crescimento relativo, massa seca, área foliar e crescimento em diâmetro. O sombreamento intenso foi a condição que mais limitou o crescimento das mudas respondendo com o maior percentual de mortalidade para as três espécies. H. courbaril e H. stigonocarpa tiveram crescimento em altura e diâmetro favorecidos para os ambientes mais ensolarados, A. cearensis sofreu estiolamento, formando maior altura e menor diâmetro para o ambiente mais sombreado. Na tomada de decisão sobre o ambiente a utilizar cada espécie, devem ser considerados os parâmetros que refletem um crescimento em parte aérea e raiz consolidado com o incremento das variáveis fisiológicas. Ao analisar o efeito da utilização de doador de NO, na forma livre e encapsulada em nanocápsulas poliméricas de quitosana, na aclimatação destas mesmas espécies, verificamos que para H. stigonocarpa, os tratamentos com GSNO livre ou nanoencapsulado não diferiram entre si, diferindo apenas do tratamento testemunha ao analisar as variáveis fisiológicas e de crescimento. Hymenaea courbaril teve comportamento semelhante em relação às variáveis de crescimento, porém em análise das variáveis fisiológicas, somente os tratamentos NP-CS-GSNO 0,1 e 0,2 mM diferiram dos demais tratamentos. Amburana cearensis manteve comportamento semelhante aos jatobás, tendo praticamente diferença apenas no tratamento testemunha em relação aos demais. Para as variáveis fisiológicas a concentração 0,2 mM NP-CS-GSNO apresentou melhor desempenho para condutância estomática e para a fotossíntese, diferindo-se apenas da testemunha. Assim, o GSNO, doador de NO utilizado na forma livre e nanoencapsulada apresenta efeitos fisiológicos benéficos quando disponibilizado para espécies florestais nativas brasileiras, como H. stigonocarpa, H. courbaril e A. cearensis, desencadeando atividades de proteção e incremento no que tange a fotossíntese, condutância estomática e formação de biomassa. Dessa forma, sabendo do comportamento em viveiro com a suplementação de NO, analisamos o desenvolvimento inicial de H. courbaril e A. cearensis em campo, numa simulação de reflorestamento ambiental. Testamos a aplicação de GSNO-CS-NPs, com as nanopartículas de quitosana sem o ativo e GSNO livre, todos na concentração de 200 µM. Os melhores resultados foram observados para o tratamento com GSNO-CS-NPs, que resultou em melhor desempenho fisiológico das mudas, observado através de avaliações de fotossíntese, condutância estomática e atividade do fotossistema II. O tratamento com GSNO ocasionou menor mortalidade das mudas, apesar de os parâmetros de crescimento não terem sido afetados. Dessa forma, os resultados sugerem que a aplicação de GSNO-CS-NPs é uma estratégia promissora para proporcionar maior tolerância de mudas ao estresse pós-plantio. Por fim, testamos o efeito de dosagens do doador de NO ácido S-nitroso-mercaptosuccínico (MSNO) nas dosagens de 0; 0,1; 0,2 e 0,4 mM em plantas de Khaya grandifoliola sob estresse hídrico severo. Ao final, concluímos que a dosagem de 0,2 mM de MSNO foi capaz de promover maior tolerância às plantas de K. grandifoliola ao déficit hídrico severo, promovendo também a maior sobrevivência das plantas, desempenho fisiológico adequado, com maiores valores de transpiração, eficiência no uso da água, conteúdo relativo de água e condutância de água. De forma geral, os resultados desta tese indicam que o processo de aclimatação estimulou diferentes respostas entre as espécies estudadas, mostrando as limitações de cada espécie de se aclimatar às novas condições de luminosidade. Além disso, a suplementação de NO com seus respectivos doadores, seja na forma livre ou nanoencapsulada, favoreceu o desenvolvimento de características de tolerância ao processo de rustificação à alta irradiância, aos estresses pós-plantio e ao estresse hídrico severo.Item Redução do forrageamento da saúva limão e do crescimento de seu fungo Leucoagaricus gongylophorus com fungos utilizados no controle biológico(2023-04-28) Fernandes, Joan Brigo; Pasini, Amarildo; Ventura, Mauricio Ursi; Hoshino, Adriano Thibes; Pinheiro, Daniela de Oliveira; Justus, Cláudia MariaAs formigas cortadeiras são consideradas principais pragas de diversas culturas agrícolas, de reflorestamento e pastagens. O custo com manejo pode chegar a 30%, sendo o método químico o mais utilizado, podendo gerar contaminações no solo, água e mortalidade de insetos benéficos. O objetivo do trabalho foi desenvolver isca biológica, contendo fungos, para formigas cortadeiras e avaliar desenvolvimento do fungo simbionte Leucoagaricus gongylophorus, submetido a contato com fungicidas. Foi avaliada a atratividade de diferentes formulações de iscas, com amido, com micronizado de aveia, com farinha de aveia e farinha de aveia adicionado essência de eucalipto. A maior atratividade foi observada na isca contendo somente farinha de aveia e por este motivo foi revestida com os agentes entomopatogênicos Beauveria basssiana, com Metarhizium anisopliae e com a junção de Metarhizium com Trichoderma harzianum, foram aplicadas em ninhos estabelecidos e ativos. A eficiência na redução de atividades de forrageamento e total, foi comparada à isca formicida comercial contendo sulfluramida 0,3%, contabilizando as atividades dos ninhos, após tratamentos. As iscas foram aplicadas em campos comerciais de produção agrícolas e florestais, através de 4 repetições (ninhos), aplicando-se 200 g de iscas contendo o entomopatógeno a cada tratamento e repetição. A porcentagem de redução de atividade foi comparada com o forrageamento e atividade total com o valor registrado antes da aplicação. Para o estudo com o fungo simbionte Leucoagaricus gongylophorus foi testado o melhor meio de cultura e após vericado melhores resultados para o BDA foi inoculado e avaliado seu crescimento radial, com interação à fungicida químico, Trichoderma e ácido salicílico. As iscas contendo Metarhizium com Trichoderma harzianum e somente Metarhizium promoveram reduções de forrageamento e atividade total acima de 90%. Todos os tratamentos do fungo simbionte com interação à fungicidas reduziram e inibiram o crescimento do fungo simbionte em diferentes tempos.Item Indicadores de qualidade de manejo de sistemas de produção em plantio direto(2022-06-21) Ceccatto, Smaylla El Kadri; Guimarães, Maria de Fátima; Oliveira, Jose Francirlei de; Vendrame, Pedro Rodolfo Siqueira; Ralisch, Ricardo; Melo, Thadeu Rodrigues; Santos, Julio Cezar Franchini dosO presente trabalho teve como objetivo avaliar a variabilidade espacial e temporal da qualidade estrutural do solo determinada por meio de metodologias de avaliação direta no campo e as implicações físico-hídricas para o manejo e conservação do solo. As principais metodologias utilizadas foram a taxa de infiltração estável (TIE mm h-1), índice de qualidade estrutural do solo (IQES), determinado por meio do diagnostico rápido da estrutura do solo (DRES), e o índice de qualidade do sistema de plantio direto (IQP). O primeiro trabalho foi desenvolvido em 24 talhões de propriedades agrícolas localizadas nas regiões norte e noroeste do PR, em três núcleos nas regiões de Londrina, Maringá e Iporã, durante as safras 2018/2019 e 2019/2020, na janela entre a colheita ou manejo das culturas de outono-inverno e a semeadura da soja. Os talhões foram selecionados para contemplar diferentes históricos de manejo do sistema de produção, representando no mínimo o manejo tradicional da região e sistemas de manejo com algum nível de aprimoramento no sentido da diversificação de culturas, aumento na produção de palha e redução de operações mecânicas de revolvimento do solo. Em cada área, foram estabelecidos oito pontos amostrais, distribuídos no terço médio do talhão, para avaliação da textura, fertilidade química do solo, cobertura do solo, TIE e do IQES. O questionário do índice de qualidade participativo do plantio direto (IQP) foi aplicado em todas as áreas com a finalidade de avaliar a qualidade do sistema plantio direto (SDP). O segundo trabalho foi desenvolvido durante o período de outono/inverno de 2019 em 24 talhões de propriedades agrícolas com diferentes históricos de manejo do sistema de produção, localizadas na bacia hidrográfica do Ribeirão Vermelho no Terceiro Planalto do Paraná no município de Cambé. Em cada área, foram estabelecidos três pontos amostrais, distribuídos nos terços superior, médio e inferior do talhão, para avaliação da TIE e do iQES. O questionário do IQP foi aplicado em todas as áreas com a finalidade de avaliar a qualidade do SDP. A microbacia foi monitorada por meio de imagens aéreas de alta resolução obtidas com uso de drone em cinco oportunidades, durante o período de março a novembro de 2019. As imagens obtidas permitiram acompanhar práticas de manejo utilizadas nos talhões, como uso de escarificarão ou gradagem, datas de semeadura e colheita, culturas utilizadas, ocorrência de erosão, presença de terraços, entre outras informações. Essas informações foram utilizadas para validação de informações declaratórias apresentadas pelos produtores no questionário do IQP. As imagens também permitiram a obtenção do modelo digital de elevação da microbacia (MDE). Com base no MDE e na TIE, serão feitas verificações da efetividade dos sistema de terraceamento implantados por meio do software Terraço 4.1. A avaliação da qualidade do sistema de produção por metodologias como o IQP e o IQES, associado a quantificação da TIE, contribuem para o entendimento dos processos de melhoria da qualidade do solo no SPD, e evidenciam a importância de práticas como a diversificação de culturas e o mínimo revolvimento do solo para a conservação do solo e aumento de sua fertilidade.Item Zoneamento agroclimático e o modelo simulação de rendimento do feijão para o Estado do Paraná(2022-11-04) Caldana, Nathan Felipe da Silva; Silva, Marcelo Augusto de Aguiar e; Zaro, Geovanna Cristina; Costa, Angela Beatriz Ferreira da; Vieira Junior, Nilson Aparecido; Nitsche, Pablo Ricardo; Alves, Daniel SoaresO feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) é uma leguminosa com grande destaque socioeconômico por ser uma das principais culturas agrícolas do mundo, sendo o Brasil o maior produtor e consumidor. É uma cultura extremamente sensível às condições meteorológicas, com destaque para o déficit hídrico, temperaturas elevadas e geada, que podem gerar grandes perdas de safra. Com as projeções de aumento de população, atrelado às mudanças climáticas, estudos que evidenciem o risco e potencializem a produtividade de alimentos básicos são fundamentais. O objetivo desta tese foi avaliar as potencialidades do cultivo do feijão por meio do zoneamento risco agroclimático para o estado do Paraná, e assim, determinar as melhores épocas de semeadura para as três safras possíveis no Estado: feijão das águas, da seca e de outono-inverno; e ainda realizar o zoneamento sob diferentes cenários de mudanças climáticas. Além disso, objetivou-se calibrar e avaliar a performance do modelo DSSAT/CROPGRO-Dry bean em simular a fenologia e a produção de grãos para uma cultivar de ciclo médio de feijão no estado do Paraná. Para o zoneamento foram avaliados o risco agroclimático por meio das variáveis geada, temperaturas elevadas e déficit hídrico por meio dos dados de estações meteorológica. Foram criados mapas temáticos com interpolações e regressão linear múltipla para regionalizar os dados climáticos por todo o Estado. O mapa final do zoneamento apresenta a aptidão e a melhor janela de semeadura considerando o risco agroclimático. Para averiguar o impacto das mudanças climáticas no zoneamento inicialmente realizou-se testes estatísticos de tendência para observar regionalmente o aumento de temperatura no Paraná. Para o zoneamento utilizou- se os cenários de aumento de temperatura máxima e mínima do IPCC de: 1,7, 2,6, 3,1 e 4,8°C. Para calibração e validação dos dados simulados para a modelagem, foi realizado um experimento em Londrina para safra das águas 2019/20. Para a calibração do modelo foram inseridos dados experimentais e os dados de entrada da cultivar, de clima e de solo. Para a análise estatística utilizou-se como referência as safras das águas 2019/20 e utilizou-se os testes estatísticos com as safras da seca 2019/20 e 2020/21 e das águas 2020/21 para o processo de validação cruzada. Como principais resultados, identificou-se que a elaboração de novo zoneamento agroclimático para a cultura de feijão demonstrou aptidão para todo o estado Paraná. Algumas regiões foram inaptas para o cultivo na safra da seca e de outono/inverno, devido ao déficit hídrico e ao início do período de geada, respectivamente. Diferente dos zoneamentos anteriores, identificou-se novas áreas para o cultivo e diferentes datas de semeadura, indicando possíveis impactos das mudanças climáticas. Ao averiguar os impactos do aumento de temperatura averiguou-se que as mudanças climáticas poderão ser prejudiciais a produção de feijão no Paraná. Quanto maior o aumento de temperatura, menor será a área apta para cultivo e, viabilizando apenas uma safra. A ocorrência de temperaturas elevadas inviabilizaria o cultivo durante a primavera-verão em todo o norte e oeste do Paraná. No pior cenário, apenas a região mais fria do estado, na região centro-sul paranaense, seria possível realizar-se as duas safras para o feijão. Para a modelagem, constatou-se que a variabilidade ambiental, foi detectada. Os coeficientes parametrizados das seis cultivares demonstraram maior proximidade dos valores simulados para Londrina, local onde foi realizado o experimento. Porém, todas as outras localidades apresentaram significância estatística dos valores simulados. O modelo foi calibrado, ajustado e validado e agora pode servir como ferramenta para o planejamento para demais áreas do estado do Paraná. Este trabalho tem o intuito de servir como base para estudos que buscam soluções e alternativas para lidar com os cenários futuros, e precauções quanto a mudanças climáticas, para que se possa garantir a produção de alimentos mais sustentável. Além de orientar políticas públicas que objetivem a mitigação do impacto das mudanças climáticas.Item Compostos químicos sequestrados durante a alimentação de lepidopteros como indicadores da movimentação de adultos em sistemas agrícolas(2019-03-29) Ueda, Tatiana Emiko; Ventura, Maurício Ursi; Roggia, Samuel; Marques, Francisco de Assis; Scarminio, Ieda Spacino; Constantino, Leonel Vinicius; Hoffmann-Campo, Clara BeatrizA possibilidade de identificar nos insetos adultos as plantas hospedeiras utilizadas na sua fase larval torna-se importante para monitoramento na sucessão de culturas, principalmente para as tecnologias pacíveis de gerar uma pressão de seleção, como no caso de cultivares Bt. Durante a alimentação na fase larval, os insetos podem sequestrar metabólitos secundários presentes nas plantas hospedeiras que permanecem em seus órgãos e tecidos até a fase adulta. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar a metodologia de extração de compostos químicos exclusivo de plantas de importância agrícola como a soja, milho e algodão e verificar o sequestro destes por Spodoptera frugiperda (Smith, 1797). Para a realização deste trabalho foram utilizadas a cultivar de soja BRS 284, o híbrido de milho Ag 9010 e a cultivar de algodão FMT 701. Para verificar o solvente extrator mais adequado, folhas das três culturas e adultos de S. frugiperda foram submetidos a extração com os solventes MeOH:H2O, MeOH:ACN:H2O e MeOH:CH2Cl2:H2O. Os extratos obtidos foram analisados em UHPLC/MS-MS. Devido à grande quantidade de informações obtidas, foi utilizada a análise de componentes principais para auxiliar na detecção dos íons mais discriminatórios para cada cultura através dos loadings apresentados para cada variável. O Diagrama de Venn, foi utilizado para selecionar os íons exclusivos para cada cultura avaliada. A união dessas duas ferramentas estatísticas possibilitou a detecção dos íons específicos específicos de cada cultura. Os solventes MeOH:H2O e MeOH:ACN:H2O foram os mais apropriados para a separação dos extratos de folhas de soja, milho e algodão. Enquanto o solvente MeOH:ACN:H2O foi o mais apropriado para os extratos de adultos de S. frugiperda alimentados em folhas de soja, milho e algodão. Embora não tenha sido realizada a identificação dos metabólitos secundários das amostras, é possível sugerir que MeOH:ACN:H2O é o solvente mais adequado para separar os íons presentes nos extratos de mariposa como marcadores de alimentação prévia em soja, milho e algodão.Item Parâmetros genéticos e valores genotípicos para força de desprendimento de frutos e caracteres vegetativos em café arábica(2024-02-28) Pereira, Carlos Theodoro Motta; Sera, Gustavo Hiroshi; Abrahão, Juliana Costa de Rezende; Ivamoto-Suzuki, Suzana Tiemi; Resende, Juliano Tadeu Vilela de; Shigueoka, Luciana Harumi; Telles, Tiago SantosO cultivo de café é uma atividade econômica de grande importância mundial, especialmente para países como o Brasil, líder na produção e exportação desse produto. A colheita do café representa um dos principais custos de produção, e a escolha das cultivares adequadas pode impactar significativamente na rentabilidade e qualidade do café. Os objetivos deste estudo foram obter estimativas de parâmetros genéticos e predições de valores genotípicos em cultivares de café arábica, em diferentes espaçamentos de plantio, para a força de desprendimento dos frutos e características relacionadas a essa variável, além de características vegetativas da parte aérea. Em ambos os artigos dessa tese, o experimento foi realizado no centro tecnológico da COCARI no município de Mandaguari, Paraná, Brasil. No artigo A, foram avaliadas seis cultivares de café arábica nos espaçamentos de 0,60 e 0,90m entre plantas em DBC com três repetições de três plantas por parcela, em esquema de parcelas subdivididas. As características avaliadas foram a força de desprendimento dos frutos (FDF), tamanho do fruto (TF), comprimento do pedúnculo (CP) e diâmetro do pedúnculo (DP). No artigo B, foram avaliadas oito cultivares de café arábica nos espaçamentos de 0,45, 0,60, 0,75 e 0,90 m entre plantas em DBC com três repetições de sete plantas por parcela, em esquema de parcelas subdivididas. As características vegetativas avaliadas foram envergamento da haste principal (EHP), diâmetro da haste principal (DHP), largura da copa (LC) e altura da planta (AP). Utilizando a metodologia de modelos lineares mistos (REML/BLUP), foram realizadas análises para identificar a variabilidade genética nas cultivares de café estudadas. Foram considerados diferentes espaçamentos de plantio para avaliar o impacto do ambiente na expressão dos caracteres estudados. Os resultados demonstraram que as cultivares IPR 98 e 106 apresentam menor FDF, enquanto a cultivar IPR 103 possui maior FDF. Além disso, foram identificadas diferenças nas características vegetativas das plantas, como DHP, AP e LC, entre as cultivares avaliadas. Plantas com DHP tendem a ter maior AP e LC. O estudo evidencia a eficiência da metodologia REML/BLUP na identificação da variabilidade genética para a força de desprendimento de frutos e características vegetativas em cultivares de café arábica. Os resultados também sugerem que a escolha do espaçamento entre plantas pode influenciar na expressão desses caracteres, indicando a possibilidade de diferenciar melhor os cafeeiros e aumentar o ganho genético em espaçamentos mais amplos. Essas informações são cruciais para orientar os cafeicultores na seleção das variedades mais adequadas, considerando as condições específicas de cada região de cultivo e promovendo a produção de café de alta qualidade.Item Geração de mapas de zonas de potencial produtivo utilizando dados de produtividade e sua relação com variáveis de solo(2024-04-29) Santos, Lara Marie Guanais; Guimarães, Maria de Fátima; Faulin, Gustavo Di Chiacchio; Ralisch, Ricardo; Faulin, Marisa Silveira Almeida Renaud; Guimarães, Alexandre de Moura; Delalibera, Hevandro ColonheseA definição de unidade de gestão diferenciada pode ser feita com base em dados de diversas fontes como, imagens aéreas, análise de solo, uso de sensores terrestres e mapas de produtividade. Os mapas de produtividade, cujos dados são obtidos por meio de sensores acoplados às colhedoras, possibilitam a obtenção da produtividade de uma área georreferenciada com grande densidade de dados. Contudo, em meio a estes dados, existem aqueles que não representam o comportamento do fenômeno colheita e, portanto, devem ser eliminados para não alterarem a qualidade e a confiabilidade da informação fornecida pelo mapa. Este trabalho tem por intuito validar uma metodologia de tratamento, álgebra de mapas e segregação em zonas de manejo de mapas a partir de dados de produtividade advindos de monitores de colheita, executado com base em procedimentos estatísticos consagrados. Para este trabalho foi confeccionado um mapa de potencial produtivo de uma área agrícola localizada em Cândido Mota-SP; estes mapas, feitos a partir dos históricos de safras de soja e milho obtidos por monitor de colheita, foram utilizados como base para a distribuição dos pontos de amostragem para a análise físico-química do solo. Foi possível concluir que o estudo avaliando da relação entre o mapa de zonas de potencial produtivo, gerado por meio da metodologia proposta por Guanais Santos, et al. (2023) utilizando mapas de produtividade como dados de entrada, com as variáveis de solo, apresentou relação de 84%. Conclui-se também que as variáveis com maior poder de modelamento estão ligadas a estrutura do solo e a movimentação de água e ar, sendo a macroporosidade a mais importante. Por fim, também pode-se afirmar que a metodologia de separação em zonas de potencial produtivo é útil para a alocação e redução do número de pontos amostrais em uma área agrícola, direcionando a amostragem por meio de informação quantitativa, evitando amostragens em grade, de forma aleatória e empírica e em grande quantidade.Item Modo de ação de nanoatrazina em Zea mays L. e plantas daninhas suscetíveis e tolerantes ao herbicida(2024-04-25) Sousa, Bruno Teixeira de; Oliveira, Halley Caixeta de; Fraceto, Leonardo Fernandes; Siqueira, Adriano Buzutti de; Pimenta, José Antônio; Markus, Catarine; Dalazen, GiliardiO desenvolvimento de nanossistesmas carreadores visa melhorar a aplicação e disponibilização de ingredientes ativos (i.a.) na agricultura; e as propriedades físico- químicas destes sistemas são essenciais para o seu sucesso. A nanoencapsulação da atrazina potencializa a sua atividade herbicida no controle pós-emergente de plantas daninhas, porém, espera-se que o aumento na atividade herbicida não cause efeitos negativos sobre plantas de milho. Objetivou-se avaliar os efeitos da aplicação de três nanossistemas carreadores de atrazina e da formulação convencional deste herbicida na tolerância de plantas de milho e na suscetibilidade de duas espécies de plantas daninhas (Bidens pilosa e Raphanus sativus). As investigações foram divididas em três etapas. 1- Tolerância pós-emergente das plantas de milho às formulações atrazina comercial (ATZ) e atrazina contida em nanocápsulas (NCs) de poli(e-caprolactona) (PCL+ATZ), em NCs PCL+ATZ com revestimento de quitosana (PCL/CS+ATZ) ou NCs de zeína (ZN+ATZ), além das três nanoformulações sem i.a. (PCL, PCL/CS e ZN), com medidas morfológicas, fisiológicas e bioquímica das plantas; 2- Atividade herbicida das formulações ATZ, PCL+ATZ e ZN+ATZ em pós- emergência das plantas de B. pilosa e R. sativus, com avaliações fisiológicas e bioquímicas das plantas; 3- Atividade herbicida pós-emergente da formulação PCL/CS+ATZ em comparação às formulações ATZ e PCL+ATZ em plantas de B. pilosa, por aplicação foliar (com avaliações fisiológicas e controle de plantas) e por exposição das plantas às formulações via hidroponia (com avaliações fisiológicas e microscopia confocal). Os resultados obtidos foram: as formulações de nanoatrazina inibiram em maior proporção a atividade do FSII das plantas de milho. Os marcadores de estresse oxidativo (resultantes da inibição do FSII) e a atividade enzimática antioxidante foram observados em maior intensidade nas plantas de milho que receberam aplicação de nanoatrazina, enquanto nas plantas aplicadas com ATZ houve maior atividade detoxificante de glutationa S-transferase (GST) e menor nível de estresse. As plantas de milho apresentaram tolerância para todas as formulações testadas. As formulações PCL+ATZ e ZN+ATZ potencializaram a atividade herbicida de atrazina em B. pilosa e R. sativus, promovendo maior inibição da atividade do FSII e extravasamento de eletrólitos em relação a ATZ. Em plantas de B. pilosa, a aplicação de ZN+ATZ resultou na maior atividade enzimática antioxidante em relação as demais formulações. Para ambas espécies houve inibição da atividade detoxificante de GST. A atividade herbicida pós-emergente de PCL+ATZ foi potencializada com o revestimento por quitosana da formulação PCL/CS+ATZ, levando a maiores porcentagens de inibição do FSII e melhor controle de plantas daninhas. Já em exposição via hidroponia, a absorção radicular foi prejudicada, podendo ser observada a interação entre as NCs PCL/CS+ATZ e as camadas superficiais das raízes. Os três nanossistemas carreadores de atrazina testados aumentaram a eficiência do i.a. nas aplicações em pós-emergência. O combate ao estresse oxidativo é um mecanismo importante de tolerância das plantas de milho à nanoatrazina. O modo de ação de nanoatrazina variou conforme a espécie daninha alvo da aplicação. As interações entre cargas elétricas das NCs e das camadas externas das plantas são ponto chave para o sucesso da aplicação.Item Aplicação de bioinsumos em tomateiros(2023-04-28) Silva, Diego Contiero da; Ventura, Maurício Ursi; Silva, Marcelo Augusto Aguiar e; Faria, Ricardo Tadeu; Macedo, Rogério Barbosa; Silva, Helder Rodrigues daOs objetivos dos trabalhos foram avaliar tomateiros cultivados em sistema orgânico em ambiente de cultivo protegido e submetidos à inoculação e coinoculação de Azospirillum brasiliense AbV5, Bacillus velezensis ZK, Rhizophagus clarus e bioestimulante a base de algas com relação á aspectos vegetativos, fitotécnicos, bioquímicos e produtivos e avaliar o desempenho inicial de mudas de tomate (Solanum lycopersicum L.) tratados com diferentes bioestimulantes. No primeiro experimento, o plantio foi realizado em ambiente de cultivo protegido no município de Bandeirantes-PR, sendo quatro tratamentos: Bactérias (B), Micorrízas (M), Algas (A) e a junção dos tratamentos anteriores (BMA) e testemunha em esquema fatorial de 100% e 50% da dose de esterco bovino e cama de frango, quatro repetições com delineamento em blocos casualizados para avaliar características vegetativas, fitotécnicas, bioquímicas e produtivas das plantas. Os valores de sólidos solúveis totais apresentaram respostas diferentes na dose 50% de esterco em que o tratamento com bactérias obteve a maior média sem diferença para a testemunha e na dose 100% de esterco o tratamento ficou com a menor média com diferença estatística em relação a testemunha. As variáveis bioquímicas apresentaram valores diferentes para os tratamentos utilizados. A atividade antioxidante pela captura do radical DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazil) para a dose 50% de esterco teve a maior média no tratamento BMA sem diferença estatística entre os tratamentos algas e bactérias. A testemunha teve o menor valor. Os compostos fenólicos totais na dose 50% de esterco a testemunha obteve o maior valor com diferença estatistica em relação aos outros e o tratamento BMA apresentou o menor valor entre as médias. Para a dose 100% de esterco, o tratamento BMA apresentou a maior média seguida pela testemunha. O histórico de produção orgânica na área do experimento pode ter influenciado nos resultados obtidos no estudo. A realização do método FRAP (Ferric Reducing Antioxidant Power) para avaliação de atividade antioxidante e mais ciclos produtivos poderiam demonstram resultados mais robustos. No segundo experimento em Londrina/PR, os tratamentos foram instalados em ambiente de cultivo protegido com delineamento de blocos ao acaso com seis repetições para as variáveis analisadas. Os tratamentos do primeiro experimento foram Spirudrop Zn® dose 50%, Spirudrop Zn® dose 100%, Spirudrop Orgânico® dose 50%, Spirudrop Orgânico® dose 100%, Spirudrop Organomineral® dose 50%, Spirudrop Organomineral® dose 100%, Stimulate® dose comercial, Acadian® dose comercial e testemunha. Para o segundo experimento, os tratamentos foram Soil®, Aglusil®, Power Cup Cu®, Power Cup Zn®, Aglusil®+Power Cup Cu®, Alglusil®+Power Cup Zn®, Soil®+Power Cup Cu®, Soil®+Power Cup Zn® e testemunha. O dados obtidos foram submetidos a testes de normalidade, homocedasticidade e análise de variância pelo teste de Tukey a 5%. Após a discussão dos resultados, a conclusão do trabalho mostra que os bioestimulantes avaliados levaram ao crescimento de parte aérea e crescimento radicular das mudas de tomate. O tratamento Soil®+Power Cup Zn® promoveu incremento de 492,5% na espessura média de raiz das plantas.Item Épocas e tecnologia de aplicação de fungicidas em soja para controle de doenças de final de ciclo(2023-02-28) Osipe, Petrus Barros; Canteri, Marcelo Giovanetti; Brand, Simone Cristiane; Gabardo, Gislaine; Machado, Andressa Cristina Zamboni; Dario, GustavoDoenças de final de ciclo na soja (DFCs), como o crestamento foliar de Cercospora e a mancha parda, podem reduzir a produtividade da cultura. O momento para o início do controle químico pode apresentar resultados distintos no controle de DFCs, sendo comum aplicações nos estádios reprodutivos da cultura. O objetivo do trabalho foi avaliar a qualidade da aplicação de fungicidas em diferentes estádios fenológicos da cultura da soja no controle de DFCs, além da possibilidade da utilização do sensoriamento remoto para quantificação destas doenças. Os experimentos foram conduzidos nas safras 2019/20, 2020/21 e 2021/22. Cada safra foi composta de três épocas de semeadura, com intervalo de 30 dias, sendo que na última safra o experimento foi realizado em apenas uma época de semeadura. Os tratamentos foram compostos pela combinação entre estádios de aplicação (V8, R3 e R5.1) dos fungicidas picoxistrobina + tebuconazol + mancozebe e pontas de pulverização XR 11002 e TJ60-8002. As avaliações de depósito do fungicida e cobertura da pulverização foram realizadas após cada aplicação, nos estratos superiores, médios e inferiores das plantas. A severidade da doença foi estimada a partir da identificação dos primeiros sintomas, realizadas a cada 10 dias nos três estratoss das plantas. Foi realizada a leitura de refletância do dossel das plantas de cada parcela com auxílio de espectro-radiômetro GreenSeeker Hand Held Model® 505. O índice de área foliar, desfolha e produtividade também foram obtidos. A cobertura e depósito da pulverização foi menor (p<0,05) no estrato inferior das plantas, local onde também se observou maior severidade de DFCs. A aplicação durante o estádio V8 garantiu maior depósito no estrato inferior, quando comparado aos estádios reprodutivos. Houve correlação negativa moderada a forte entre o IAF e os estádios de aplicação. O controle das doenças com aplicações em V8 foi de 12,14 e 8,78% maior que aquelas em R3 e 25,34 e 21,76% maior que em R5.1, para as pontas XR e TJ, respectivamente. A diferença entre os tratamentos para a Área Abaixo da Curva de Refletância foi significativa apenas na safra 21/2022, entretanto a desfolha pode ter interferido no processo de leitura de medidas de refletância. As aplicações de fungicidas iniciadas no estádio vegetativo proporcionaram maior cobertura, deposição e produtividade.Item Conservação pós-colheita da uva de mesa ‘Itália’ com folhas geradoras de SO2 na pré-embalagem e durante o armazenamento refrigerado(2023-02-28) Higuchi, Maíra Tiaki; Roberto, Sérgio Ruffo; Sposito, Marcel Bellato; Biasi, Luiz Antonio; Sato, Alessandro Jefferson; Yamashita, Fábio; Youssef, KhamisO objetivo deste trabalho foi avaliar a conservação pós-colheita da uva ‘Itália’ empregando-se folhas de liberação ultra-rápida de SO2 na pré-embalagem, associadas ou não às folhas de liberação lenta ou dupla fase de SO2 durante o armazenamento refrigerado. Os experimentos foram realizados em quatro safras consecutivas entre 2019 e 2021, sendo as uvas obtidas em um parreiral comercial localizado em Cambira, PR, Brasil. Em todos os tratamentos, as caixas de papelão corrugado contendo as cumbucas com os cachos foram forradas com filmes plásticos perfurados. Para o tratamento controle, não empregou-se nas caixas folha alguma geradora de SO2, somente os filmes plásticos perfurados. As uvas foram armazenadas em câmara refrigerada a 1,0 ± 1,0°C e 95% de umidade relativa do ar, e posteriormente em temperatura ambiente (22,0 ± 1,0°C) sem os filmes plásticos e as folhas de SO2 por 3 dias. Foi realizada a quantificação de fungos filamentosos na superfície das bagas anterior e posteriormente ao tratamento com a folha de campo de liberação ultra-rápida de SO2 na pré-embalagem. Foram avaliadas a incidência de mofo cinzento, quantificação de fungos filamentosos na superfície das bagas, perda de massa, firmeza da baga, escurecimento da ráquis, índice de cor da baga, degrana e propriedades químicas das bagas. De modo geral, a utilização da folha de campo de liberação ultra-rápida na pré-embalagem, associada às folhas geradoras de SO2 na câmara refrigerada foram eficientes para controlar o mofo cinzento, com destaque para a folha de liberação dupla fase, que conferiu a menor incidência até os 45 dias, bem como aos 90 dias de armazenamento refrigerado, enquanto a folha de liberação lenta resultou em eficácia intermediária. Os tratamentos contendo a combinação das folhas geradoras de SO2 proporcionaram baixa degrana e perda de massa, e com bom frescor da ráquis, sem quaisquer prejuízos à cor, firmeza e propriedades químicas das bagas. Além disso, a alta redução da incidência da doença também foi obtida quando empregada somente a folha de liberação dupla fase em câmara refrigerada, com boa manutenção da qualidade físico-química dos cachos.