01 - Doutorado - Arquitetura e Urbanismo
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Navegando 01 - Doutorado - Arquitetura e Urbanismo por Autor "Kanashiro, Milena"
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Item Conhecimento, urbanidade(s), urbanismo(s): qualidade espacial urbana e saberes cidadãos em um bairro consolidado de Londrina-PR.(2024-09-30) Godoy Filho, Ananias de Assis; Suguihiro, Vera Lúcia Tieko; Castells, Alicia Norma González de; Cordeiro, Sandra Maria Almeida; Kanashiro, Milena; Cordovil, Fabíola Castelo de SouzaEste trabalho investiga a qualidade espacial urbana de um bairro consolidado de Londrina-PR em relação com o conhecimento sobre ele revelado por um grupo de moradores. A comunidade e localidade estudadas são as do Piza, um bairro formal situado na zona sul de Londrina-PR. Esse conhecimento, mobilizado individual ou coletivamente, em contextos de participação voltados para processos decisórios que implicam intervenções espaciais concretas, tem sido denominado na literatura saberes cidadãos. Em meio urbano, são observados nos dispositivos de urbanismo participativo. A maior parte das pesquisas sobre qualidade espacial concentra-se no estudo das condições espaciais que tendem a favorecê-la ou inibi-la. Os trabalhos a respeito do tema mencionam com frequência fatores econômicos, morfológicos, densidades populacionais, volume construído e uma gama de configurações arquitetônico-urbanísticas. Em vista desses dois construtos investigados, cada um com seu foco particular sobre os espaços livres públicos, é justamente o conceito multidimensional e transdisciplinar de urbanidade que, por suas interfaces nas áreas da Geografia, da Antropologia Urbana e da Arquitetura e Urbanismo, parece constituir um vínculo entre elas, capaz de enriquecer a compreensão tanto dos saberes cidadãos como da qualidade espacial urbana. Embora no campo da Arquitetura e Urbanismo o conceito de urbanidade ainda se apresente instável e não suficientemente operacionalizado, ele parece ser justamente o elo capaz de estabelecer relações entre os saberes cidadãos e a qualidade espacial, a partir de suas duas e inseparáveis dimensões principais: a civilidade e a cidadania. A tese aqui defendida é que a urbanidade é o construto que faz a conexão da qualidade espacial urbana com os saberes dos cidadãos pesquisados no bairro considerado. A metodologia utilizada para desvelar as evidências dessa correlação foi a pesquisa de campo, com auxílio de dois questionários, sendo um deles uma adaptação para a língua portuguesa da Place Standard Tool, uma ferramenta para avaliação de lugares empregada com sucesso em dezenas de cidades de vários países. Os resultados obtidos a partir dos dados levantados na pesquisa de campo são cotejados com a literatura sobre os três conceitos envolvidos: saberes cidadãos, qualidade espacial e urbanidade. A investigação focaliza uma parte desse conhecimento revelado pelos cidadãos, relativa aos espaços livres públicos. A pesquisa conclui pela confirmação da hipótese de ser a qualidade espacial urbana concatenada aos saberes cidadãos por meio da(s) urbanidade(s) verificada(s) no bairro.Item Multiscaled walkability : exploring built environment using artificial intelligence(2023-09-19) Leão, Ana Luiza Favarão; Kanashiro, Milena; Reis, Rodrigo Siqueira; Vargas, Júlio Celso Borello; Rego, Renato Leão; Hirota, ErciliaCaminhar é reconhecido há muito tempo na literatura científica como o modo de transporte mais equitativo e universalmente acessível nas cidades. É uma forma predominante de atividade física para adultos. A caminhabilidade descreve o grau em que um ambiente apoia e incentiva a caminhada. Tradicionalmente, esse atributo urbano tem sido quantificado usando índices, que são essencialmente equações ponderadas que encapsulam vários fatores de bairro em macroescala. No entanto, essas métricas muitas vezes negligenciam características de rua em microescala que afetam significativamente a caminhada, principalmente devido aos desafios da coleta de dados. Existe uma crescente necessidade de pesquisa sobre caminhabilidade em cidades brasileiras de médio a pequeno porte, dada a rápida crescimento populacional, disparidades sociais e a importância da caminhada como modo de transporte. Este estudo visa elucidar sobre a caminhabilidade em múltiplas escalas, atraves do desenvolvimento de modelos de caminhabilidade para cidades medias e pequnas do Brasil usando tecnicas de aprendizado profundo. A tese central postula que uma análise robusta de caminhabilidade em nível de bairro, para cidades brasileiras de médio a pequeno porte, pode ser desenvolvida usando técnicas de aprendizado profundo. Utilizando a metodologia de Pesquisa em Ciência do Design, três cidades de tamanhos variados no Paraná, Brasil - Rolândia, Cambé e Londrina - foram selecionadas como estudos de caso. Fatores de caminhabilidade em macroescala foram organizados em conjunto com características em microescala, extraídas do Google Street View usando um modelo de rede neural profunda para segmentação semântica. Os dados dessas cidades foram então avaliados usando três modelos de regressão multinível distintos: um focando apenas em fatores em microescala, outro em fatores em macroescala, e um modelo compreensivo em múltiplas escalas abrangendo variáveis de ambas as escalas. A variável de resposta primária foi o modo de transporte - caminhar versus outros - com variáveis sociodemográficas consideradas como covariáveis. Esses dados foram obtidos do Plano de Mobilidade das respectivas cidades. As descobertas revelaram padrões variados nas três cidades. Em Rolândia, a menor cidade analisada, fatores como a presença de muros e indivíduos em bicicletas ou motocicletas foram vistos como promotores da caminhada. Por outro lado, sinalizações urbanas, como postes e semáforos, desencorajavam a caminhada. Em Cambé, de tamanho intermediário, a presença de terrenos vagos e espaços verdes estava associada a uma redução na caminhada. Em Londrina, a maior cidade considerada neste estudo, uma combinação de fatores micro e macro influenciou o comportamento da caminhada. A disponibilidade de calçadas e o uso diversificado do uso do solo incentivaram a caminhada, enquanto uma maior presença de estradas e áreas verdes estava negativamente associada à caminhada. Esses resultados ampliam nosso entendimento sobre caminhabilidade e podem informar futuros esforços de planejamento urbano. Ao focar nessas abordagens, os formuladores de políticas podem elaborar políticas urbanas específicas ao contexto para promover a caminhada, combinando estratégias baseadas em evidências.