Publicações externas à UEL
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando Publicações externas à UEL por Autor "Cardelli, Alexandrina Aparecida Maciel"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item A saúde de mulheres climatéricas usuárias de uma unidade de saúde da famíliaDornellas, Ana Olympia Velloso Marcondes; Haddad, Maria do Carmo Fernandez Lourenço [Orientador]; Vannuchi, Marli Terezinha Oliveira; Cardelli, Alexandrina Aparecida MacielResumo: O aumento da expectativa de vida em ambos os sexos é uma demanda mundial No Brasil, a expectativa de vida feminina é de aproximadamente 72,4 anos Essa realidade demográfica torna o estudo do climatério um assunto de destaque, com necessidade de implementar políticas públicas de saúde voltadas ao período de transição do envelhecimento feminino Cada mulher vivencia o período do climatério e o marco da menopausa de acordo com sua singularidade, podendo ter impacto negativo na saúde física, mental, emocional, nas relações familiares e sociais O estudo teve como objetivo identificar as condições de saúde das mulheres climatéricas na faixa etária de 4 a 65 anos usuárias de uma Unidade de Saúde da Família em Londrina-PR Realizou-se um estudo transversal com 223 mulheres Os dados foram coletados por meio de entrevistas nos domicílios, com questionário estruturado, entre dezembro de 29 a abril de 21 Os sintomas climatéricos foram classificados pelo Índice Menopausal de Blatt e Kupperman A análise estatística foi realizada no programa EPI-INFO, após dupla digitação Os resultados demonstraram que a população de estudo constitui-se de mulheres com média etária de 55,1 anos, 7% tinham companheiro, predominantemente brancas (83,4%) e com oito anos ou mais de estudo (84,3%) As classes econômicas identificadas segundo a classificação da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa foram B (5,2%) e C (41,7%) As comorbidades prevalentes foram sobrepeso e obesidade (58,7%), hipertensão arterial (39%), tireoideopatia (25,1%) e depressão (22,9%) Destacaram-se como fatores de risco no estilo de vida o sedentarismo (76,2%), alimentação inadequada (45,7%) e ingestão de bebidas alcoólicas (42,6%) Das queixas referidas pelas mulheres sexualmente ativas (58,7%), prevaleceram o isolamento do companheiro (31,7%), a frieza da mulher (18,6%) e o abuso do companheiro (17,9%) Quanto ao relacionamento social, o sentimento mencionado por mais da metade das mulheres (53,4%) foi tristeza e melancolia Os sintomas climatéricos foram referidos pela maioria das mulheres (95,1%) e classificados como de intensidade leve por 73,1%, sendo prevalentes o nervosismo (59,7%), a artralgia/mialgia (57,4%) e a melancolia/tristeza (5,2%) Apesar do alto grau de satisfação (92,9%) quanto ao atendimento na Unidade de Saúde da Família para problemas crônicos ou agudos, 57% das mulheres consideraram insatisfatório o acesso para registrar suas queixas referentes ao climatério e 75,3% não se sentiram totalmente ouvidas ou suas necessidades atendidas Os achados nessa pesquisa, embora não representem as condições de saúde para toda população feminina do município de Londrina, propiciaram reflexões para subsidiar ações que não se limitem à dimensão fisiológica, mas à oferta de espaços de escuta e orientações de promoção à saúde e qualidade de vida à mulher no climatério