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Navegando Publicações externas à UEL por Autor "Andrade, Selma Maffei de [Orientador]"
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Item Acidentes rodoviários e uso de álcool no norte do Paraná antes e após a lei secaCanavese, Sérgio Vitório; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Mesas, Arthur Eumann; Soares, Dorotéia Fátima Pelissari de Paula; Soares, Darli Antonio [Coorientador]Resumo: Os acidentes de trânsito são um importante problema de saúde pública e o consumo de bebida alcoólica por condutores de veículo a motor tende a agravar esse problema Em junho de 28, entrou em vigência, no Brasil, a Lei Federal no 1175, conhecida como Lei Seca Tal lei determina penalidades mais severas para o condutor que dirige veículos sob influência do álcool O objetivo do presente estudo foi caracterizar os acidentes rodoviários no norte do Paraná registrados pela 2ª Companhia (CIA) da Polícia Rodoviária do Paraná, antes e após a Lei Seca O material de análise foi o banco de dados e os boletins de ocorrências da 2ª CIA da Polícia Rodoviária do Paraná, que dá cobertura para 79 municípios da região norte do Paraná, atendendo aproximadamente 3 km de estradas Foram estudados todos os acidentes registrados em dois períodos de 1 meses cada, de julho de 27 a abril de 28 (anterior à vigência da Lei Seca) e de julho de 28 a abril de 29 (posterior à Lei) Foram usados o teste de qui-quadrado ou o teste exato de Fisher para comparações de proporções, sendo as diferenças consideradas estatisticamente significativas quando p<,5 Houve maior registro de acidentes nos finais de semana, no horário das 18h às 23h59min, e sob condições de tempo bom, tanto antes como posteriormente ao início da vigência da Lei Seca Não se observou redução significativa na proporção de acidentes com detecção de uso de álcool por motoristas após a Lei (1,1% antes e 1,5% depois do início de sua vigência) Todos os testes de etilômetro realizados deram resultado positivo e todos os condutores eram do sexo masculino, principalmente na faixa etária dos 3 a 49 anos Quase metade dos acidentes, tanto antes como após a Lei, apresentou pessoas feridas, sem diferença significativa entre os dois períodos Observou-se redução significativa (p<,1) na proporção de acidentes com mortes após a Lei Seca Os resultados apontam baixa aplicação do teste de etilômetro nos acidentes ocorridos na região norte do Paraná (= 1,5%) tanto antes como depois da Lei Seca O único resultado positivo observado neste estudo foi a redução significativa na proporção de acidentes com mortes no período após a Lei Assim, sugere-se a necessidade de ampliar a aplicação do teste de etilômetro na área de estudo, bem como implementar outras ações de fiscalização e de educação para um trânsito mais seguroItem Morbidade e mortalidade por agressão em municípios de médio porte no sul do BrasilLachner, Dagmar Erica; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Melchior, Regina; Silva, Silvio Fernandes da; Soares, Darli Antonio [Coorientador]Resumo: No Brasil, o conhecimento sobre a dimensão da violência ainda é escasso, embora este se constitua importante problema de saúde pública Considerando a importância epidemiológica da violência, torna-se fundamental conhecê-la melhor, caracterizando a morbidade e a mortalidade por agressão em um município que apresenta um dos maiores índices de vitimização juvenil do País O objetivo deste estudo foi identificar o padrão de ocorrência de agressões e homicídios no Município de Cambé, Estado do Paraná, nos anos de 27 e 28, registrados em boletins de ocorrência (BO) da Polícia Civil e nas declarações de óbito (DO), caracterizando-se as vítimas, os agressores e as circunstâncias das agressões A pesquisa constituiu-se de um estudo transversal descritivo, com coleta de dados por meio de formulário próprio pela pesquisadora, com base nos registros da Polícia Civil e nas Declarações de Óbito para casos de agressão (códigos de X85 a Y9 do Capítulo XX da Classificação Internacional de Doenças, décima revisão – CID 1) de indivíduos residentes no Município de Cambé (PR), nos anos já citados Foram estudados 699 casos, o que representa, em Cambé, um coeficiente de agressão de 696,3 por 1 habitantes e um coeficiente de mortalidade de 56,8 por 1 habitantes Em casos de homicídio, houve predomínio de indivíduos do sexo masculino (87,7%), adultos jovens (5,9%), brancos (66,7%), com 4 a 7 anos de escolaridade (42,1%), solteiros (63,2%), que fizeram uso prévio de álcool (41,4%) ou drogas (44,8%), moradores do bairro Cristal (157,2/1 habitantes) ou do Novo Bandeirantes (113,8/1 habitantes); o uso de arma de fogo (81%) prevaleceu Conflitos relacionados ao uso de álcool ou drogas motivaram a maior porcentagem de homicídios (71,9%); agressor e agredido se relacionavam comunitariamente, na maior parte dos casos conhecidos (24,6%); as vítimas apresentaram lesões principalmente na cabeça (47,4%) e tórax (49,1%); os casos ocorreram principalmente no sábado (36,2%), à noite (51,7%) e em fevereiro (17,2%); os agressores eram, na maioria, do sexo masculino (71,2%) e moradores da Região Norte (84,5/1 habitantes) Em casos de agressão, houve predomínio do sexo feminino (56,1%), brancos (75%), casados (26,8%), que fizeram uso de álcool (3,4%) ou drogas (2,1%), moradores do bairro Cambé IV (1323,9/1 habitantes) ou do Cristal (155,7/1 habitantes) O uso de força corporal prevaleceu nas agressões registradas contra homens (48,3%) e contra mulheres (5,2%), houve maior número de casos de violência doméstica (4,5%) e em relações afetivas (27,5%), com lesões na cabeça (62,2%) e braços (45,4%) Os casos de agressão aumentam aos domingos (2,7%), à noite (37%), em junho (1,3%) e em fevereiro (8,9%) Os agressores são predominantemente do sexo masculino (71,2%) e moradores da Região Norte (1169,/1 habitantes) Com o diagnóstico mais detalhado da ocorrência de agressões e homicídios no município, pode-se contribuir na produção de evidências que apontem para fatores envolvidos na geração da violência e na identificação daqueles tipos que mais atingem a população em seus extratos sociais, território, faixa etária e sexo, visando à adoção de medidas de prevenção e controle mais fundamentadas