Efeitos do bloqueio seletivo do óxido nítrico e terapia antioxidante em parâmetros cardiovasculares, autonômicos e inflamatórios de ratos com obesidade induzida pelo glutamato monossódico

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Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar nos animais controle (CTR) e com obesidade induzida por glutamato monossódico (MSG) o efeito da inibição da produção enzimática do óxido nítrico (NO) e terapia antioxidante com vitamina C sobre parâmetros cardiovasculares, autonômicos e perfil de estresse oxidativo; além de verificar a produção de NO e espécies reativas de oxigênio (EROs) em células endoteliais aórticas isoladas A obesidade foi induzida pela administração intradérmica de 4 mg/g de peso corporal de MSG ou salina equimolar nos 5 primeiros dias de vida de ratos Wistar A pressão arterial média, frequência cardíaca e análise espectral da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foram avaliadas após o tratamento com L-NAME (2 mg/kg) ou aminoguanidina (5mg/kg) ou salina ,9%, via intra peritoneal por 3 dias, ou tratamento com vitamina C (5mg/kg) ou veículo (água destilada) por gavagem durante 21 dias Adicionalmente, o perfil de estresse oxidativo foi avaliado através do TRAP e a lipoperoxidação plasmática Também foram avaliados os níveis de prostaglandinas Células endoteliais isoladas da aorta de ratos MSG e CTR foram avaliadas por citometria de fluxo pela intensidade de fluorescência (IF) emitida pela sonda sensível ao NO (DAF-2DA) e sensível a EROs (DHE), em condição basal e sob estímulo com acetilcolina (ACh) Ratos MSG apresentaram hipertensão arterial em comparação com os animais CTR, que foi atenuada com o tratamento antioxidante Pela VFC, nenhuma diferença foi encontrada na análise da pressão arterial sistólica entre ratos CTR e MSG Já na análise do intervalo de pulso, a obesidade induzida por MSG promoveu aumento do componente LF e diminuição no componente HF nas unidades normalizadas e aumento na razão LF/HF, que foram retificados pelos tratamentos com antioxidante e aminoguanidina Animais MSG apresentaram altos níveis plasmáticos de lipoperoxidação revertidos pelos diferentes tratamentos e aumento dos níveis plasmáticos de prostaglandinas, atenuados por L-NAME e aminoguanidina tanto no grupo CTR quanto MSG Não houve diferença no TRAP entre animais MSG e CTR, mesmo após tratamento antioxidante Em células endoteliais da aorta de ratos CTR a IF basal para o DAF foi maior do que em MSG Em ambos os grupos, a ACh aumentou a IF para o DAF em relação ao basal, no entanto esses valores foram menores em animais MSG Contrariamente, a IF basal para o DHE foir maior nos animais MSG Entretanto, a ACh aumentou a IF para DHE nos animais CTR e reduziu em animais MSG Nossos resultados sugerem que a diminuição da produção de NO através da NO sintase endotelial em ratos MSG pode contribuir para o aumento da pressão arterial devido à menor biodisponibilidade de NO e aumentou da produção de EROs nas células endoteliais, ambos conduzindo a um aumento da atividade simpática Além disso, a inflamação e o estresse oxidativo sistêmicos presente nesse modelo também podem contribuir para esse aumento da atividade simpática A terapia antioxidante com vitamina C pode melhorar vários aspectos da disfunção cardiovascular, no entanto, estudos futuros ainda devem ser projetados para melhor definir o agente e dose antioxidante a ser avaliada em humanos obesos

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Palavras-chave

Obesidade, Glutamato monossódico, Pressão arterial, Sistema cardiovascular, Rato como animal de laboratório, Obesity, Monosodium glutamate, Blood pressure, Cardiovascular system

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