Potencial de cinco plantas cultivadas para manutenção de inimigos naturais em agrossistemas
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Silva, Katyuscia Cristine Kubaski
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Resumo
Resumo: O cenário atual da agricultura em áreas extensas de monocultivo tem dificultado o manejo de pragas, em razão do desequilíbrio causado no ecossistema pela substituição da vegetação natural A diversificação dos agrossistemas fornece serviços ecológicos que garantem proteção às plantas, tanto de forma direta, formando barreiras contra o ataque de pragas, quanto indireta através de benefícios aos inimigos naturais O objetivo do trabalho foi avaliar a ocorrência de predadores e parasitoides em diferentes espécies vegetais possíveis de serem cultivadas para a diversificação de agrossistemas O estudo foi conduzido durante duas safras de verão, na fazenda escola da Universidade Estadual de Londrina, Londrina-Paraná, avaliando-se cinco espécies vegetais: feijão caupi (Vigna unguiculata), girassol (Helianthus annuus), mamona (Ricinus communis), trigo mourisco (Fagopyrum esculentum) e crotalária (Crotalaria spectabilis) Os inimigos naturais foram amostrados por meio de varredura com rede entomológica, armadilha Moericke e observações diretas Em laboratório, os inimigos naturais foram identificados e contabilizados A abundância de cada família de inimigo natural foi comparada entre as diferentes plantas através de análise de variância, com médias separadas através do teste Tukey (a = 5%) (ou Friedman, quando não era atendido os pressupostos da análise paramétrica) Os parâmetros de riqueza de famílias de inimigos naturais, diversidade de Shannon-Wiener (H’) e equitabilidade foram calculados para cada espécie de planta Foram coletados na primeira safra 15967 inimigos naturais nos três métodos de amostragem Dolichopodidae (71,1%), Vespidae (7,4%), Forficulidae (6,4%), Araneae (5,2%), Anthocoridae (2,6%), Coccinellidae (2,2%) e Syrphidae (1,7%) foram os predadores mais abundantes Os parasitoides mais abundantes foram Encyrtidae (34,5%), Aphelinidae (9,8%), Trichogrammatidae (9,7%), Figitidae (8,7%), Eulophidae (8,%) e Scelionidae (6,1%) Na segunda safra, foram coletados 3144 inimigos naturais Dolichopodidae (85,8%), Araneae (4,1%), Vespidae (2,2%) e Anthocoridae (2,%) foram os predadores mais abundantes Encyrtidae (43,1%), Figitidae (13,%), Scelionidae (6,3%), Eulophidae (5,5%), Mymaridae (5,5%), Ichneumonidae (5,2%), e Trichogrammatidae (4,5%) foram os parasitoides mais abundantes De modo geral, feijão caupi e trigo mourisco foram as plantas mais atrativas aos inimigos naturais Mamona foi a planta que apresentou maior diversidade de inimigos naturais nos dois períodos de avaliação Feijão caupi, trigo mourisco e mamona, foram as plantas que se destacaram pela presença de insetos benéficos, sendo consideradas boas candidatas para diversificação de agrossistemas
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Palavras-chave
Insetos como agentes de controle biológico de pragas, Pragas agrícolas, Controle biológico, Insetos predadores, Parasitóides, Insects as biological pest control agents, Biological control, Parasitoids, Agricultural pests