Detecção de adulterantes em café arábica por sistemas de cromatografia líquida

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Domingues, Diego Soares

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Resumo

Resumo: O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo Devido à sua grande importância comercial, a detecção de impurezas, sedimentos e matérias estranhas, tem sido preocupação constante na averiguação de fraudes, especialmente pela dificuldade de percepção de adulterações á olho nu, em amostras de café torrado e moído No Brasil as adições mais freqüentes são materiais torrados como cascas e paus, milho, triguilho, soja e mais recentemente sementes de açaí Com o objetivo de verificar a mistura em diferentes proporções de triticale e açaí ao café torrado e moído, aplicou-se um planejamento experimental do tipo centróide-simplex Avaliou-se o desempenho de dois métodos distintos aplicados às mesmas amostras extraídas, empregando o método internacionalmente adotado ISO 11292, inicialmente estabelecido para a determinação de carboidratos em café solúvel, baseado na técnica de HPLC-HPAE-PAD, e posteriormente validado para café torrado e moído, com resultados comparados aos obtidos pelo método não normalizado de detecção pós-coluna por ultravioleta-visível (HPLC-UV/VIS) A HPAE é uma técnica conhecida como cromatografia de alta eficiência que emprega coluna de troca aniônica forte, a qual associada à detecção por amperometria pulsada (PAD) permite a quantificação direta de carboidratos, sem derivatização, com excelente resolução, em uma única corrida, apresentado boa sensibilidade, portanto, possibilitando a detecção em baixos níveis de concentração A segunda técnica cromatográfica, consiste no uso de coluna de troca iônica catiônica com temperatura elevada, e exige a derivatização com adição de cromóforo pós-coluna, pelo fato dos carboidratos não apresentarem ligaçoes p conjugadas, entretanto, possibilita o emprego de detector UV-VIS, equipamento existente na maioria de laboratórios de controle de qualidade Embora, a sensibilidade do sistema UV-VIS tenha apresentado menor resolução e sensibilidade, observou-se potencialidade na sua utilização para triagem de adulterantes em rotina no controle de qualidade do café, já que pela avaliação quimiométrica, as matrizes puderam ser correlacionadas, agrupadas e distinguidas por meio de carboidratos característicos Modelos matemáticos foram elaborados para explicar a influência de cada carboidrato, permitindo predizer quanti e qualitativamente pelas superfícies de resposta traçadas, a proporção de mistura destes adulterantes no café O monossacarídeo característico para o café puro foi a galactose com concentrações de 5,59% (m/m) empregando o sistema HPLC-HPAE-PAD, e de 3,67% (m/m) para o sistema HPLC-UV/VIS com pós-coluna Para o triticale puro, o carboidrato característico foi a glicose, detectada em maior quantidade, com 46,34%(m/m) e 26,13%(m/m), para os dois sistemas, respectivamente Enquanto, o carboidrato característico e predominantemente detectado para o açaí foi manose com teores de 24,54%(m/m) e 1,78%(m/m) respectivamente

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Palavras-chave

Química analítica, Café, Processamento, Eletroquímica, Cromatografia líquida de alta eficiência, Analytical chemistry, Processing, Electrochemistry, High speed liquid chromatography, Coffee adulteration, Coffee

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