Encarquilhamento foliar em soja (Glycine max (L.) Merr.) no Paraná : fatores envolvidos e possíveis causas

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Resumo: Áreas produtoras de soja (Glycine max L Merr) no Paraná têm apresentado plantas com sintomas de encarquilhamento foliar, semelhante a toxicidade de Mn, com redução de porte, geralmente observados em reboleiras O objetivo desse trabalho foi analisar propriedades químicas e microbiológicas do solo relacionadas à ciclagem de Mn e investigar se a alta disponibilidade desse nutriente pode ter causado o encarquilhamento foliar em áreas comerciais de soja Foram coletadas amostras de solo e planta em áreas de reboleiras com sintomas e áreas sadias adjacentes de nove propriedades na safra 212/13 e três na safra 213/14 Na parte aérea das plantas foram determinados: a massa seca e os teores foliares de P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn As amostras de solo foram coletadas nas profundidades de -5, 5-1, 1-2 e 2-4 cm, secas ao ar e analisadas quanto ao pH (CaCl2), C orgânico, P disponível, Ca, Mg, K, Al, H+Al, soma de bases, CTC, saturação por bases, teores de B, Cu, Fe, Mn e Zn As análises microbiológicas foram realizadas nas amostras de solo de -5, 5-1 cm e na rizosfera Foram avaliados o número de unidades formadoras de colônias (UFC) de bactérias oxidantes e redutoras de Mn, sendo que os isolados representativos tiveram a região rDNA 16S sequenciada para identificação O C da biomassa microbiana (CBM), a respiração basal e colonização micorrízica também foram avaliados As plantas com encarquilhamento foliar apresentaram redução na massa da parte aérea e na produtividade de grãos Em adição, apresentaram teores foliares mais elevados de P, Ca, Mg, Mn e B e menores teores de K No solo das áreas sem sintomas, a SB, a CTC, os teores de Ca, Mg e Fe (-5 cm) foram maiores, enquanto o os teores de P e Zn (1-2 cm) foram mais baixos Na safra 212/13, o CBM foi significativamente maior nas áreas sem sintoma de encarquilhamento foliar O número de UFC de bactérias oxidantes de Mn foi maior no solo da área sem sintomas (-5 cm, rizosfera) enquanto que o número de bactérias redutoras foi maior na área com sintomas A maior população de bactérias redutoras de Mn da área com sintomas coincidiu com maiores teores de Mn na planta, ligeiramente superiores aos encontrados nas plantas sem sintomas Entre as bactérias redutoras de Mn, predominou o gênero Streptomyces enquanto diversos gêneros representaram as bactérias oxidantes de Mn: Arthrobacter, Streptomyces, Bacillus, Novosphingobium, Agrobacterium, Variovorax, Acinetobacter e Pseudomonas O teor de P diferiu entre as áreas tanto no solo como na planta, enquanto os teores de Ca e Mg diferiram apenas no solo, sugerindo que o sintomas podem não estar relacionados a um nuntriente em particular, mas pode ser o resultado da interação de vários fatores Apesar de os teores de Mn na planta e no solo, tanto nas áreas com sintomas como nas áreas sem sintomas serem considerados altos, não foram apontados como causa direta do problema É provável haver uma interação multifatores na manifestação dos sintomas que precisa ser mais bem estudada

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Palavras-chave

Microorganismos do solo, Soja, Doenças e pragas, Óxidos de manganês, Micorriza, Soil microorganism, Diseases and pests, Manganese oxides, Soybean

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