A Casa Como Lugar de Poder e (Des)Afetos: o sentido do trabalho para as trabalhadoras domésticas

dc.contributor.advisorMoura, Jeani Delgado Paschoal
dc.contributor.authorPizaia, Jéssica Costa
dc.contributor.bancaOliveira, Anita Loureiro de
dc.contributor.bancaCampos, Margarida de Cássia
dc.contributor.bancaLima, Ângela Maria de Sousa
dc.contributor.bancaMatos, Teresa Cristina Furtado
dc.coverage.extent122 p.
dc.coverage.spatialLondrina - PR
dc.date.accessioned2025-06-25T19:25:00Z
dc.date.available2025-06-25T19:25:00Z
dc.date.issued2024-10-25
dc.description.abstractEste trabalho analisa as relações das trabalhadoras domésticas com as casas em que trabalham a partir de uma perspectiva decolonial e interseccional. A importância do serviço doméstico na sociedade contemporânea é indiscutível, e, ao focar nas vivências dessas mulheres, esta pesquisa aborda as contradições e complexidades que caracterizam este trabalho. O espaço do lar dos empregadores se constitui simultaneamente em um ambiente de afetos e desafetos, revelando a dualidade das experiências vividas. Deste modo, esta pesquisa tem como objetivo compreender as relações das trabalhadoras domésticas com as casas em que trabalham, explorando como os vínculos afetivos e as dinâmicas de poder se manifestam nesses ambientes. A metodologia adotada envolve a coleta de histórias de vida e a análise de conteúdo por meio de entrevistas em formato de roda de conversa com trabalhadoras domésticas. Esse processo visa não apenas explorar as vivências de afeto ou violências no trabalho doméstico, mas também investigar as mudanças nas condições de trabalho durante a pandemia de Covid-19. Ao analisar essas narrativas, a pesquisa busca identificar os desafios e vulnerabilidades enfrentados por essas profissionais, assim como entender como suas experiências impactam suas relações com suas próprias casas e famílias. Os resultados indicam que, apesar de desenvolverem a afetividade com membros das famílias empregadoras, especialmente com as crianças, as trabalhadoras continuam restritas a uma posição subalterna, com os espaços físicos da casa delimitados por barreiras sociais e raciais. Essa dicotomia cria espaços híbridos – tanto afetivos quanto opressivos – nos quais o afeto não se expande para a dinâmica espacial de pertencimento, permanecendo limitado ao desempenho das funções. Além disso, o estudo evidencia que a informalidade e a desvalorização do trabalho doméstico são agravadas por discriminação, abuso e ausência de proteção social, perpetuando a herança colonial e patriarcal na sociedade brasileira. Dessa forma, ao investigar as experiências das trabalhadoras domésticas, esta pesquisa contribui para a visibilidade das experiências das trabalhadoras domésticas e propõe uma reflexão crítica sobre as condições de trabalho.
dc.description.abstractother1This research examines the relationships between domestic workers and the private households where they work, adopting a decolonial and intersectional perspective. While domestic work plays a crucial role in contemporary society, this study focuses within their employers' homes. These spaces simultaneously embody affection and disaffection, revealing a duality that shapes their lived realities. The study aims to understand how domestic workers navigate these environments, exploring the interplay between emotional bonds and power dynamics. Methodologically, it employs life-story interviews and content analysis through group conversations with domestic workers. Beyond examining experiences of affection and oppression, the research investigates shifts in working conditions during the Covid-19 pandemic. By analyzing these narratives, the study highlights the challenges and vulnerabilities faced by these workers and how their labor impacts their own homes and families. The findings reveal that, despite developing affectionate bonds—particularly with the children they care for—domestic workers remain confined to a subordinate position, with physical spaces in the household marked by social barriers. This contradiction creates hybrid spaces that are both affectionate and oppressive, where emotional ties do not translate into a sense of spatial belonging but remain tied to task performance. Furthermore, the study underscores how informality, undervaluation, discrimination, and lack of social protection exacerbate their precarious conditions, reinforcing Brazil’s colonial and patriarchal legacies. By centering domestic workers’ experiences, this research amplifies their visibility and fosters critical reflection on their working conditions, contributing to broader discussions on labor rights and social minequality.
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/18885
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCCE - Departamento de Geografia
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Geografia
dc.subjectDecolonialidade
dc.subjectTrabalho Doméstico
dc.subjectGeografias Feministas
dc.subjectInterseccionalidade
dc.subject.capesCiências Humanas - Geografia
dc.subject.cnpqCiências Humanas - Geografia
dc.subject.keywordsDecoloniality
dc.subject.keywordsDomestic Work
dc.subject.keywordsFeminist Geographies
dc.subject.keywordsIntersectionality
dc.titleA Casa Como Lugar de Poder e (Des)Afetos: o sentido do trabalho para as trabalhadoras domésticas
dc.title.alternativeCosta. The Private Household as a Place of Power and (Dis)Affections: the meaning of work for domestic workers
dc.typeTese
dcterms.educationLevelDoutorado
dcterms.provenanceCentro de Ciências Exatas

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