Avaliação de metais envolvidos na resistência à insulina em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico
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Pedro, Eliel Marcio
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Resumo
Resumo: A exposição por elementos químicos presentes no ambiente pode afetar a saúde humana de formas distintas Os metais contribuem para o surgimento de doenças autoimunes, inclusive o lúpus eritematoso sistêmico (LES), doença autoimune inflamatória crônica de origem multifatorial Estudos têm demonstrado que os oligoelementos, como o zinco e o cobre, podem ajudar a manter a função ideal do sistema imunológico e desempenham mecanismos fisiológicos e bioquímicos essenciais à vida, enquanto os metais tóxicos, como o chumbo, podem aumentar a autoimunidade sistêmica No entanto, o consumo ou a exposição elevada a determinados elementos pode desencadear eventos patológicos Nesse aspecto, o biomonitoramento humano tem sido utilizado para avaliar a exposição por produtos químicos ambientais O presente estudo teve como objetivo avaliar a relação entre a concentração sérica de lítio (Li), vanádio (V), cobre (Cu), cobalto (Co), zinco (Zn), molibdênio (Mo), cádmio (Cd), chumbo (Pb) e ferro (Fe) e o diagnóstico de LES, a atividade da doença medida pelo índice de atividade da doença de LES (SLEDAI) e a resistência à insulina (RI) Este estudo de caso-controle, transversal, incluiu 225 pacientes, 12 controles saudáveis e 15 pacientes com LES As amostras de soro diluídas 1:2 em HNO3 1% foram filtradas em membranas hidrofílicas ester de celulose ,22 µm e os metais Li, V, Co, Cu, Zn, Mo, Cd e Pb quantificados pelo método de espectrômetro de massas ICP-MS O Fe, a glicose e a creatinina foram mensurados por autoanalisador bioquímico A insulina foi quantificada por imunoensaio de micropartículas com quimioluminescência A proteína C reativa, os complementos séricos C3 e C4, por nefelometria Os anticorpos contra o DNA de dupla fita (anti-dsDNA) foram quantificados por ensaio imunoenzimático (ELISA) Foi utilizada a análise das componentes principais (ACP) e análise hierárquica de agrupamento (HCA) Odds ratio (OR), intervalo de confiança (IC) de 95% foram calculados; a significância estatística foi definida como p<,5 As componentes principais (CP) explicaram a variância dos dados em 24,1% para CP1, 16,3% para CP2 e 12,9% na CP3, formando os agrupamentos correspondentes nos dois grupos analisados (LES e controle), fato que indica que fatores intrínsecos afetam o perfil dos elementos químicos Concentrações séricas de V (p <,1), Zn (p<,1) e Pb (p<,1) foram menores e Mo (p<,1) e Li (p<,1) foram maiores em pacientes com LES O diagnóstico de LES foi associado com maior concentração de Li sérica (p<,1) e menor V (p<,1), Zn (p=,3) e Pb (p=,2) Metais tóxicos e oligoelementos não foram associados à atividade da doença Os níveis de Cd foram maiores em pacientes com RI (p=,42) Não houve associação significativa entre RI e os outros metais As análises de ACP e as análises estatísticas indicaram existir características distintas no comportamento de alguns metais entre os grupos LES e controle Os resultados indicam que os pacientes com LES têm diferentes perfis de oligoelementos e metais tóxicos em comparação com controles saudáveis Embora alguns metais e oligoelementos tóxicos tenham sido associados ao diagnóstico de LES, eles não tiveram efeito sobre a atividade da doença e a RI
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Palavras-chave
Química ambiental, Metais, Toxicologia, Doenças autoimunes, Lúpus eritematoso sistêmico, Environmental chemistry, Metals, Lupus erythematosus, Systemic, Toxicology