Pós-colheita de cultivares tardias de pêssegos submetidas ao condicionamento térmico
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Neves, Leandro Timoni Buchdid Camargo
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Resumo
Resumo: Este trabalho foi desenvolvido com o propósito de avaliar a eficiência do condicionamento térmico, durante o armazenamento refrigerado, quanto a manifestação de danos fisiológicos em pêssegos de cultivares tardias O trabalho foi realizado em duas safras (22/3 e 23/24), utilizando pêssegos de polpas amareladas (Maciel, Flordagrande e Peach) e de polpas brancas (Chimarrita, Marli e Chiripá) Os frutos, colhidos fisiologicamente maturos, foram adquiridos em propriedade agrícola localizada no município de Arroio dos Ratos/RS Na preparação dos tratamentos, os frutos foram expostos a temperatura de 2ºC e 75 ± 3% de UR, em BOD, durante , 24 e 48 horas Após, os frutos foram acondicionados em câmara frigorífica a ± ,5ºC e 92 ± 3% de UR, por 28 dias Os frutos foram avaliados quanto a firmeza de polpa, perda de massa fresca, rendimento de suco, curva da quantidade de suco versus firmeza de polpa, sólidos solúveis, acidez titulável e teor de fenóis, presença de podridões e atividade das enzimas polifenoloxidase, poligacturonase e pectinametilesterase As análises, executadas de quatro a seis horas após a retirada dos frutos do armazenamento refrigerado, foram realizadas no momento da colheita (dia um), após um dia do tratamento térmico e, aos sete, 14, 21 e 28 dias, analisando também dois dias após os mesmos (simulação de comercialização, ou seja, 7+2, 14+2, 21+2 e 28+2 dias) Ao final, verificou-se que os pêssegos de polpa amarelada não apresentaram qualquer sintoma fisiopático Os frutos de polpa branca, não submetidos ao condicionamento térmico, desenvolveram lanosidade e/ou retenção de firmeza, e o escurecimento da polpa Observou-se que o condicionamento térmico por 48 horas proporcionou avanço excessivo no estádio de amadurecimento dos frutos O comportamento enzimático demostrou que os pêssegos de polpa amarelada apresentaram diminuição da atividade da enzima pectinametilesterase e gradativo aumento na atividade da enzima poligalacturonas Nos pêssegos condicionados de polpa branca, a poligalacturonase manteve a atividade elevada em relação a atividade da pectinametilesterase Entretanto, nas testemunhas das cultivares de polpa branca, exeto na cultivar Chiripá, a enzima pectinametilesterase manteve-se superior a atividade da enzima poligalacturonase, desencadeando assim, o desenvolvimento da lanosidade Os frutos da cultivar Chiripá, apesar de apresentarem elevada atividade da pectinametilesterase, quase não apresentaram atividade da poligalacturonase Nesses frutos, a firmeza de polpa também manteve-se acima de 3 Newtons e a perda de massa fresca foi maior do que as demais cultivares de polpa branca Nos frutos que apresentaram escurecimento da polpa, a atividade da polifenoloxidase e o conteúdo de fenóis foram maiores que nos frutos normais, comprovando a relação desses compostos na manifestação dessa desordem fisiológica Nas análises de sólidos solúveis e acidez titulável, os resultados comprovaram que os frutos de polpa branca submetidos ao condicionamento térmico por 24 horas, apresentaram-se em estádio menos avançado de amadurecimento que os demais Portanto, o condicionamento térmico a 2ºC, durante 24 horas, antes do armazenamento refrigerado, pode ser utilizado no controle dos distúrbios fisiológicos em pêssegos tardios de polpa branca, sem afetar a qualidade desses frutos Nos pêssegos de polpa amarelada, o benefício do condicionamento não foi observado
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Palavras-chave
Pêssego, Fisiologia pós-colheita, Pêssego, Armazenamento, Pêssego, Peach - Postharvest physiology, Peach - Storage, Peach - Conservation