Produção de linhagens duplo-haploides em milho superdoce com o uso de indutores CIM2GTAIL’s
Data
2024-08-30
Autores
Duarte, Iran de Azevedo
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Resumo
A tecnologia de duplo-haploides (DH) está bem estabelecida em ambiente temperado, mas a sua adoção ainda é limitada em ambientes tropicais e em milhos especiais como o milho superdoce, pois ainda necessitam de indutores de haploidia adaptados. Neste contexto, o Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo desenvolveu linhagens indutoras de segunda geração (CIM2GTAIL’s) para licenciamento e uso em ambientes (sub) tropicais. Adicionalmente, a identificação e adequação de métodos mais eficazes na duplicação cromossômica em ambientes tropicais são fundamentais para otimizar a obtenção das linhagens DH’s. Os objetivos foram: a) determinar o potencial adaptativo e reprodutivo de três linhagens indutoras CIM2GTAIL’s e suas três combinações híbridas, em diferentes anos e épocas de semeadura no Brasil; b) estimar o potencial de indução de seis indutores sobre oito populações de milho superdoce tropical; c) identificar a ocorrência de interação indutor x população para taxas de indução em milho superdoce; d) comparar a eficácia de três métodos de duplicação cromossômica, que empregam solução de colchicina, para produção de linhagens DH’s em populações de milho superdoce. Seis indutores e dois híbridos comerciais precoces, com ampla adaptação no Brasil, foram avaliados para 20 características agronômicas, em seis experimentos, instalados em blocos completamente casualizados, com três repetições, empregando parcelas de quatro fileiras de 4,0 m, no espaçamento 0,8 m x 0,2 m, em diferentes anos e épocas de semeadura. Foram realizados cruzamentos entre estes seis genótipos indutores CIM2GTAIL’s e oito populações de milho superdoce, visando estimar as taxas de indução, com base nas frequências de haploides e diploides, identificados pelas marcações típicas do gene R1-nj nas sementes e pelo tipo de coloração da primeira bainha foliar das plântulas. As plântulas originadas de sementes haploides foram tratadas empregando três métodos de duplicação cromossômica, utilizando soluções de colchicina e um controle negativo, para avaliar as taxas de sobrevivência (TS), taxa de reprodução (TR) e taxa de sucesso geral (TSG). A taxa média de indução real sobre as oito populações doadoras variou de 9,5% a 13,2%, com destaques para CIM2GTAIL-P1 e para a combinação CIM2GTAIL-P1 x CIM2GTAIL-P3. Apesar de ter sido observada interação indutor x população doadora, as melhores taxas de indução sobre as populações ocorreram empregando a linhagem CIM2GTAIL-P1. Os genótipos indutores apresentaram adaptação para a início da safra de milho, com baixa adaptação em semeaduras tardias ou de segunda safra, quando os estresses ambientais e epidemiológicos foram mais acentuados. Houve superioridade adaptativa dos indutores F1’s sobre os indutores per se. O método de imersão de plântulas apresentou a menor TS e a maior frequência de espigas DH’s com mais de 26 sementes. Os métodos de injeção e imersão de plântula tiveram TR superiores aos demais métodos. Os métodos de injeção e imersão de raízes apresentaram as melhores estimativas TSG e produziram maior número de linhagens DH’s.
Descrição
Palavras-chave
Zea mays L. var. saccharata, Indução à haploidia, Maternal, Gene R1-nj, Duplicação cromossômica, Colchicina