04 - Graduação - Ciências Biológicas
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Navegando 04 - Graduação - Ciências Biológicas por Assunto "Atlantic Forest"
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Item Definição de parâmetros acústicos para descrição de vocalizações de morcegos insetívoros (Chiroptera: Mammalia)(2025-02-17) Gomes, Laís Corrêa Guimarães; Lima, Marcos Robalinho; dos Anjos, Luiz; Farneda, Fábio Zanella; Otálora-Ardila, AídaOs quirópteros desempenham inúmeras funções no ecossistema. Por exemplo, os morcegos insetívoros, contribuem diretamente no controle de populações de insetos e herbivoria. Apesar da alta riqueza dos morcegos insetívoros em ambientes Neotropicais, são um grupo sub-representado no monitoramento da biodiversidade. Devido às habilidades sensoriais refinadas de ecolocalização, eles raramente são capturados em redes de neblina. A utilização de métodos complementares, como o monitoramento acústico, aumenta a probabilidade de obter informações sobre a presença e atividade de morcegos insetívoros. Esse trabalho se propôs a criar uma biblioteca acústica para os morcegos insetívoros em locais do sítio PELD-MANP, que incluem sítios de restauração e fragmentos florestais dentro da Mata Atlântica. No total, foram encontradas 13 espécies e 4 sonotipos (termo utilizado para quando não é possível a identificação precisa da espécie) das famílias Molossidae e Vespertilionidae. Para a família Molossidae foram identificadas espécies e sonotipos dos gêneros Eumops (E. glaucinus, E. perotis e um sonotipo), Molossops (M. temminckii), Cynomops (um sonotipo), Molossus (M. Molossus e M. rufus) e o sonotipo Nyctinomops/Tadarida (N. laticaudatus/T. brasiliensis). No caso da família Vespertilionidae, dos gêneros Neoeptesicus (N. brasiliensis e N. furinalis), Lasiurus (L. blossevillii e L. villosissimus) e Myotis (M. albescens, M. lavali, M. nigricans, M. riparius e um sonotipo). Para todas as espécies e sonotipos identificados se apresenta a descrição de parâmetros de tempo, frequência e estrutura do pulso, além da apresentação de sonogramas e oscilogramas. Esses dados serão disponibilizados na forma de biblioteca acústica online e aberta no repositório do Laboratório de Ecologia Evolutiva e Conservação, tornando-se referência para o sítio PELD-MANP e locais de Floresta Estadual Semidecidual, contribuindo para o aprofundamento dos estudos de quirópteros e consequentemente para trabalhos de manejo e conservação dessas espécies.Item Riqueza e composição de aves associadas a agrupamentos de bambu no Parque Nacional do Iguaçu.(2024-05-09) Bortolloti, Matheus Eduardo; Anjos, Luiz dos; Araújo, Carlos Barros de; Birindelli, José Luís OlivanOs bambus, conhecidos por seu ciclo de vida peculiar, são importantes componentes dos ecossistemas tropicais, incluindo a Mata Atlântica. Em várias regiões tropicais do mundo aves dependem de agrupamentos de bambu, especialmente espécies consideradas especialistas para esse micro-habitat. Neste estudo focamos na riqueza e composição das comunidades de aves associadas a agrupamentos de bambu no Parque Nacional de Foz do Iguaçu (PNI) usando gravadores autônomos durante as diferentes fases reprodutivas (floração, frutificação inicial e frutificação final) da espécie de bambu Guadua trinii, a qual frutifica apenas a cada trinta anos. Nossos resultados revelaram que a riqueza não variou entre as áreas de bambu em seus diferentes estágios de reprodução e as respectivas áreas controle. Porém, a composição das comunidades de aves foi significativamente diferente entre as áreas com bambu e controle. As famílias Tyrannidae, Thraupidae e Furnariidae foram as mais representadas nas áreas de bambu. Na verdade, 59% das espécies de Tyrannidae, 52% de Thraupidae e 40% das espécies de Furnariidae do PNI foram registradas nas áreas de bambu. Nossos dados sugerem que que várias espécies não associadas a bambus pela literatura devam ser incluídas nesse hall, como Arremon flavirostris, Crax fasciolata e Tolmomyias sulphurescens. A espécie Paraclaravis geoffroyi especialista em sementes de bambu não foi registrada neste estudo, o que pode significar que ela esteja extinta localmente. A conservação desses habitats é crucial e urgente, especialmente para aves especialistas em sementes de bambu.Item Riqueza e diversidade funcional prevista e observada de aves em três tipos de floresta na Mata Atlântica do sul do Brasil(2025-02-17) Rodrigues, Gabriely Maciel; Anjos, Luiz dos; Farneda, Fábio Zanella; Birindelli, José Luís OlivanA Mata Atlântica é um dos biomas mais biodiversos do mundo e o segundo com maior número de espécies de aves no Brasil. No sul do país, variações em altitude, temperatura e precipitação criam um gradiente ambiental que forma três tipos florestais: floresta ombrófila densa, floresta ombrófila mista e floresta estacional semidecidual. Cada formação reflete condições climáticas e ambientais específicas, influenciando diretamente a riqueza e a diversidade funcional das comunidades de aves. Estudos sobre essas comunidades utilizando abordagens tradicionais geralmente não consideram diferenças funcionais entre as espécies, limitando a compreensão de seu funcionamento ecológico. Abordagens baseadas na diversidade funcional, por outro lado, integram os papéis ecológicos das espécies e permitem uma análise mais abrangente de suas interações e funções nos ecossistemas. No entanto, estudos que investiguem comunidades de aves sob a perspectiva funcional ao longo de gradientes ambientais naturais são pouco explorados. Dessa forma, este estudo comparou a riqueza e diversidade funcional de aves observadas em campo por meio do método de pontos de escuta, com lista espécies previstas geradas a partir de dados do BirdLife, para os três tipos florestais. Os resultados revelaram que as comunidades de aves amostradas e previstas diferem quanto à riqueza e dispersão funcional. A floresta ombrófila densa apresentou a maior riqueza de espécies (209) e a maior diversidade funcional (FRic observado representando 68,8% do total previsto), refletindo a heterogeneidade ambiental desse habitat. A floresta ombrófila mista, por outro lado, mostrou a menor diversidade funcional (56,45%), devido às baixas temperaturas, que atuam como um filtro ambiental, favorecendo espécies com traços similares, enquanto a floresta estacional semidecidual exibiu um padrão intermediário (62,21%), sugerindo que ambientes mais heterogêneos sustentam maior diversidade funcional.