Navegando por Autor "Souza, Marcos Antonio de"
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Item Agroindústria canavieira e dinâmica territorial no norte do ParanáSouza, Marcos Antonio de; Paulino, Eliane Tomiasi [Orientador]; Oliveira, Ariovaldo Umbelino de; Antonello, Ideni TerezinhaResumo: Nas ultimas três décadas vem ocorrendo no espaço agrário brasileiro uma vertiginosa expansão do setor sucro alcooleiro Esta expansão tem sido motivada primeiramente pela implementação do Proálcool em 1975, programa este que teve três fases distintas, cada qual influenciando os níveis da produção ao longo das últimas décadas Nesse contexto, a primeira destas fases, ocorrida entre 1975-1979,é marcada por um período de crescimento moderado da produção canavieira, onde o modelo subvencionista estatal era um imperativo para a viabilidade econômica do setor Posteriormente, o Proácool teve seu apogeu durante o período subseqüente,compreendido entre 1979-1986, quando se registrou o ápice da produção nacional de veículos movidos a etanol No entanto, no período que vai do final da década de198, abrangendo toda a década de 199 é caracterizada por um período de estagnação do setor sucroalcooleiro com vistas a produção de agrocombustíveis,marcado por um avanço da cana-de-açúcar voltado as exportações de açúcar Se oProálcool foi o grande impulsionador da canavicultura mercantil na década de 197,na atualidade este avanço se dá no âmbito da produção em larga escala deagrocombustíveis, além de uma valorização considerável no preço do açúcar no mercado internacional Como conseqüência desta expansão, se tem constatado a existência de uma série de impactos sócioespaciais, dentre os quais podemos destacar a concentração fundiária, inerente ao processo de territorialização dacanavicultura mercantil, além da presença cada vez mais marcante das disputas territoriais travadas entre a cana-de-açúcar e os cultivos alimentares, fato este que tem significado uma das principais ameaças à soberania alimentar, num contexto conjuntural favorável a agricultura capitalista em detrimento da produção alimentíciaNão obstante, há ainda uma precarização das relações de trabalho, expressa na superexploração do cortador de cana, realidade esta que contradiz com os altos níveis de rentabilidade auferidos pelo agronegócio sucroalcooleiro Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é analisar a dinâmica territorial e geoeconômica da agroindústria sucroalcooleira, mais especificamente no que tange aos seus impactos socioambientais, realizando para tanto, um estudo de caso em municípios canavieiros do Médio Paranapanema, na porção setentrional do Paraná, que concentra cerca de 93% da produção estadual de cana-de-açúcarItem Desdobramentos da territorialização do setor sucroenergético no estado do ParanáSouza, Marcos Antonio de; Paulino, Eliane Tomiasi [Orientador]; Oliveira, Ariovaldo Umbelino de; Thomaz Junior, Antônio; Fraga, Nilson César; Camara, Márcia Regina Gabardo daResumo: Partindo-se da premissa de que a crescente expansão do setor canavieiro após a década de 197 e mais recentemente, durante a primeira década do século XXI, provocou uma série de impactos socioambientais no espaço agrário brasileiro, este trabalho objetiva apresentar os desdobramentos da reprodução do capital sucroenergético, tendo como recorte geográfico o estado do Paraná Para tanto, se apoia metodologicamente na revisão bibliográfica especializada, assim como na utilização de bases de dados de diversas instituições e nas verificações empíricas na territorialidade do setor sucroenergético paranaense, para empreender a análise dialética dos arranjos socioespaciais dos municípios canavieiros do estado do Paraná Não obstante, se pauta numa análise onde o formato e estrutura da produção canavieira, fundamentada na agricultura capitalista, estão associados aos referidos impactos socioambientais, sendo o Estado considerado o comando político do capital, que tem buscado historicamente salvaguardar os interesses das classes dominantes, assumindo assim o papel de potencializador da eficiência dessas classes em extrair a renda fundiária, financiando e subsidiando todas as etapas do processo produtivo, executando políticas territoriais e atuando no sentido de viabilizar a continuidade da conjuntura favorável para a acumulação capitalista Se o formato e estrutura da produção sucroenergética assentado no modus operandi da agropecuária capitalista não possui a eficiência produtiva sustentada pelos seus defensores, comprovada nas históricas oscilações de apogeus e crises, constata-se que o conjunto da sociedade tem arcado em ritmo crescente na viabilização dessa produção Neste sentido, como consequência do processo de territorialização dos monopólios do setor sucroenergético, tem persistido a concentração fundiária, além da presença cada vez mais marcante das disputas territoriais travadas entre a cana-de-açúcar, os demais cultivos da agropecuária capitalista e os cultivos alimentares, além da precarização das relações de trabalho, expressa na superexploração do cortador de cana, realidade esta que contradiz com os altos níveis de rentabilidade auferidos pelo setor sucroenergético, assim como a disponibilidade tecnológica da contemporaneidade