Navegando por Autor "Rodrigues, Renne [Coorientador]"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Análise dos fatores ocupacionais associados ao estresse e à qualidade do sono em agentes de segurança penitenciáriaGonçalves, Soraya Geha; Mesas, Arthur Eumann [Orientador]; Nunes, Elisabete de Fátima Polo de Almeida; Guidoni, Camilo Molino; Ballester, Dinarte Alexandre Prietto; Birolim, Marcela Maria; Rodrigues, Renne [Coorientador]Resumo: Os Agentes de Segurança Penitenciária (ASP) são os trabalhadores responsáveis pela gestão e operação das penitenciárias, sofrendo com os problemas do sistema penitenciário, como superlotação e dificuldades de implementar políticas adequadas à ressocialização das pessoas privadas de liberdade Como consequência, esses trabalhadores são expostos a condições de trabalho inadequadas, que podem resultar em problemas como estresse ocupacional e má qualidade do sono Em razão da importância desses profissionais para o sistema penitenciário e dos possíveis impactos das condições de trabalho sobre a saúde destes, a presente tese teve como objetivo analisar a associação entre as condições de trabalho com o estresse ocupacional e a qualidade do sono em ASP Trata-se de um estudo de corte transversal realizado com ASP do sexo masculino atuantes em quatro penitenciárias do Estado de São Paulo, no período de janeiro a agosto de 219 O estresse ocupacional, obtido por meio do Swedish Demand-Control-Support Questionnaire (DCSQ), e a pior qualidade do sono, obtida pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI) > 5 pontos, constituíram desfechos analisados em estudos independentes em relação às variáveis ocupacionais O trabalho de alta exigência foi identificado em 24,3% dos 321 ASP incluídos no primeiro estudo Análises ajustadas demonstraram maior chance para o trabalho de alta exigência: turno diarista (ORaj= 5,; IC 95%: 1,65 – 15,13) e vontade de mudar de profissão (ORaj= 3,75; IC 95%: 1,56 – 9,3) e maior chance para o trabalho ativo: turno diarista (ORaj= 8,19; IC 95%: 2,93 – 22,9) e maiores exigências mentais (ORaj= 4,82; IC 95%: 1,6 – 14,47) A pior qualidade do sono foi observada em 57,8% dos 256 ASP incluídos no segundo estudo, associando-se, em análises ajustadas, a maiores exigências mentais (ORaj= 3,1; IC 95%: 1,4 – 6,85), à insatisfação profissional (ORaj= 4,52; IC 95%: 1,32 – 15,46), à dificuldade para deixar de pensar no trabalho durante o tempo livre (ORaj= 5,13; IC 95%: 1,26 – 2,78) e com a vontade de mudar de profissão (ORaj= 3,2; IC 95% 1,53 – 6,71) Com base nos resultados encontrados, é possível verificar que o ambiente laboral dos ASP, seja pelas condições ou pela organização do processo de trabalho, aumentam as chances da associação com estresse ocupacional e pior qualidade do sono Desta forma, constata-se a necessidade de estratégias organizacionais e estruturais que possam contribuir para amenizar os principais fatores ocupacionais relacionadas a alta demanda do trabalho, assim como a implantação de programas para a promoção da qualidade do sono, visando saúde e bem-estar dos ASP e garantia de segurança para o processo de trabalhoItem Associação entre autorrelato de consumo alimentar e qualidade subjetiva do sono em motoristas de transporte de cargas em uma cidade do norte do ParanáPaviani, Leticia; Durán González, Alberto [Orientador]; Girotto, Edmarlon; Rumiatto, Anne Cristine; Rodrigues, Renne [Coorientador]Resumo: O sono exerce funções cruciais no organismo, atuando na homeostase e manutenção das atividades físicas e cognitivas Diversos fatores podem interferir na qualidade do sono, incluindo do padrão de consumo alimentar Uma vez que tal associação apresenta peculiaridades para cada população, e pode ser sensível a questões ocupacionais, como o tempo disponível para alimentação e disponibilidade alimentar, faz-se necessário avaliar se existe associação entre a alimentação e a qualidade de sono, especialmente em trabalhadores de turno, como motoristas de caminhão O presente estudo visou investigar a associação entre o consumo alimentar autorrelatado e a qualidade de sono de motoristas de caminhão em uma cidade do sul do Brasil Trata-se de um estudo transversal, para avaliar a qualidade subjetiva de sono e a qualidade da alimentação, por meio de um questionário de frequência alimentar autorrelatado de motoristas de caminhão e por meio do Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI) A coleta se deu no período vespertino, em dias úteis, entre fevereiro à maio de 221, em locais de passagem de caminhoneiros Após a coleta, os dados foram processados utilizando o software Statistical Package for Social Science (SPSS) A variável dependente (pontuação contínua no PSQI) foi cruzada com a variável independente (consumo alimentar autorrelatado) em modelos ajustados por fatores de confusão, por meio de regressão linear para obtenção do valor de beta (ß) Foi avaliado, ainda, a frequência de consumo de alimentos ricos em triptofano, por meio de uma variável síntese, e sua associação com a qualidade subjetiva de sono (PSQI, em escala contínua) Foram analisados dados de 352 motoristas de caminhão, com média de idade de 48,4 anos (±11,6) A maioria dos motoristas eram do sexo masculino e foram identificados com sobrepeso ou obesidade Menor escore no PSQI foi identificado para aqueles indivíduos que relataram ingesta frequente de laticínios (Betaaj: -,726 p-valor: ,1 e frutas (Betaaj: -,352 p-valor: ,39) O consumo de bebidas energéticas se associou com maior pontuação no PSQI (,951 p-valor ,1) O consumo dietético de triptofano não se associou com a qualidade do sono Portanto, pode-se observar que o consumo frequente de frutas e laticínios esteve associado a melhor qualidade do sono, enquanto o consumo frequente de bebidas energéticas se associou com a pior qualidade do sonoItem Insatisfação no trabalho e transtorno mental comum em agentes de segurança penitenciária do estado de São PauloBravo, Daiane Suele; Mesas, Arthur Eumann [Orientador]; Guidoni, Camilo Molino; Girotto, Edmarlon; Melanda, Francine Nesello; Haddad, Maria do Carmo Fernandez Lourenço; Rodrigues, Renne [Coorientador]Resumo: Introdução: O trabalho do agente de segurança penitenciária (ASP) no interior do cárcere caracteriza-se pela exposição a situações de perigo, intimidações e distanciamento social durante a jornada laboral, além da condição de estar em contínuo alerta devido ao risco de rebeliões e de outras incidências Objetivo: Analisar os fatores ocupacionais associados aos transtornos mentais comuns (TMC) e à insatisfação no trabalho (IT) em ASP Métodos: Os estudos que compõem esta tese fazem parte do projeto de pesquisa “AGEPEN: Condições de Trabalho, Saúde Mental e Sono em Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo” Para mensurar a presença de TMC, utilizou-se o instrumento Self-Reporting Questionnaire (SRQ-2), com ponto de corte =7 para indicativo de TMC A IT foi mensurada por meio do instrumento Occupational Stress Indicator (OSI), empregando o percentil 75 para identificar insatisfação (=78 pontos) As associações entre as variáveis ocupacionais com TMC e IT foram analisadas separadamente por meio de modelos de regressão logística binária para obtenção da odds ratio (OR) e respectivos intervalos de confiança (IC) a 95% ajustadas pelos principais fatores de confusão Resultados: A análise dos fatores associados ao TMC incluiu 331 ASP, entre os quais 33,5% apresentaram TMC A presença de TMC entre os ASP se associou com a pior percepção sobre as condições de trabalho (OR: 2,67; IC 95%: 1,19 - 6,5; p=,18), ter sofrido insulto (OR: 4,7; IC95%: 1,76 - 9,41; p<,1) e assédio moral (OR: 8,1; IC95%: 2,42 - 26,52; p<,1), nos últimos 12 meses Nas análises dos fatores associados à IT, 27,2% dos 31 ASP apresentaram IT Verificou-se que a IT entre os ASP se associou com pior percepção sobre as condições de trabalho (OR: 3,19; IC95%: 1,64 - 6,2; p<,1), ter sofrido insulto (OR: 2,38; IC95%: 1,27 - 4,47; p=,7), assédio moral (OR: 4,18; IC95%: 1,61 - 1,86; p=,3) nos últimos 12 meses, pensar em mudar de profissão (OR: 2,41; IC95%: 1,2 - 4,83; p=,13) e TMC (OR: 2,22; IC 95%: 1,18 - 4,2; p=,14) Conclusão: Os transtornos mentais comuns e a insatisfação no trabalho afetam um a cada quatro agentes de segurança penitenciária Piores condições do ambiente de trabalho, sofrer insultos e assédio moral se associaram com as presenças de TMC e de IT Adicionalmente, a IT se associou com pensar em mudar de profissão Embora os ASP trabalhem em um ambiente periculoso e inseguro, foram variáveis relacionadas ao ambiente físico e às violências psicológicas que se associaram com TMC e com IT, e não variáveis relacionadas às violências físicas ou à maior proximidade com os apenados Dado que tanto os TMC quanto a IT podem impactar a saúde mental desses trabalhadores, considera-se de fundamental importância o desenvolvimento de estratégias que visem reduzir a violência psicológica sofrida pelos ASP no interior do cárcere