Navegando por Autor "Rodrigues, Antenor Luiz Lima"
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Item Avaliação, reabilitação e sobrevida na doença pulmonar obstrutiva cronicaRodrigues, Antenor Luiz Lima; Pitta, Fábio de Oliveira [Orientador]; Mantoani, Leandro Cruz; Camillo, Carlos Augusto; Buzzachera, Cosme Franklin; Teixeira, Denilson de CastroResumo: Introdução: A presente tese de doutorado tem o objetivo de contribuir cientificamente para: o aprimoramento de estratégias para a suspeição/diagnóstico da fraqueza dos músculos inspiratórios; elucidar o padrão de ativação e oxigenação dos músculos respiratórios, assim como do gasto energético e oferta de oxigênio sistêmica de pacientes com DPOC quando submetidos a situações de sobrecarga; avaliar se a sobreposição da DPOC e da asma (ie, ACO: asma-COPD overlap) modifica os efeitos de um programa de treinamento físico em termos de qualidade de vida, estado funcional, sintomas de ansiedade e depressão, impacto da dispneia durante atividades de vida diária e capacidade de exercício quando comparados a sujeitos com DPOC sem a sobreposição de asma; e identificar estatisticamente grupos de pacientes com DPOC que apresentem maior associação com a incidência de óbito em dois anos Métodos: Quatro estudos foram desenvolvidos e são apresentados nesta tese No primeiro estudo o impacto do uso de diferentes equações de predição para força muscular inspiratória na suspeição/diagnóstico de fraqueza muscular inspiratória foi investigado No segundo estudo, durantes dois tipos de sobrecarga, a ativação e a oxigenação dos músculos respiratórios e o gasto energético e oferta sistêmica de oxigênio de sujeitos com DPOC foram investigadas No terceiro estudo os efeitos de um programa de treinamento físico de alta intensidade (>6% da capacidade máxima de exercício) sobre a qualidade de vida, estado funcional, sintomas de ansiedade e depressão, impacto da dispneia durante atividades de vida diária e capacidade de exercício foram comparados em sujeitos apresentando somente DPOC e pacientes apresentando ACO No quarto estudo, fatores que previamente demonstraram ser associados com mortalidade em pacientes com DPOC foram utilizados para agrupar pacientes com DPOC por meio da análise de k-means e a associação entre ser alocado nos diferentes grupos e o óbito em dois anos foi analisada Resultados: O primeiro estudo mostrou que o uso de diferentes equações de referência disponíveis na literatura impacta de maneira importante na suspeição/diagnóstico de fraqueza muscular inspiratória O segundo estudo mostrou que o diafragma e os músculos inspiratórios “não-diafragmáticos” são recrutados quando a demanda ventilatória é aumentada; no entanto, os outros músculos inspiratórios parecem ser utilizados como uma reserva quando o diafragma tem sua capacidade de gerar força limitada O terceiro estudo mostrou que os efeitos de um programa de treinamento físico de alta intensidade são similares em pacientes com DPOC e naqueles com ACO Finalmente, o quarto estudo mostrou que a análise de K-means foi capaz de identificar um grupo de indivíduos com DPOC com maior chance de óbito Conclusão: Os artigos científicos apresentados nesta tese mostram que: 1) a suspeição/diagnóstico de fraqueza muscular inspiratória pode variar dependo da equação de referência utilizada; 2) apesar de tanto o diafragma quanto os músculos inspiratórios “não-diafragmáticos” serem recrutados quando a demanda ventilatória é aumentada, os outros músculos parecem ser utilizados como uma reserva para auxiliar quando o diafragma tem sua capacidade de gerar força limitada; 3) O treinamento físico de alta intensidade promove benefícios similares sobre a qualidade de vida, estado funcional, sintomas de ansiedade e depressão, impacto da dispneia durante atividades de vida diária e capacidade de exercício em indivíduos com DPOC e com ACO; e 4) grupos de indivíduos com DPOC com maior risco de óbito podem ser identificados por meio da utilização da análise de k-meansItem Teste de caminhada de seis minutos como recurso para prescrição de treinamento físico de alta intensidade em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônicaRodrigues, Antenor Luiz Lima; Pitta, Fábio de Oliveira [Orientador]; Guedes, Dartagnan Pinto; Yamaguti, Wellington Pereira dos SantosResumo: Objetivo: Avaliar a aplicabilidade do Teste de Caminhada de Seis Minutos (6MWTmin) para a prescrição de intensidade de exercício de acordo com recomendações internacionais para pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Métodos: Pacientes com DPOC (n= 27) foram avaliados quanto à função pulmonar (espirometria), capacidade de exercício (TC6min e Incremental Shuttle Walking Test [ISWT]), sensação de dispneia na vida diária (Medical Research Council scale [MRC]), composição corporal (bioimpedância elétrica), e força muscular inspiratória (pressão inspiratória máxima [PImax]) pré e pós um programa de treinamento físico (TF) com duração de 12 semanas e frequência de 3 vezes por semana Os critérios adotados no estudo foram os seguintes: critério baseado no TC6min (TC6minC): = 75% da velocidade média do TC6min (TC6minVM); critério baseado nas recomendações da ATS/ERS (ISWTC): = 6% da velocidade do último estágio atingido no ISWT (ISWTV) Resultados: Treze (48%) pacientes cumpriram o TC6minC e o ISWTC, e dez (4%) cumpriram o BorgC na primeira semana do TF O TC6min mostrou boa performance diagnóstica (valores preditivos positivos e negativos de ,69 e ,71, respectivamente, e acurácia de ,7), boa reprodutibilidade (CCI ,7, 95%IC ,45-,85) e moderada concordância (k ,41, 95%CI ,13-,67) para determinar treinamento físico de alta intensidade de acordo com recomendações internacionais (ISWTC) Comparações entre os pacientes nos quais o TC6minC e o ISWTC concordaram (GC) versus pacientes nos quais os critérios não concordaram (GNC) na primeira semana de TF revelaram que o GC apresentou maior velocidade (3,9 ± 2,1 vs 3, ± ,74 km/h; P= ,1), maior %TC6minVM (77 [76 - 86] vs 74 [62 - 75]; P< ,1), maior %ISWTV (7 ± 4 vs 52 ± 1; P< ,1) e maior relação 6MWTVM/ISWTV (,87 ± ,8 vs ,7 ± ,9; P=,4) Adicionalmente, pacientes nos quais 75% da TC6minvm era maior ou igual que 6% da ISWTv foram comparados com os casos que 75% da TC6minVM era menor que 6% da ISWTV Esses resultados mostraram pior função pulmonar (CVF 65 ± 13 vs 82 ± 2; VEF1 45 [31 - 55] vs 61 [44 - 69] %predito, P< 5 para todos), maior sensação de dispneia na vida diária (4 [3-4] vs 2,5 [2-4], pontos na escala MRC; P= ,4), menor ISWT (379 ± 1 vs 516 ± 27, m, P= 3) e maior relação 6MWTVM/ISWTV (89 ± 6 vs 72 ± 5 P< ,1) para o grupo no qual 75% da TC6minVM era igual ou maior que 6% da ISWTV Após TF os pacientes apresentaram aumento da capacidade de exercício (6MWT pré vs pós TF: 464 ± 7,4 vs 56 ± 85 m; P= ,3; e 86 ± 14 vs 94 ± 17 %predito; P= 3) Após TF, o grupo GNC teve maior aumento na velocidade em km/h do que o GC (66 [46 - 79] vs 28 [21 - 4] %?, P= 2), e em %ISWTV pós TF (63 [46 - 67] vs 27 [14 - 3] %?; P= ,1) Conclusão: O TC6min se mostrou uma ferramenta útil para a prescrição de treinamento de alta intensidade em pacientes com DPOC