Navegando por Autor "Oliveira, Luciana Fernandes de"
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Item Avaliação de biomarcadores no bivalve Anodontites trapesialis submetidos a testes in situ em um ribeirão antropizado(2024-05-09) Casoti, Raquel Rodrigues; Martinez, Claudia Buenos dos Reis; Rocha, Juliana Delatim Simonato; Oliveira, Luciana Fernandes deO Ribeirão Água das Araras – Cornélio Procópio/Santa Mariana, Paraná, Brasil, é uma fonte água para o abastecimento público. Apesar de sua importância, ao longo de seu percurso são observadas possíveis fontes de contaminação aquática, tais como a aplicação de agrotóxicos na agricultura, estações de tratamento de água próximas (ETA) e efluentes de estações de esgoto (ETE). Assim, este estudo avaliou biomarcadores em indivíduos do bivalve neotropical Anodontites trapesialis expostos a três locais deste ribeirão. Os espécimes foram coletados em um pesqueiro e divididos em cinco grupos amostrais (n = 8/grupo). O primeiro grupo foi amostrado no dia da coleta para a determinação dos parâmetros biológicos basais (TOCA). O segundo grupo foi exposto por sete dias apenas à água desclorada (CTR). Já os demais grupos foram confinados em gaiolas por uma semana nos seguintes locais: represa de uma propriedade agrícola (PA); corpo d’água anterior à uma estação e captação de água (PB); corpo d’água a jusante de uma ETE (PC). Após as exposições, os tecidos dos animais foram coletados para análises de biomarcadores de estresse oxidativo, concentração de glicose e concentrações iônicas. Observou-se variações nas defesas antioxidantes e diminuição nos danos oxidativos em PA, PB e PC quando comparados ao CTR, além de desvios na concentração iônica em todos os grupos em comparação ao CTR. Portanto, estes resultados podem sugerir a presença de contaminantes nos locais avaliados que levem a alterações na defesa antioxidante e no transporte iônico da espécie estudada.Item Efeitos de fungicidas, isolados e em mistura, para o teleósteo Prochilodus lineatus : biomarcadores genotóxicos, bioquímicos e fisiológicosSouza, Laura Fernanda Condota Borba de; Martinez, Cláudia Bueno dos Reis [Orientador]; Rocha, Juliana Delatim Simonato; Lauer, Mariana Machado; Oliveira, Luciana Fernandes de; Santos-Silva, Thais Graciano dosResumo: A presença de agrotóxicos no meio ambiente é alvo de diversos estudos ecotoxicológicos, principalmente relacionados aos efeitos promovidos pela presença de herbicidas e inseticidas em diferentes compartimentos ambientais Os fungicidas são compostos amplamente utilizados para o controle de pragas no Brasil e no mundo, porém, os efeitos adversos que estes podem provocar no meio ambiente ainda são pouco esclarecidos Os fungicidas azoxistrobina (AZX), carbendazim (CBZ) e tebuconazol (TBZ) têm se destacado como contaminantes comuns no ambiente aquático e são causadores de efeitos que podem interferir na qualidade de vida de diferentes organismos Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da exposição aguda a dois fungicidas isolados, o CBZ e TBZ e a mistura dos fungicidas CBZ, AZX e TBZ, para o peixe neotropical Prochilodus lineatus, por meio de diferentes biomarcadores, em período de 24h de exposição Desta forma, peixes juvenis foram colocados em aquários contendo água limpa (CTRL), concentrações de 5, 5 e 5 µg L-1, de cada fungicida isolado (CBZ5, CBZ5 e CBZ5 para o CBZ e TBZ5, TBZ5 e TBZ5 para o TBZ) e a uma mistura de fungicidas em concentrações intermediárias (1 µg L-1, de CBZ, TBZ e AZX) e ao solvente metanol (solvente de TBZ e AZX) Peixes também foram expostos à água de manancial do Rio Tibagi, onde já havia sido detectada a presença destes fungicidas Dos resultados obtidos, pode-se destacar que o CBZ promoveu a diminuição do hematócrito, aumento da glicemia e hipernatremia, aumento da defesa antioxidante com glutationa (GSH) no fígado e também aumento da atividade da acetilcolinesterase (AChE) em cérebroO TBZ foi responsável por desencadear aumento do hematócrito e no número de eritrócitos circulantes (RBC), hiperglicemia e aumento de íons plasmáticos, menor concentração de GSH hepática e aumento da atividade da glutationa-S-transferase (GST) hepática Ainda, promoveu peroxidação lipídica e aumento da atividade da anidrase carbônica branquial e de danos ao DNA em eritrócitos A análise de contaminantes da água de manancial mostrou a presença de agrotóxicos como AZX, os herbicidas atrazina e diuron e o inseticida imidacloprid, que também promoveram efeitos adversos, como aumento de íons plasmáticos, menor concentração de GSH hepática e aumento da AChE cerebral e muscular Já a mistura de fungicidas também se mostrou nociva para P lineatus, uma vez que promoveu aumento de hematócrito e da glicemia, alterações em íons plasmáticos, diminuição da concentração de GSH hepática e aumento na atividade de AChE de cérebro e músculo, bem como induziu ao aumento de danos ao DNA de eritrócitos Em conjunto, nossos resultados demonstram que os fungicidas isolados e em mistura são capazes de promover estresse oxidativo bem como desequilíbrio iônico e danos no DNA de P lineatus Deve-se ressaltar que estes fungicidas não estão presentes na legislação ambiental e que, devido às alterações significativas promovidas na espécie estudada após exposição aguda, reforçamos a sugestão de que estes sejam monitorados e estudados, para entendimento do seu comportamento no meio ambiente, principalmente em situações de exposições crônicasItem Metabolismo tecido-específico de benzo[a]pireno no peixe Prochilodus lineatus : uma abordagem temporalSantos, Caroline; Martinez, Cláudia Bueno dos Reis [Orientador]; Cestari, Marta Margarete; Oliveira, Luciana Fernandes de; Cólus, Ilce Mara de Syllos; Sofia, Silvia HelenaResumo: A capacidade de biotransformação é o resultado de uma série de respostas órgão-específicas que atuam de forma coordenada na detoxificação do organismo e podem variar dependendo da espécie afetada O presente trabalho analisou os mecanismos envolvidos na biotransformação de xenobióticos em diferentes órgãos do teleósteo Prochilodus lineatus, a fim de avaliar a variação temporal destes parâmetros após 6, 24 e 96 h da indução por injeção de benzo[a]pireno (B[a]P) Apesar dos diferentes tempos de resposta, brânquia, fígado, cérebro e rim apresentaram aumento na transcrição do gene cyp1a em ao menos dois períodos experimentais A ativação da 7-etoxiresorufina O-deetilase (EROD) nas brânquias foi mais lenta do que nos outros órgãos (24 h), porém apresentou a maior amplitude Apesar disso, as brânquias não se mostraram uma via importante para efluxo de xenobióticos, pois não foi observada alteração na atividade do mecanismo de resistência a multixenobióticos (MXR) Além disso, a ocorrência de danos genotóxicos perduram por mais tempo nas brânquias O fígado apresentou alto valor basal da EROD e rápida indução na atividade da enzima (6 h), além de uma prolongada atividade da MXR e transporte de B[a]P e seus metabólitos para a vesícula biliar O fígado também apresentou uma alta capacidade de recuperação de danos no DNA quando a concentração de agentes genotóxicos diminuiu pela atividade da MXR No cérebro foi observado um aumento crescente na indução da transcrição do cyp1a ao longo do tempo e a atividade da EROD só aumentou após 24 h Em contrapartida, a atividade da MXR foi prontamente induzida para diminuir a concentração do xenobiótico no meio intracelular Entretanto, a MXR não impediu a ocorrência de danos no DNA nas células cerebrais, mas pode ter favorecido sua diminuição ao longo do tempo A atividade da EROD no rim permaneceu aumentada nos três tempos experimentais, provavelmente pela participação do órgão na excreção de metabólitos da biotransformação No tempo de maior indução da MXR (24 h), não foram observados danos no DNA das células renais Porém, a produção de metabólitos da biotransformação por todos os órgãos pode ter acarretado a sobrecarga da MXR renal, como indicado por sua redução em 96 h O sangue participa da manutenção da integridade do organismo por meio da distribuição do xenobiótico para os diferentes órgãos e encaminhamento dos metabólitos para excreção A presença de danos no DNA dos eritrócitos em 6 h demonstrou a distribuição do xenobiótico através do sangue, assim como as pequenas oscilações nas classes de danos, observadas nos eritrócitos em 96 h, pode estar relacionada com a diminuição da MXR no rim neste mesmo tempo experimental No futuro, estudos que caracterizem a expressão de transportadores envolvido na MXR e as proteínas reparo do DNA podem acrescentar informações importantes para a compreensão dos mecanismos moleculares implicados na detoxificação de P lineatusItem Mistura de metais essenciais (Zn, Mn, Fe) em concentrações ambientalmente relevantes : bioacumulação e efeitos em bivalve e teleósteo neotropicaisOliveira, Luciana Fernandes de; Martinez, Cláudia Bueno dos Reis [Orientador]; Rocha, Juliana Delatim Simonato; Meletti, Paulo César; Souza, Marta Marques de; Pereira, Camilo Dias SeabraResumo: Pouco se conhece sobre a toxicidade de misturas metálicas em organismos aquáticos biomonitores, apesar dos efeitos isolados destes contaminantes ter sido amplamente investigados nas últimas décadas No ambiente aquático e em efluentes líquidos diversos os contaminantes ocorrem combinados e, portanto, as interações desses elementos e consequentes efeitos nos organismos devem ser esclarecidos A mineração de carvão é uma atividade que exemplifica essa problemática, pois seus resíduos contêm diversos metais componentes de rochas associadas ao carvão Com isso, o presente estudo se preocupou em investigar os efeitos de misturas metálicas em duas espécies Neotropicais, um bivalve Anodontites trapesialis e um teleósteo Prochilodus lineatus, utilizando diferentes abordagens experimentais Foi realizado um teste in situ de 96 horas com a espécie de bivalve em área de influência de mineração de carvão e testes em laboratório, também de 96 horas, nos quais os bivalves e os peixes foram expostos aos metais Zn, Mn e Fe, isolados ou em misturas, já que estes foram os metais considerados mais relevantes no teste realizado em campo Nos testes, foi investigada a bioacumulação de metais em diferentes tecidos dos animais e foram considerados biomarcadores de estresse oxidativo, osmorregulação e danos no DNA A atividade da acetilcolinesterase, concentração de glicogênio e variação da expressão de proteínas pela intensidade de spots em gel de eletroforese de duas dimensões também foram considerados nos testes em laboratório com bivalves Entre os dois modelos biológicos estudados não é possível apontar aquele mais sensível aos efeitos dos metais, já que tanto peixes quanto bivalves apresentaram alterações nos endpoints avaliados, principalmente após exposição as concentrações mais altas testadas dos metais isolados (5 mg L-1 de Zn ou Mn) Quando em mistura, houve uma tendência de aumento de bioacumulação dos metais, tanto em bivalves quanto em peixes, demonstrando que as misturas testadas podem afetar a toxicocinética dos metais Considerando-se a ocorrência de danos oxidativos e no DNA, percebe-se que o Mn é mais tóxico em comparação ao Zn e Fe para ambas as espécies, porém mesmo para esse metal os efeitos são mais evidentes após exposição à concentração mais elevada de 5 mg L-1 Em bivalves e peixes, o Zn promove o aumento de metalotioneínas e tióis não proteicos, mostrando que as concentrações testadas deste metal promoveram respostas que protegem os animais contra a ação tóxica do Zn No teste em laboratório com A trapesialis, sugeriu-se que o Mn promove supressão metabólica, devido a uma série de alterações observadas nos endpoints analisados, esse comportamento também parece ter ocorrido após exposição in situ Os biomarcadores relacionados à osmorregulação também sofreram alterações após exposição aos metais, tanto isolados como em mistura, porém não necessariamente causaram hipocalcemia, como esperado, já que o Mn promoveu aumento de Ca2+ tanto na hemolinfa dos bivalves, como no plasma dos peixes Quando em mistura, os biomarcadores também se alteram, porém é difícil apontar os tipos de interações que estão ocorrendo ou atribuí-las a um metal Com isso, conclui-se que o estudo dos efeitos de misturas metálicas deve considerar as diversas variáveis atuantes, como o comportamento e defesas dos animais, bem como a particularidade de cada metal que compõe a mistura, concentrações e proporção testadas entre os metais componentesItem Toxicidade do chorume de aterro doméstico : avaliação por meio de biomarcadores em bivalvesOliveira, Luciana Fernandes de; Martinez, Cláudia Bueno dos Reis [Orientador]; Monserrat, José Maria; Shibatta, Oscar AkioResumo: Estudos ecotoxicológicos podem ser empregados na avaliação da qualidade de ecossistemas, por meio do uso de biomarcadores, que são alterações em parâmetros em nível subindividual que indicam que um organismo foi exposto a contaminantes Os bivalves são organismos frequentemente utilizados em estudos ecotoxicológicos e a espécie Corbicula fluminea (Corbiculidae) está entre aquelas que mais aparecem nos estudos realizados em ambientes dulcícolas O chorume produzido em lixões e aterros de resíduos domésticos é uma mistura complexa e variável que contém diversos tipos de compostos tóxicos, tais como metais e compostos orgânicos xenobióticos, os quais podem causar alterações em biomarcadores de animais aquáticos No presente trabalho, fez-se o uso de biomarcadores para avaliar a toxicidade do chorume em bivalves C fluminea em dois tipos distintos de testes de toxicidade Foram realizados testes de toxicidade in situ em três pontos (P1, P2 e Periq3) de um córrego contaminado por chorume de aterro doméstico e, também, testes de toxicidade em laboratório com diferentes diluições (1X, 18X, 32X e 5X) do chorume bruto retirado do mesmo aterro controlado Os biomarcadores avaliados foram de biotransformação de xenobióticos (EROD: 7-etoxiresorufina-O-deetilase; GST: glutationa S transferase; MXR: mecanismo de resistência a multixenobióticos), estresse oxidativo (ERO: geração de espécies reativas de oxigênio; CAO: capacidade antioxidante total; LPO: lipoperoxidação), danos no DNA (ensaio do cometa), conteúdo de metalotioneínas (MT) e expressão relativa dos genes piGST e MT Além disso, nos testes de toxicidade in situ foi avaliado o acúmulo dos metais Al, Cd, Cr, Cu, Mn, Ni e Pb nas brânquias e glândulas digestivas dos bivalves Nos testes realizados em laboratório também foram analisadas a expressão gênica dos genes da GST e MT, nos bivalves expostos por 5 dias a diluição de 5X Os resultados mais relevantes mostram que o chorume, independente do tipo de teste de toxicidade empregado, provoca a redução da atividade da EROD em brânquias e indução na glândula digestiva, o aumento da atividade da GST, a redução do MXR, ocorrência de LPO e aumento do conteúdo de MT O ensaio do cometa realizado mostrou que danos no DNA de hemócitos de bivalves C fluminea ocorrem a partir de 15 dias de exposição ao chorume O metal Cr teve maior acúmulo nos tecidos dos bivalves confinados nos três pontos do córrego contaminado por chorume, podendo este ser um potencial contaminante do chorume com ação tóxica sobre os bivalves Conclui-se que mesmo nos experimentos em campo ou em laboratório o chorume foi tóxico para os bivalves, que apresentaram alterações mesmo no ponto mais distante da fonte de chorume e na maior diluição testada Isto mostra que o tratamento ou diluições do chorume precisam ser maiores ou mais eficientes para evitar danos mais severos e permanentes a biota aquática