Navegando por Autor "Miyazawa, Kenji William Ruiz"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item O efeito analgésico da vimpocetina depende da inibição da produção de citocinas e estresse oxidativo periférico e espinaMiyazawa, Kenji William Ruiz; Verri Junior, Waldiceu Aparecido [Orientador]; Napimoga, Marcelo Henrique; Pavanelli, Wander RogérioResumo: A vimpocetina é um agente nootrópico utilizado para o tratamento de disfunção cognitiva, como acidente vascular encefálico e distúrbios de memória Estudos recentes em diferentes modelos demonstraram que além dos efeitos nootrópicos, já conhecidos, este fármaco apresenta atividade anti-inflamatória e analgésica Baseados nestes dados, propomos investigar o efeito analgésico da vimpocetina em diferentes modelos de estímulos inflamatórios para determinar seus efeitos anti-inflamatórios e antinociceptivos, assim como determinar seus possíveis mecanismos de ação O comportamento da dor manifesta foi avaliado por ácido acético e fenil-p-benzoquinona (PBQ) responsáveis por induzir contorções abdominais e formalina e adjuvante completo de Freund (CFA) responsáveis por induzir os movimentos de agitação da pata Hiperalgesia mecânica foi avaliada por uma versão eletrônica do método de von Frey, hiperalgesia térmica pela placa quente, o recrutamento de neutrófilos pela atividade de mieloperoxidade (MPO), a produção de citocinas foram avaliadas nas amostras da medula (L4-L6) e pele da pata por ELISA, já a atividade antioxidante foi analisada pela diminuição dos níveis de glutationa (GSH) Os resultados obtidos apontam que a vimpocetina quando administrada via oral inibe a dor manifesta induzidas pelo ácido acético (até 56%), fenil-p-benzoquinona (81%), formalina (-5 min-36% e 15-3 min-54%) e CFA (36%) A vimpocetina também foi capaz de inibir a atividade de MPO induzida por carragenina (até 69%), hiperalgesia mecânica (até 78%) e térmica (até 1%), produção de IL-1ß e TNFa na medula (65 e 64%, respectivamente) e na pele da pata (49 e 73%, respectivamente), e a depleção dos níveis de GSH na pele da pata e na medula (99 e 5%, respectivamente) No modelo do CFA, a vimpocetina inibiu a atividade de MPO (68%); hiperalgesia mecânica (até 3%) e térmica (até 1%), a produção de IL-1ß e TNFa na pele da pata (41 e 53%, respectivamente) e na medula (84 e 79%, respectivamente), e a depleção dos níveis de GSH na pele da pata e na medula (6 e 61%, respectivamente) Em conclusão, a vimpocetina foi capaz de reduzir a dor inflamatória por mecanismos relacionados à redução do recrutamento de neutrófilos, produção de citocinas e estresse oxidativoItem Efeitos anti-inflamatório, antioxidante, analgésico e mecanismos de ação dos flavonóides Trans-Chalcona, Hesperidina Metil-Chalcona e Quercetina em modelo de artrite gotosa em camundongosMiyazawa, Kenji William Ruiz; Verri Junior, Waldiceu Aparecido [Orientador]; Pavanelli, Wander Rogério; Dionisio, Andressa de Freitas Mendes; Kwasniewski, Fábio Henrique; Borghi, Sérgio MarquesResumo: Artrite gotosa é uma doença inflamatória que acomete articulações e caracteriza-se pela deposição de cristais de ácido úrico (MSU) intra e periarticular Os sinais mais comuns são o edema articular e o aumento da sensibilidade à dor nas articulações (hiperalgesia) Uma nova abordagem terapêutica para o tratamento da doença é a inclusão de compostos químicos naturais presentes em plantas como os flavonoides Trans-chalcona (TC), Hesperidina metil-chalcona (HMC) e Quercetina (QC) são flavonoides, presentes principalmente em vegetais e frutas, que apresentam diversas propriedades biológicas capazes de modular processos inflamatórios por meio de suas atividades antioxidantes e anti-inflamatórias e, além disso, atuam sobre fatores de transcrição, como Nrf2 e NF?B Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos e mecanismos de ação dos flavonoides TC e HMC, além de avaliar se os efeitos apresentados pela QC eram dependentes de receptores opioides no modelo de artrite gotosa induzida por MSU em camundongos O estudo foi aprovado pelo comitê de ética animal da Universidade Estadual de Londrina (CEUA-UEL- processo nº 1327921176 e nº 14621373) A artrite gotosa foi induzida pela injeção intra-articular (1 µg/1 µL) de MSU e foram avaliados a hiperalgesia mecânica, edema articular, migração leucocitária, histologia articular (H/E), estresse oxidativo, produção de citocinas, ativação do NF?B e expressão de RNAm do inflamassoma NLRP3 (qPCR) e, in vitro, a produção de IL-1ß madura no sobrenadantes de macrófagos derivados da medula (BMDMs) Inicialmente foi realizada uma dose reposta dos flavonoides TC (3, 1 e 3 mg/kg), HMC (3, 1 e 3 mg/kg) por via oral e QC (1, 3 e 1 mg/kg) por via subcutânea para determinar a dose mais eficaz Além disso, foi realizado uma dose resposta da naloxona, um inibidor não seletivo de receptores opioide nas doses de (3, 1 e 3 mg/kg) por via intraperitoneal, juntamente ao modelo de gota e quercetina, para avaliar se os efeitos da quercetina eram dependentes de receptores opioides Desta forma as doses selecionadas foram TC (3 mg/kg), HMC (3 mg/kg), QC (1 mg/kg) e naloxona (3 mg/kg) O tratamento com esses três flavonoides foram capazes de reduzir a hiperalgesia mecânica e o edema induzidos por MSU Além disso, quando avaliada a migração leucocitária, foi possível observar que os flavonoides diminuíram o recrutamento de leucócitos para a cavidade e tecido articular, reduzindo assim a sinovite O tratamento com os flavonoides foram capazes de proteger contra o estresse oxidativo induzido pela injecção ia de MSU A quercetina foi capaz de promover a restauração dos niveis de GSH, aumento do Frap, ABTS e redução de anions superóxidos (NBT), além disso, os tratamentos com TC e HMC também reduziram a produção de óxido nítrico (NO) na articulação Os tratamentos com os flavonoides foram capazes de reduzir a expressão do RNAm de gp91phox ao mesmo tempo que induziram a ativação da via Nrf2/HO-1 conferindo à essas moléculas propriedades antioxidantes A produção de citocinas pro-inflamatórias como IL-1ß e TNFa foram reduzidas pelo tratamento com QC, ademais IL-6 foi reduzida pelo tratamento com TC e HMC Em relação ás citocinas anti-inflamatórias os dados demonstram que os níveis de IL-1 foram reduzidos pelo tratamento HMC e não alterados no tratamento com TC, além disso, os tratamentos com TC e HMC foram capazes de aumentar os níveis de TGF-ß na articulação O estímulo com MSU foi capaz de ativar vias de sinalizações inflamatórias ativados pelo NF?B; os flavonoides, por sua vez, inibiram a ativação, contribuindo com a redução de citocinas pro-inflamatórias Quando avaliada a expressão dos RNAm das moléculas do inflamassoma NLRP3, ASC, Pro-caspase e Pro-IL1ß todos os flavonoides avaliados inibiram sua expressão de maneira significativa Entretanto, no modelo in vivo, os efeitos promovidos pelo tratamento com a quercetina na dose de 1 mg/kg, sc, foram revertidos de maneira siginificativa pelo pre-tratamento com a naloxona na dose de 3 mg/kg, ip em todos os ensaios realizados In vitro, foi avaliado os níveis de IL-1ß madura no sobrenadante de BMDMs co-estimuladas com LPS (sinal 1) e MSU (sinal 2) Esta estimulação levou ao aumento nos níveis de IL-1ß, sendo que o tratamento com quercetina (3 µM) inibiu a produção de IL-1ß madura no sobrenadante de BMDMs, contudo, o seu efeito foi revertido pela naloxona na concentração de (2 µM) Entretanto o tratamento com HMC em nenhuma das concentrações testadas foram capazes de inibir a sua produção de maneira significativa, logo o efeito da HMC não é depentende da inibição da ativação do inflamassoma, mas sim pela inibição da ativação do NF?B Assim, os dados do presente trabalho sugerem que os tratamentos com os flavonoides TC e HMC exibem efeito analgésico, anti-inflamatório e antioxidante que podem estar associados com a inibição do NF?B no modelo in vivo, assim como a quercetina atuou sobre a inibição tanto de NF?B quanto de Inflamassoma NLRP3 no modelo in vivo e in vitro, sendo os seus efeitos dependentes da participação dos receptores opioide no modelo de artrite gotosa induzida por MSU