Navegando por Autor "Melanda, Francine Nesello"
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Item Estresse e acidentes de trânsito : revisão sistemática e adaptação transcultural do questionário driver stress inventory para o BrasilTeixeira, Érica Mairene Bocate; Durán González, Alberto [Orientador]; Salvagioni, Denise Albieri Jodas; Mesas, Arthur Eumann; Guidoni, Camilo Molino; Melanda, Francine NeselloResumo: O impacto do trânsito na vida de quem mora nas grandes cidades é uma fonte de elevados níveis de estresse físico e emocional, além de promover o desperdício de tempo e dinheiro Logo, o comportamento dos condutores vem sendo foco de estudos de pesquisadores nas últimas décadas mundialmente No estudo 1, buscou-se identificar os comportamentos ou características de personalidade da vida adulta considerados de risco para a ocorrência de acidentes de trânsito, por meio de uma Revisão Sistemática (RS) As bases de dados utilizadas foram PubMed, PsycINFO, LILACS e SciELO, sem restrição de período de publicação, até setembro de 221 O fluxograma de identificação e seleção dos artigos selecionados foi elucidada de acordo com a diretriz PRISMA Guideline Cinquenta estudos foram elegíveis para essa revisão O maior número de publicações está no continente europeu, sendo os instrumentos mais utilizados o Driver Behaviour Questionnaire (N=15) e o NEO–Five Factor Inventory (N=6) Estudos que abordaram o comportamento de risco dos indivíduos no trânsito (N=42), evidenciaram que o consumo de substâncias lícitas e ilícitas (N=18) e o mau comportamento, como violações, excesso de velocidade, entre outros estão associados ao envolvimento em acidentes (N=29) Estudos sobre as características de personalidade (N=16), identificaram que os transtornos depressivos e de ansiedade (N=3), os traços de personalidade neuroticista e conscenciosidade (N=5) e a personalidade Tipo-A (N=3) são significativas quando relacionadas a desfechos negativos no trânsito No estudo 2, realizou-se a tradução e adaptação transcultural do questionário Driver Stresss Inventory (DSI), composto por 41 itens, que aborda variáveis relacionadas a experiência na direção e a emoções habituais ao ato de dirigir, sendo dividido nos constructos agressão, aversão a dirigir, monitoramento de risco, busca por sensações e fadiga A adaptação transcultural do questionário baseou-se nas etapas metodológicas propostas por Beaton et al (2) Inicialmente, foram feitas as traduções do instrumento original do inglês para português (T1 e T2) e, na sequência, obteve-se a síntese dessas traduções (T-12) Posteriormente, T-12 passou por retrotradução desenvolvida por dois tradutores nativos de língua inglesa (BT1 e BT2) A seguir, o Comitê de especialistas avaliou os documentos, para a equivalência semântica, idiomática, experimental e conceitual dos itens e constructos do instrumento, apresentando um Índice de Concordância de 96%, indicando a fidedignidade e confiabilidade do questionário Deste modo, a versão final em português foi submetida ao pré-teste (N=4), onde os participantes também foram entrevistados acerca do entendimento do instrumento Após essas etapas, o autor da escala original e o Comitê de especialistas analisaram o rigor metodológico do processo tradução e adaptação e lograram a versão final do questionário DSI para ser utilizado no Brasil, visto que apresentou validade transcultural, semântica e de conteúdo A adaptação transcultural em consonância a RS, aprofunda o embasamento científico acerca dos estudos psicológicos sobre a temática trânsito e solidificam um instrumento de pesquisa para o cenário nacionalItem Insatisfação no trabalho e transtorno mental comum em agentes de segurança penitenciária do estado de São PauloBravo, Daiane Suele; Mesas, Arthur Eumann [Orientador]; Guidoni, Camilo Molino; Girotto, Edmarlon; Melanda, Francine Nesello; Haddad, Maria do Carmo Fernandez Lourenço; Rodrigues, Renne [Coorientador]Resumo: Introdução: O trabalho do agente de segurança penitenciária (ASP) no interior do cárcere caracteriza-se pela exposição a situações de perigo, intimidações e distanciamento social durante a jornada laboral, além da condição de estar em contínuo alerta devido ao risco de rebeliões e de outras incidências Objetivo: Analisar os fatores ocupacionais associados aos transtornos mentais comuns (TMC) e à insatisfação no trabalho (IT) em ASP Métodos: Os estudos que compõem esta tese fazem parte do projeto de pesquisa “AGEPEN: Condições de Trabalho, Saúde Mental e Sono em Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo” Para mensurar a presença de TMC, utilizou-se o instrumento Self-Reporting Questionnaire (SRQ-2), com ponto de corte =7 para indicativo de TMC A IT foi mensurada por meio do instrumento Occupational Stress Indicator (OSI), empregando o percentil 75 para identificar insatisfação (=78 pontos) As associações entre as variáveis ocupacionais com TMC e IT foram analisadas separadamente por meio de modelos de regressão logística binária para obtenção da odds ratio (OR) e respectivos intervalos de confiança (IC) a 95% ajustadas pelos principais fatores de confusão Resultados: A análise dos fatores associados ao TMC incluiu 331 ASP, entre os quais 33,5% apresentaram TMC A presença de TMC entre os ASP se associou com a pior percepção sobre as condições de trabalho (OR: 2,67; IC 95%: 1,19 - 6,5; p=,18), ter sofrido insulto (OR: 4,7; IC95%: 1,76 - 9,41; p<,1) e assédio moral (OR: 8,1; IC95%: 2,42 - 26,52; p<,1), nos últimos 12 meses Nas análises dos fatores associados à IT, 27,2% dos 31 ASP apresentaram IT Verificou-se que a IT entre os ASP se associou com pior percepção sobre as condições de trabalho (OR: 3,19; IC95%: 1,64 - 6,2; p<,1), ter sofrido insulto (OR: 2,38; IC95%: 1,27 - 4,47; p=,7), assédio moral (OR: 4,18; IC95%: 1,61 - 1,86; p=,3) nos últimos 12 meses, pensar em mudar de profissão (OR: 2,41; IC95%: 1,2 - 4,83; p=,13) e TMC (OR: 2,22; IC 95%: 1,18 - 4,2; p=,14) Conclusão: Os transtornos mentais comuns e a insatisfação no trabalho afetam um a cada quatro agentes de segurança penitenciária Piores condições do ambiente de trabalho, sofrer insultos e assédio moral se associaram com as presenças de TMC e de IT Adicionalmente, a IT se associou com pensar em mudar de profissão Embora os ASP trabalhem em um ambiente periculoso e inseguro, foram variáveis relacionadas ao ambiente físico e às violências psicológicas que se associaram com TMC e com IT, e não variáveis relacionadas às violências físicas ou à maior proximidade com os apenados Dado que tanto os TMC quanto a IT podem impactar a saúde mental desses trabalhadores, considera-se de fundamental importância o desenvolvimento de estratégias que visem reduzir a violência psicológica sofrida pelos ASP no interior do cárcereItem Síndrome de Burnout e o consumo de álcool e de substâncias ilícitas por estudantes universitáriosAndrade, Giovana Frazon de; Girotto, Edmarlon [Orientador]; Melanda, Francine Nesello; Salvagioni, Denise Albieri Jodas; Loch, Mathias Roberto; Guidoni, Camilo MolinoResumo: Introdução: Os estudantes universitários apresentam vulnerabilidades em razão do desenvolvimento de conflitos intelectuais e emocionais relacionados ao ambiente acadêmico, e estes podem causar efeitos estressores que se manifestam na forma de burnout acadêmico Na tentativa de atenuar o sentimento de esgotamento emocional, o uso de álcool e substâncias ilícitas podem se apresentar como uma estratégia de enfrentamento, e desta forma, se torna importante compreender as motivações do uso de álcool e substâncias ilícitas na vertente do burnout acadêmico Objetivo: Analisar a relação entre a Síndrome de Burnout (SB) e o consumo de álcool e substâncias ilícitas por estudantes universitários Métodos: Tese em modelo escandinavo contendo dois artigos No artigo 1 foi realizado uma revisão sistemática sobre a relação entre SB e consumo de álcool e/ou substâncias ilícitas em estudantes universitários nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed, Web of Science, PsycNet e Scopus, com as palavras-chave: alcohol*, drink*, crack, marijuana, cannabis, cocaine, amphetamine*, psychoactive*, stimulant*, substance*, drug*, hallucinog*, heroin*, ecstasy, inhalant*, Burnout, accomplishment, depersonalization, exhaustion, undergraduate*, student*, universit*, graduate* e academic*, nas línguas português, inglês e espanhol, sem limitação de ano e baseado no protocolo PRISMA No artigo 2 foi realizado um estudo transversal com 36 estudantes matriculados em cursos de graduação da Universidade Estadual de Londrina, entrevistados no ano de 219 Verificou-se o abuso/dependência de álcool e substâncias ilícitas por meio do questionário ASSIST e a presença de SB por meio do questionário Copenhagen Inventory Burnout (CBI-S) pontuada em tercis e categorizada em “baixa pontuação”, média pontuação” e “alta pontuação” A análise entre as variáveis foi por meio da Regressão de Poisson com Razão de Prevalência (RP) e Intervalo de Confiança 95% (IC95%) Resultados: Artigo 1 - Entre os 2269 artigos identificados, 16 atenderam aos critérios de inclusão Todos os estudos eram transversais e avaliaram estudantes da área da saúde Destes, 12 estudos encontraram associação entre as variáveis, sendo o consumo de álcool e substâncias ilícitas relacionado à SB Artigo 2 - Em relação ao abuso/dependência de álcool e de substâncias ilícitas, foi identificada a prevalência de 24,5% e 16,9%, respectivamente O abuso/dependência de álcool apresentou associação significativa com a alta pontuação do burnout total e todos os seus domínios, e na média pontuação do burnout total, burnout pessoal e relacionado aos professores Em relação ao abuso/dependência de substâncias ilícitas, encontrou-se associação significativa com a alta pontuação do burnout total, burnout relacionado aos estudos, relacionado as colegas e relacionado aos professores, e com a média pontuação do burnout total e burnout pessoal Conclusão: Concluiu-se que há associação entre SB e consumo de álcool e substâncias ilícitas, indicando que é possível que esgotamento emocional de universitários possam ser um preditor para o consumo das substâncias analisadasItem Violência contra estudantes universitários no ambiente acadêmico : uma análise por sexoRickli, Elidiane Mattos; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Carvalho, Marselle Nobre de; Melanda, Francine NeselloResumo: A violência acarreta grandes prejuízos para a sociedade, acometendo principalmente os mais jovens Alguns grupos são mais vulneráveis a sofrer violência Pessoas de raça/cor preta, parda ou indígena, com baixo poder socioeconômico, mulheres, jovens, não heterossexuais e com sobrepeso ou obesidade estão sob maior risco Contudo, é possível que as causas da violência sejam diferentes conforme o sexo Diante disso, o presente estudo teve como objetivo analisar a violência ocorrida no ambiente acadêmico de acordo com o sexo de estudantes de graduação da Universidade Estadual de Londrina Foram analisadas as violências psicológica, física e sexual, ocorridas no ambiente acadêmico, incluindo eventos acadêmicos e festivos, nos 12 meses anteriores à pesquisa Para análise de associações, focou-se na violência psicológica (VP), por sexo Na investigação sobre VP foram consideradas situações como humilhação, sentir-se excluído, ameaças, discriminação por raça/cor ou orientação sexual A análise foi feita segundo variáveis sociodemográficas, acadêmicas e de saúde, além do local da agressão e agressor A coleta de dados ocorreu entre abril e junho de 219 por meio de questionário online Os dados foram armazenados diariamente em arquivo Excel A análise descritiva foi realizada por meio de frequências absolutas e relativas Para verificar as associações, para cada sexo, utilizou-se teste qui-quadrado de Pearson, com nível de significância de ,5 A regressão de Poisson com variância robusta foi usada para análises ajustadas, incluindo nos modelos as variáveis com p-valor < ,2 nas análises bivariadas A maior parte dos estudantes tinha idade entre 18 a 21 anos (6,5%), era do sexo feminino (68,6%) e de raça/cor branca (69,8%) As prevalências de violência psicológica, física e sexual foram, respectivamente, de 43,8%, 1,% e 9,4% A violência física foi proporcionalmente mais relatada por estudantes do sexo masculino, enquanto as violências psicológica e sexual pelo sexo feminino O local mais frequente de ocorrência de VP foi a sala de aula, e, no caso das violências física e sexual, os eventos festivos O principal agressor foi outro estudante da universidade, independente da natureza da violência Após ajustes, observou-se maior frequência de VP contra estudantes de ambos os sexos que se declararam não heterossexuais Entre as do sexo feminino, a frequência de VP foi maior entre as mais jovens (RP na faixa de 18 a 21 anos=1,25; IC95% 1,1-1,54 e RP de 22 a 25 anos=1,32; IC95% 1,6-1,64) em comparação à faixa de 26 anos ou mais, e entre as que consumiam álcool semanalmente/diariamente (RP= 1,29; IC95% 1,1-1,66) Entre os do sexo masculino, o ingresso na Universidade pelo sistema de cotas (RP=1,27; IC95% 1,1- 1,6) e ser da raça/cor preta/parda/indígena (RP=1,19; IC95% 1,1-1,39) associaram- se à VP Este estudo confirma que alguns estudantes são mais vulneráveis à violência, com destaque para a orientação sexual, em ambos os sexos, e condições socioeconômicas, no sexo masculino Medidas de combate ao preconceito e discriminação precisam ser ampliadas no ambiente acadêmico a fim de reduzir a violência e suas consequênciasItem Violência e burnout em professores da educação básica de LondrinaMelanda, Francine Nesello; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Alencar, Gizelton Pereira; Furuya, Rejane Kiyomi; Carvalho, Wladithe Organ de; Loch, Mathias RobertoResumo: O objetivo deste estudo foi analisar se a exposição prévia à violência no ambiente escolar aumenta o risco de os professores sofrerem novamente violência após dois anos e identificar relações transversais e longitudinais entre violência psicológica e burnout Trata-se de um estudo de coorte com dois anos de seguimento realizado com 43 professores do ensino fundamental e médio da rede pública de Londrina, Paraná As informações foram obtidas em 212-213 (T1) e 214-215 (T2) por entrevista face a face realizada por entrevistadores treinados e preenchimento, pelo próprio professor, de um questionário As formas de violências investigadas foram violências psicológicas (relatos de insultos de alunos, humilhações ou constrangimentos por colegas ou superiores e ameaças recebidas) e violências físicas, nos 12 meses anteriores à pesquisa Para mensurar burnout, utilizou-se o Maslach Burnout Inventory, sendo consideradas apenas as dimensões de exaustão emocional e despersonalização Características sociodemográficas, relacionadas ao trabalho e à saúde foram incluídas como covariáveis Para a análise da recorrência de violência foram utilizados o teste de McNemar e a regressão de Poisson com variância robusta, com apresentação do risco relativo (RR), intervalo de confiança de 95% (IC95%) e valor de p, considerando nível de significância de 5% A relação entre violência psicológica e burnout foi verificada por modelos de equações estruturais Violência psicológica, exaustão emocional e despersonalização foram consideradas variáveis latentes Após dois anos, observou-se redução de 65,4% (T1) para 56,9% (T2) de violência reportada por professores (p=,3), porém devido apenas à diminuição da frequência de relatos de humilhações ou constrangimentos por colegas ou superiores Ter sofrido uma determinada forma de violência aumentou em até três vezes o risco de sofrê-la novamente em dois anos Além disso, professores que relataram três ou quatro formas de violências em T1 apresentaram RR de 2,23 (IC95%1,7-2,93) de sofrer qualquer violência em T2, em comparação àqueles que não sofreram qualquer forma de violência em T1 Não foram encontradas evidências de que estar exposto à violência psicológica em T1 aumenta o risco de sofrer violência física em T2 ou que violência física em T1 aumenta o risco de violência psicológica em T2 Violência psicológica apresentou efeito direto sobre exaustão emocional e despersonalização, quando analisados transversalmente Longitudinalmente, não foram observados efeitos diretos significativos No entanto, observou-se um efeito indireto da violência psicológica em T1 sobre ambas as dimensões de burnout em T2 Este estudo mostrou que a violência contra professores, exceto a referente a humilhações ou constrangimentos por colegas ou superiores, é recorrente e que tem efeito sobre o burnout Tendo em vista o impacto destrutivo da violência e do burnout no ambiente de trabalho, ressalta-se a importância da identificação da ocorrência desses eventos no ambiente escolar e no estabelecimento de políticas de prevenção e gerenciamento da violência e do esgotamento no trabalho