Navegando por Autor "Malagodi, Bruno Marson"
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Item Análise da aptidão física, equilíbrio corporal e estigma internalizado de indivíduos em tratamento para dependência química : influência de um programa de exercícios físicos multimodalMalagodi, Bruno Marson; Serassuelo Junior, Hélio [Orientador]; Teixeira, Denilson de Castro; Carmo, David Roberto doResumo: O consumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas entre jovens e adultos representa um importante problema de saúde pública em todo o mundo e uma grande parcela dessa população pode sofrer de transtornos relacionados ao abuso de substâncias e necessitar de tratamento para dependências Dessa forma, diversos fatores deverão ser considerados na escolha e elaboração das estratégias terapêuticas utilizadas para tratamento dessa condição Neste contexto, o exercício físico é um importante aliado e fator complementar às abordagens psicoterapêuticas e farmacológicas tradicionais Devido à escassez de estudos na área e tendo em vista a relevância do tema, o presente estudo teve como objetivo avaliar o equilíbrio corporal, indicadores da aptidão física e o estigma internalizado em indivíduos internados para o tratamento de dependência química, verificando a influência de um programa de exercícios físicos multimodal, além de comparar os resultados obtidos pelos pacientes em tratamento àqueles levantados na população sem dependência química Participaram do estudo indivíduos com e sem dependência química com idades entre os 18 e 59 anos Os participantes responderam a questionários e tiveram avaliadas variáveis antropométricas, agilidade, flexibilidade e equilíbrio corporal Foi também analisado o efeito de um programa de intervenção com exercícios físicos de oito semanas sob estas variáveis Foi utilizada estatística descritiva, ANOVA unifatorial, teste t-student e de Mann Whitney e cálculo do tamanho do efeito para comparações entre os grupos e entre os momentos, e teste de correlação de Pearson para verificar a relação entre as variáveis Como resultados pode-se observar que tanto o avançar da idade quanto o maior tempo de dependência pioram o desempenho nas variáveis agilidade e equilíbrio corporal Destaca-se também que o equilíbrio corporal de indivíduos com dependência química mostrou-se significativamente prejudicado quando comparado ao de indivíduos sem dependência Além disso, aqueles que faziam uso apenas de álcool ou de álcool combinado com outras drogas ilícitas apresentaram os piores resultados nos testes de equilíbrio e significativa correlação com a idade e o tempo de uso da substância A utilização de um programa de exercícios físicos multimodal de oito semanas mostrou resultados positivos nas variáveis da aptidão física e do equilíbrio corporal Embora não tenham sido verificadas diferenças significativas no estigma internalizado O tempo de consumo da substância correlacionou-se ao pior desempenho nos testes de agilidade e equilíbrio corporal Reforça-se o potencial benéfico do exercício físico como adjuvante no processo de reabilitação da dependência química e a necessidade da presença do profissional de Educação Física na equipe multiprofissionalItem Efeito agudo dos exercícios físicos aeróbico e funcional em variáveis cognitivas e emocionais de pacientes internados para o tratamento dos transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas(2023-03-08) Malagodi, Bruno Marson; Serassuelo Júnior, Hélio; Aguiar, Andreo Fernando; Okano, Alexandre Hideki; Carmo, David Roberto do; Ferreira, Sionaldo EduardoAs bases neurobiológicas do Transtorno por Uso de Substância (TUS) têm recebido crescente atenção de diversas áreas de pesquisa, uma vez que uma melhor compreensão dos mecanismos cerebrais e cognitivos ligados ao comportamento de dependência tem permitido a busca por tratamentos mais eficazes. Sessões agudas de exercícios físicos têm sido relacionadas a melhoras na função cognitiva, influenciando de maneira benéfica aspectos como o controle inibitório, nível de fissura, e humor, porém os estudos têm em sua maioria focado apenas em exercícios aeróbios. Dessa forma, objetivo do presente estudo foi investigar o efeito agudo de dois tipos diferentes de exercícios físicos na resposta afetiva ao exercício, estado de humor, nível de fissura e no controle inibitório de indivíduos internados para o tratamento de TUS. Para tanto, 43 indivíduos (31 homens e 12 mulheres) com pelo menos 12 meses de diagnóstico e na fase inicial do processo de tratamento, todos os indivíduos com idades dos 19 aos 40 anos (27,63 ± 5,94 anos) foram submetidos a duas sessões de exercícios físicos de intensidade moderada (uma aeróbia e uma funcional) e uma sessão controle, com intervalo de 48 horas entre elas. Antes e imediatamente após as sessões, os indivíduos responderam a questionários sobre a ativação percebida, resposta afetiva, fissura e estado de humor. Foi analisado o controle inibitório por meio do protocolo Go-NoGo. Os dados foram tratados por estatística descritiva e análise de correlação de Pearson entre as variáveis no momento pré-intervenção. Uma análise de variância (ANOVA) de medidas repetidas (pré versus pós exercício versus pré e pós condição controle) foi usada para comparar variáveis dependentes (humor, resposta afetiva, ativação percebida, controle inibitório e nível de fissura) entre os grupos e os momentos para cada sessão. Foi adotada significância de p < 0,05. Os resultados mostraram influência positiva em ambas sessões de exercícios físicos moderados nas variáveis do controle inibitório (redução no número de erros específicos, do tempo de reação específico e do tempo de reação geral), estado de humor (redução dos níveis de tensão, depressão, raiva, fadiga e confusão) e das respostas afetivas (sensação de prazer/desprazer e de ativação alta/baixa), sem alterações para a sessão controle. Não foram detectadas diferenças significativas para o vigor e o nível de fissura em nenhuma das sessões. Da mesma forma, não se observaram efeitos da capacidade cardiorrespiratória e do nível de atividade física prévio dos participantes na amplitude das mudanças. Pelos dados obtidos conclui-se que sessões de exercícios físicos aeróbios e funcionais de intensidade moderada proporcionam incrementos em aspectos cognitivos e emocionais para indivíduos em processo de reabilitação para o TUS, reforçando o potencial benéfico da prática de exercícios físicos como estratégia segura, viável e eficaz no tratamento dessa condição.