Navegando por Autor "Lopes, Ana Carolina Bertin de Almeida"
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Item Caracterização dos usuários de medicamentos cardiovasculares e antidiabéticos em uma unidade básica de saúde : análise do uso irregular de medicamentos e das condiçoes de saúde bucalLopes, Ana Carolina Bertin de Almeida; Cabrera, Marcos Aparecido Sarria [Orientador]; Marques, Divina Seila de Oliveira; Souza, Regina Kazue Tanno deResumo: A Organização Mundial da Saúde considera que as doenças crônicas, como as doenças cardiovasculares e o diabetes mellitus assumiram caráter epidêmico, acompanhado pelo aumento no consumo de medicamentos para sua prevenção e tratamento As doenças periodontais, especialmente a periodontite, têm sido relacionadas à presença e à evolução do diabetes mellitus e das doenças cardiovasculares Este estudo teve como objetivos caracterizar os usuários de medicamentos cardiovasculares e antidiabéticos de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e avaliar as condições de saúde bucal desses usuários Realizou-se um estudo transversal com 397 indivíduos maiores de 18 anos que retiraram medicamentos cardiovasculares e antidiabéticos na UBS Centro Social Urbano (CSU), no município de Londrina, PR As informações foram obtidas através de formulário com questões estruturadas, semi-estruturadas e abertas com dados auto-referidos A média de idade encontrada foi de 63,9 anos, a maioria do sexo feminino (65,5%), com escolaridade de um a quatro anos (44,6%), e classes socioeconômicas (ABEP) predominantes C1, C2 e D (78,4%) Os anti-hipertensivos mais utilizados foram os inibidores da enzima de conversão de angiotensina (IECA) (63,5%), os diuréticos tiazídicos (54,9%) e os betabloqueadores (27,7%) Entre os antidiabéticos o mais consumido foi o cloridrato de metformina (23,2%) A prevalência de uso irregular de medicamentos cardiovasculares e antidiabéticos foi de 35,8% e teve como principal motivo relatado o esquecimento Os diabéticos consumiram em média 3,9 medicamentos cardiovasculares e antidiabéticos e os hipertensos 1,6 Na análise multivariada o trabalho remunerado (não exercer) e a coexistência da hipertensão arterial e do diabetes mellitus apresentaram associação independente ao uso irregular de medicamentos cardiovasculares e antidiabéticos Em relação às condições de saúde bucal identificou-se 35% de prevalência de edentulismo e associação das variáveis faixa etária (ser idoso) e ter hipertensão arterial e diabetes mellitus com o risco periodontal (sangramento gengival e/ou mobilidade dentária) Apesar da amostra estudada representar uma população específica que utiliza medicamentos e que recebeu diagnóstico de hipertensão arterial e/ou de diabetes mellitus, os resultados apresentados evidenciaram que uma proporção significativa dos usuários fazia uso irregular de medicamentos cardiovasculares e antidiabéticos e que as condições de saúde bucal analisadas foram insatisfatórias Dessa forma, a promoção do uso racional de medicamentos, das medidas não medicamentosas e a atenção à saúde bucal devem ser priorizadas em portadores de doenças crônicasItem Exposição ambiental ao chumbo e pressão arterial em população urbana : estudo de base populacionalLopes, Ana Carolina Bertin de Almeida; Paoliello, Monica Maria Bastos [Orientador]; Capitani, Eduardo Mello de; Barbosa Junior, Fernando; Mesas, Arthur Eumann; Barbosa, Décio SabbatiniResumo: A exposição ambiental e ocupacional ao chumbo representa um importante problema de saúde pública O acúmulo do chumbo no organismo pode levar ao desenvolvimento de diferentes morbidades, como aumento na pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), hipertensão arterial, arteriosclerose, disfunção renal, entre outras Dessa forma, este estudo objetivou verificar os determinantes socioeconômicos, ambientais, de estilo de vida e de condições de saúde relacionados aos níveis de chumbo em sangue em adultos com 4 anos ou mais de idade Além disso, examinou-se a associação entre os níveis de chumbo em sangue e alterações na PAS e PAD e hipertensão arterial Realizou-se um estudo transversal de base populacional, com 959 adultos residentes na região urbana de um município de médio porte no Sul do Brasil Os dados foram obtidos por meio de entrevistas, exame físico e exames de laboratório Foram incluídas variáveis socioeconômicas, de estilo de vida, condições de saúde, dieta, e sobre exposição ocupacional ao chumbo Os níveis de chumbo em sangue foram medidos pela técnica da espectrometria de massa com plasma de argônio indutivamente acoplado (ICP-MS) Considerou-se como PAS elevada valores =14 mmHg e PAD elevada =9 mmHg A hipertensão arterial foi definida como PAS =14 mmHg e/ou PAD =9 mmHg ou uso de medicação antihipertensiva As análises estatísticas foram realizadas nos programas Stata versão 131 e SPSS versão 2 A média geométrica dos níveis de chumbo em sangue foi 1,97 µg/dL (95% CI: 1,9-2,4 µg/dL) No Modelo 1 da análise de regressão linear múltipla ajustou-se por sexo, idade, cor da pele, educação, classe socioeconômica, tabagismo, consumo de álcool, exposição ocupacional ao chumbo, consumo de carne vermelha e de leite de vaca O Modelo 2 foi ajustado para sexo e exposição ocupacional ao chumbo Os níveis mais elevados de chumbo em sangue foram associados ao sexo masculino, à idade avançada, ao tabagismo, ao consumo de álcool e ao menor consumo de leite de vaca No Modelo 2, os níveis de chumbo em sangue foram maiores nos participantes não brancos em relação ao brancos, em ex-fumantes e naqueles expostos ocupacionalmente ao chumbo Participantes vivendo em área onde foram identificadas mais indústrias que utilizam chumbo apresentaram níveis de chumbo em sangue mais elevados (3,3 µg/dL) comparados aqueles vivendo em outras áreas com menor número de indústrias (1,95 µg/dL) Os níveis de chumbo em sangue foram associados à PAS e PAD na análise de regressão linear múltipla A análise de regressão logística mostrou que os indivíduos do mais alto quartil de concentração de chumbo em sangue apresentaram odds ratio (OR) para hipertensão arterial significativamente elevado em relação aos participantes do quartil 1, com aumento gradativo entre os quartis (quartil 2: OR, 1,16 (,77-1,74); quartil 3: OR, 1,15 (,76-1,74); quartil 4: OR, 1,82 (1,17-2,82), p-trend = ,11) O OR ajustado para PAD elevada foi mais alto para os participantes do maior quartil de chumbo em sangue em relação aos participantes do quartil 1 (OR: 2,31; IC 95%: 1,21-4,41) A análise de clusters revelou que os participantes com níveis de chumbo em sangue mais elevados (2,99 µg/dL), eram geralmente hipertensos, com PAS e PAD elevadas, do sexo masculino, com média de idade de 54,92 anos e com sobrepeso (IMC de 25 a >3) O cluster dos participantes com níveis de chumbo em sangue mais baixos (2,16 µg/dL) eram geralmente não hipertensos, com PAS e PAD normais, do sexo feminino, com média de idade de 5,89 anos e com IMC normal (de a <25) Conclui-se que os níveis de chumbo em sangue foram associados ao sexo masculino, à idade avançada e a hábitos como tabagismo, consumo de álcool e menor consumo de leite de vaca Além disso, indivíduos com níveis de chumbo mais elevados têm mais chances de apresentarem hipertensão arterial Finalmente, apesar dos baixos níveis de chumbo em sangue encontrados nos adultos desta área urbana, é importante que a exposição ao chumbo seja monitorada e que leis regulatórias sejam decretadas com o objetivo de prevenir a contaminação de chumbo em ambientes urbanos