Navegando por Autor "Gouveia, Juceli Gonzalez"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Citogenética de peixes das famílias Heptapteridae e Pseudopimelodidae (Siluriformes) : contribuição para estudos com DNAs repetitivosGouveia, Juceli Gonzalez; Dias, Ana Lúcia [Orientador]; Fenocchio, Alberto Sérgio; Silva, Carlos Roberto Maximiano da; Caetano, Lucia Giuliano; Vicari, Marcelo RicardoResumo: Os Peixes das famílias Heptapteridae e Pseudopimelodidae, são peixes de couro, endêmicos dos neotrópicos e possuem uma ampla distribuição nos cursos d’água na América Central e do Sul A família Heptapteridae apresenta cerca de 26 gêneros e 28 espécies válidas e Pseudopimelodidae com 5 gêneros e aproximadamente 37 espécies válidas Os estudos citogenéticos são escassos nessas duas famílias diante da quantidade de espécies, sendo que apenas 41 espécies de Heptapteridae e 7 espécies de Pseudopimelodidae apresentam dados com este tipo de análise, até o momento Em Heptapteridae os estudos estão voltados para os gêneros Imparfinis, Pimelodella e Rhamdia, e em Pseudopimelodidae apenas poucos gêneros possuem descrição cariotípica, onde a maioria dos estudos apresentam apenas dados de citogenética clássica, não possuindo muitas análises cito-moleculares como o mapeamento físico de DNAs repetitivos Neste estudo foram descritos os primeiros dados com isolamento e caracterização de sequências de um elemento transponível Tc1-Mariner do genoma de Imparfinis schubarti, além do mapeamento cromossômico deste e de outros DNAs repetitivos como DNAr 18S, 5S e microssatélites em duas espécies do gênero Imparfinis, da família Heptapteridae, com o objetivo de discutir a composição genômica desse gênero, que é considerado o mais diversificado dentro de Heptapteridae As sequências isoladas de Tc1-mariner mostraram similaridade de aproximedamente 7% com sequências não autônomas da superfamília Mariner, com domínios característicos deste transposon O mapeamento físico de Tc1- mariner nos cromossomos de Imparfinis borodini e I schubarti, mostrou que esse elemento ocorre em abundância no genoma dessas duas espécies, com localização em regiões heterocromáticas e com um padrão diferenciado de distribuição nos cromossomos entre essas duas espécies Esse transposon também apresentou marcação nos cromossomos portadores de sítios ribossômicos 18S e 5S, assim como sequências curtas de microssatélites, o que pode ser um indício que a dispersão e evolução de genes de DNAs ribossômicos podem ser mediadas por DNAs repetitivos, devido a organização desses elementos no genoma de peixes Entre essas duas espécies de Imparfinis, também foi obsevada diferente localização das AgRONS, sítios de DNAr 18S e 5S em seus genomas, além de apresentarem uma grande diferença no número diplóide, onde I borodini mostrou o primeiro 2n=5 entre os Heptapterídeos e I schubarti com 2n=58, que é o mais comum nas espécies desse gênero Os dados sugerem que I borodini e I schubarti mostram uma evolução cromossômica mais divergente do que conservativa Foi realizado também um estudo com diferentes gêneros e espécies de heptapterídeos e pseudopimelodídeos, com a utilização de diferentes marcadores cromossômicos, visando discutir as relações citogenéticas entre essas duas famílias, juntamente com dados da literatura Foram analisadas três espécies de heptapterídeos (Cetopsorhamdia iheringi, Phenacorhamdia tenebrosa e Pimelodella meeki) e duas de pseudopimelodídeos (Microglanis cibelae e Microglanis cottoides) Os resultados revelaram o primeiro 2n=48 para a família Heptapteridae em Phenacorhamdia tenebrosa já em Microglanis cibelae que apresenta o primeiro dado citogenético neste trapabalho, mostrou o 2n=54 que é característico de Pseudopimelodidae Foram observadas características citogenéticas compartilhadas entre esses dois grupos como a presença de cromossomos com dois braços, a localização das RONs em região terminal de 1 par de cromossomos, na maioria das espécies estudadas, com uma variação de sítios de DNAr 18S e 5S em diferentes populações, inclusive da mesma espécie, como em Microglanis cottoides Os dados apresentados mais os da literatura confirmam a proximidade entre essas duas famílias por meio de diferentes marcadores citogenéticos e também revelam que existem características específicas de cada grupo, como a variabilidade cariotípica de Heptapteridae e o conservado 2n em Pseudopimelodidae Este trabalho também corrobora com a hipótese de que rearranjos cromossômicos estão ocorrendo nas espécies de Heptapteridae e Pseudopimelodidae, podendo ser mediada por diferentes mecanismos, o que reflete a organização genômica dentro deste grupoItem Estudos citogenéticos em peixes das famílias Heptapteridae e Pseudopimelodidae (Siluriformes)Gouveia, Juceli Gonzalez; Dias, Ana Lúcia [Orientador]; Fenocchio, Alberto Sérgio; Caetano, Lucia GiulianoResumo: As famílias Heptapteridae e Pseudopimelodidae, da ordem Siluriformes, são compostas por peixes de couro endêmicos da região Neotropical A família Heptapteridae é composta por 24 gêneros e 189 espécies válidas e Pseudopimelodidae por 5 gêneros e 29 espécies descritas Estudos citogenéticos nessas duas famílias ainda são escassos, principalmente entre os pseudopimelodídeos Portanto, visando ampliar as informações citogenéticas da ictiofauna da região neotropical, o presente trabalho foi realizado em três espécies da família Heptapteridae (Imparfinis schubarti, Imparfinis mirini e Pimelodella meeki) e duas espécies da família Pseudopimelodidae (Pseudopimelodus pulcher e Microglanis cottoides) As duas espécies estudadas de heptapterídeos do gênero Imparfinis apresentaram 2n=58 e número fundamental (NF) igual a 116, com fórmulas cariotípicas diferenciadas: Imparfinis schubarti possui 3m+28sm e Imparfinis mirini com 36m+22sm Pimelodella meeki apresentou 2n=46 com 26m+14sm+6st e NF=92, confirmando uma variabilidade no 2n da família Heptapteridae Ambas as espécies de Imparfinis possuem RONs intersticiais no par 1 coincidentes com uma constrição secundária e P meeki apresentou RON terminal no par 17 Todas as AgRONs foram coincidentes com a sonda de DNAr 18S e positivas para o fluorocromo CMA3, ricas portanto, em bases GC A distribuição e composição da heterocromatina foram variáveis entre as espécies Pimelodella meeki apresentou pouca quantidade, rica em bases AT e GC A heterocromatina em Imparfinis schubarti mostrou-se positiva apenas para CMA3 Em Imparfinis mirini um fato interessante foi observado: além da heterocromatina ser positiva para o DAPI, o braço longo de um dos cromossomos do par 19, apenas dos indivíduos machos, mostrou-se totalmente heterocromático Após análises meióticas, esse heteromorfismo pode ser facilmente identificado em fases de paquíteno e metáfase I, apresentando-se heteropicnótico e DAPI positivo Essa característica pode ser um indício de diferenciação inicial de cromossomos sexuais em Imparfinis mirini, reforçando a grande variabilidade cariotípica da família Entre os pseudopimelodídeos estudados, Pseudopimelodus pulcher e Microglanis cottoides apresentaram 2n=54, o que corrobora com o 2n descrito para as espécies da família estudadas, citogeneticamente, até o momento Pseudopimelodus pulcher possui 2m+16sm+1st+8a e NF=9, apresentou de 2 a 4 AgRONs no braço curto de um par par 12 e do par 23 Já Microglanis cottoides com 3m+14sm+6st+4a e NF= 14, apresentou apenas um par de cromossomos portador da RON (par 24) Todas as RONs foram coincidentes com as marcações pela sonda de DNAr 18S e fluorocromo CMA3 Uma fêmea de Microglanis cottoides apresentou 45m+21sm+9st+6a totalizando 81 cromossomos mais 2 cromossomos extras do tipo metacêntricos pequenos e a RON desse indivíduo foi localizada em três cromossomos subtelocêntricos (24), coincidentes com sitios de DNAr 18S e CMA3, confirmando a ocorrência de triploidia natural com cromossomos supranumerários A distribuição da heterocromatina nas duas espécies mostrou-se semelhante sendo observada nas regiões pericentroméricas e terminais de alguns cromossomos, entretanto, em Pseudopimelodus pulcher a heterocromatina foi positiva tanto para CMA3 como para DAPI, sendo assim rica tanto em pares GC quanto AT, e em Microglanis cottoides foi apenas DAPI positiva, inclusive os cromossomos supranumerários do triplóide Este indivíduo poliplóide pode ter se originado a partir de um gameta feminino diplóide, pois tanto a fêmea quanto o triplóide apresentaram dois cromossomos do primeiro par parcialmente heterocromáticos, fato este não evidenciado nos machos Os dados apresentados são inéditos para P pulcher e mostram a primeira descrição de triploidia natural com presença de cromossomos supranumerários na família Esses resultados contribuem com mais informações citogenéticas para Heptapteridae e Pseudopimelodidae, revelando a importância dos bandamentos para uma melhor caracterização da estrutura cromossômica das espécies, buscando assim, um maior entendimento dos processos envolvidos na evolução cariotípica desses grupos de peixes