Navegando por Autor "Egido, Alex Alves"
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Item Ética docente: encarando possibilidades de violência e de humanidade com vistas a uma educação linguística(2022-11-04) Egido, Alex Alves; Furtoso, Viviane Bagio; De Costa, Peter; Jordão, Clarissa Menezes; Barros, Sandro; Chimentão, Lilian Kemmer; Cristovão, Vera Lúcia Lopes; Novelli, JosimayreAs ações humanas e, em específico, as profissionais, são orientadas e cotidianamente moldadas por princípios, dentre eles o ético. Nas possibilidades de educação linguística, destacam-se aquelas de orientação neoliberal, outramente e decolonial. Cada uma delas tem sido discutida a partir de conceitos de língua, propósito, modo, relações e ética. Este estudo doutoral, de natureza qualitativa, ontologia e epistemologia construcionista social e ética emancipatória, justifica-se pela necessidade profissional de reconhecimento e valorização dos princípios éticos que educadoras de línguas implementam diariamente em seus contextos; pela possibilidade de construir um entendimento colaborativo a respeito da ética docente e pelo interesse pessoal do pesquisador na valorização das relações humanas. O objetivo geral foi conhecer as experiências de vida das agentes da pesquisa, a fim de compreender os princípios éticos que elas consideram caros à educação linguística. A fim de alcançá-lo, os objetivos específicos foram (i) conhecer as experiências de vida que as agentes da pesquisa relatam influenciar nas suas proposições de ética na educação linguística, (ii) conhecer os arranjos entre as proposições de componentes éticos elaborados pelas agentes da pesquisa e (iii) conhecer as relações entre as experiências de vida das agentes e as proposições de componentes éticos. Paralelamente, buscou-se responder as seguintes perguntas de pesquisa: Quais experiências de vida as agentes da pesquisa relatam influenciar nas suas proposições de ética na educação linguística?, Quais os arranjos entre as proposições de componentes éticos elaborados pelas agentes da pesquisa?, e Quais as relações entre as experiências de vida das agentes e as proposições de componentes éticos? O material empírico foi construído durante 11 oficinas, conduzidas em três instituições públicas paranaenses de ensino superior, com a participação de 144 agentes da pesquisa, das quais seis eram educadoras de educadoras e 138 educadoras de línguas. A partir da metodologia da Análise Paradigmática e Sintagmática, foi possível concluir que suas experiências evidenciam formas horizontais e verticais de interação entre educadoras e alunas, as quais são influenciadas por terceiros, pelo contexto e pelas condições. Independentemente de como as educadoras escolhem se relacionar com suas alunas, sempre há algum nível de envolvimento. Em contextos de educação linguística, esse envolvimento é necessário, urgente e imperativo. Assim, enuncia-se a seguinte tese: Experiências que nascem mas extrapolam contextos educacionais impactam e justificam diferentes perspectivas éticas que educadoras de línguas tanto vivem em suas práticas profissionais cotidianas quanto entendem serem caras a um possível documento escrito que oriente a profissão docente de línguas. Os componentes éticos que entendem serem caros à profissão dizem respeito aos âmbitos do ser, do saber e do poder, que coexistem e carregam traços tanto coloniais quanto decoloniais quando observadas as proposições de proibições, deveres e direitos, tal como elaboradas pelas agentes da pesquisa.Item O eu e o outro : uma breve história da ética em pesquisa em linguística aplicadaEgido, Alex Alves; Reis, Simone [Orientador]; Silva, Juliana Orsini da; Barbosa, Pedro Luis Navarro; Furtoso, Viviane Aparecida Bagio; Silva, Juliana Orsini da [Coorientadora]Resumo: Inserida na área da Linguística Aplicada, no campo de formação em pesquisa do professor de língua estrangeira, este estudo relata uma breve história da ética em pesquisa em Linguística Aplicada com especial atenção para as relações entre o eu e o Outro Baseada em uma perspectiva foucaultiana de história geral, três perguntas de pesquisa são formuladas: (i) Que relações do eu com o Outro fazem parte de uma breve história da ética em pesquisa? (ii) Que discursos as tornaram possíveis? (iii) Que efeitos esses discursos produzem? Para responder essas indagações, dados do tipo acadêmico-científico foram coletados e interpretados junto com dados dos tipos artístico e institucional Estes tipos de dados constituem, em termos foucaultianos, três tipos de Arquivos, nomeadamente: artístico, institucional e acadêmico-científico Eles foram escolhidos, a fim de permitirem a compreensão de uma breve história pertencente a um contexto histórico maior Esta pesquisa adota orientação epistemológica hermeneuta, na etapa de seleção, descrição e comentários, e construcionista, na materialização prática de retorno Além disso, conta com orientação ontológica hermeneuta Diferentes elementos da Formação Discursiva são examinados, de acordo com o referencial teórico-metodológico foucaultiano, permitindo interpretações na forma de comentários de que as relações do eu com o Outro são multifacetadas e promovem diversos discursos que são coexistentes e enunciam, principalmente, uma estratégia da ausência de cuidados éticos Tais relações fluem de práticas abusivas, midiaticamente enunciadas (viz Arquivo artístico, no qual o discurso do diferente e do anormal é incitado e permeado por valores contemporâneos), passando por práticas prescritas em normativas de pesquisa (viz Arquivo institucional), que visam a responder a demandas históricas e sociais e culminam em práticas entendidas como macroéticas e burocráticas, que se centralizam em demandas contextuais e gerais, ou microéticas e emancipatórias, que emergem das próprias agendas de pesquisa (viz Arquivo acadêmico-científico) Muitas das práticas desse terceiro Arquivo são materializadas por meio de técnicas do cuidado de si e ou do cuidado do outro, ao passo que algumas práticas (eg retorno e anonimato) dispõem de estratégias específicas (viz possibilidade, pertinência e comodidade) para sua enunciação Em síntese, essa breve história da ética em pesquisa incita práticas (anti)éticas no escopo artístico, que são evitadas no âmbito institucional e reinterpretadas e expandidas no nível acadêmico-científico